GOLD PACIFIER ✨🍼

| ᴀᴛᴀʟʜᴏs ᴀᴍᴀʟᴅɪᴄ̧ᴏᴀᴅᴏs |

💀 DEZENOVE 💀

Eu estava com as mãos nos ouvidos, que estavam fervendo por estar envergonhado, alguém poderia ter nos visto. Com os olhos fechados quase abraçado aos joelhos sinto os passos pesados possivelmente de Ethan , vindo até a parte de trás da mesa. Abri os olhos devagar, e vi Ethan agachado me olhando com cara de bobo enquanto ria de como eu estava. Ele estendeu a mão para me ajudar a sair dali, e eu recusei. Sai sozinho e não conseguia olha-lo. Estava tão envergonhado que queria por meu dedos dentro da minha cara e arrancar meu cérebro.

Uma leve brisa quente e mentolada soprou no meu ouvido, meu corpo todo arrepiou-se. - Não quer continuar com o que estávamos fazendo? - Ethan ronrona em meu ouvido e pulo para longe dele em menos de um segundo.

- Eu acho que está bom por hoje. - Digo praguejando, enfiando minhas mãos nos bolsos. Meu rosto deve estar tão vermelho quanto um morango agora. Odeio ser branquelo desse jeito.

- Tudo bem. - Ethan acaricia os cachos do menino quando se aproxima. - Vamos ver seus pais agora?

- Sim.

💀

Estava um silêncio tenso dentro do carro, estava nervoso, olhava o caminho  que íamos com aflição. Sentia q meu peito poderia se despedaçar a qualquer momento. Respirava fundo tentando me acalmar mas parecia tão inútil que comecei a ficar estressado.

- Pega. - Ethan diz, olho e vejo que ele me entregava uma chupeta com a mão direita enquanto a esquerda segurava o volante. - Posso fechar os vidros. Eles e o parabrisas tem uma película especial que ninguém que está do lado de fora pode ver o que está dentro. Então pode ficar despreocupado.

- Obrigada. - Pego da sua mão com dificuldade, por meus dedos estarem trêmulos. Os vidros se fecharam e eu pude colocá-la na boca.

- Fica calmo, pequeno. - Ethan faz um carinho na minha coxa com sua mão. E agora vejo como minha perna é magra na mão dele. - Vai dar tudo certo.

- Xê acha? - Pergunto. E ele acena que sim com um sorriso tranquilo.

- Eu vou repassar o que vamos dizer okay. - O moreno olha brevemente o relógio quando o carro para no sinal vermelho. A rua era familiar, estamos perto. - No dia que nos conhecemos. Eu peguei o seu telefone quando sua mãe te ligou, lembra? - As imagens claras como um filme dele o quebrando eram um pouco sombrias. A memória em si era sombria, me causa medo, mesmo que agora estejamos numa situação diferente. - Eu disse para ela, exatamente isso: "Boa noite, Senhora.  Aqui é o Ethan sou um amigo do seu filho, ele vai passar umas semanas na minha casa, ele não atendeu porque está no banho. Ele me devia um favor, então está me ajudando. Adeus."

- Entaum.. é ixo qui ela sabi? - Ele acena com a cabeça em afirmação. Tiro a chupeta da boca por um segundo pra falar. - Você acha que ela caiu nessa?

- Acho. Eu sou um homem de negócios, preciso ser convincente o suficiente para falar apenas uma vez e conseguir o que eu quero.

- Eu tô nervoso. - Murmuro formando um biquinho. Pondo a chupeta na boca novamente.

Eu aperto forte o volante pra tentar não parecer tenso. Mas também estou nervoso. Henry tem estado muito.. instável com seus sentimentos. Ele não tem tido controle sob a raiva.

- Eu vou tentar..não surtar. Como aconteceu outras vezes. - Ele se envolve com os próprios braços e vejo que sua chupeta está no seu colo. - Eu nunca fui bom em lidar com sentimentos fortes. Raiva principalmente.. A culpa não é minha. Meu pai é um péssimo exemplo. - Ele respira fundo. - Não tô dizendo que é uma desculpa mas.. parece que eu vou morrer. Dói tanto no meu peito, a raiva, que qu-que eu só.. quero que ela saia de mim. E acabo agindo como idiota.