| 𝙷𝚘𝚛𝚊 𝚍𝚊 𝚜𝚘𝚗𝚎𝚌𝚊 |

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💀 TRINTA 💀

A soneca que Henry estava tendo estava tão gostosa que ele roncava baixinho, o que tirou um sorriso de Anthony. Quando Ethan retornou ele já estava sendo despertado. A diretora sugeriu que ele fosse pra casa. Pra evitar que ele passasse mal de novo, na verdade sugeriu um médico imediatamente. Então ele foi levado no colo até o carro, uma raiva súbita crescia no peito de Ethan ao ver o cacheado nos braços de Anthony quando ele chegou.

Ele respirava de forma lenta e precisa, dirigindo sem tirar os olhos da estrada.

- Ethan.. - Henry chamou meio rouco. - Eu tô encrencado?

- Não, doce. Tá tudo bem. - Ele diz simples. Mudando seu semblante pra disfarçar. - Vamos investigar esse seu desmaio. Okay, amanhã vamos ao médico. Eu já estou com seus documentos e tudo que preciso.

- Entendi. - Ele coça os olhos. - Como está a minha mãe?

O silêncio foi cortante como uma navalha.

- Você viu ela quando foi lá não foi? - Henry continuou.

- Sim. Eu vi. - O carro dobrou a esquina.

- Então? - Ele insistiu.

- Ela tá bem. Tinha um pequeno machucado no rosto, mas acredito que não era nada. - Ele diz, de forma simples. E Henry arregalou os olhos.

- Um machucado?! - Raiva apareceu no seu semblante. - Foi o meu pai? Se tiver sido eu juro que

- Ela confirmou que não. Eu não faria um escândalo sem antes ter certeza. - Ele diz.

- É a minha mãe, Ethan. - O mais novo diz, firme.

- Sei disso.

- Você tem que me ajudar a fazer algo a respeito disso. - O menino fica inquieto na cadeirinha do carro.

- Henry, seu pai não fez nada, sua mãe confirmou isso. Acalme-se antes que eu vá aí atrás. - O olhar feroz e irritado fita o mais novo pelo retrovisor.

- Você nem conhece metade do que meu pai é. - Ele se atreve a responder.

- O pouco que conheço já me dá ânsia, não tô dizendo que ele não é capaz disso, mas não posso fazer justiça com minhas próprias mãos, sem provas, eu não sou o Batman. Acha que posso ir lá e dar uma surra no seu pai por bater na sua mãe?

- Sim! Olha o seu tamanho, você é enorme e forte, quebraria ele em milhões de pedaços.

- Henry! - Ethan levanta a voz. - Não podemos fazer nada até que sua mãe peça. Fim desse assunto.

💀

Henry emburrou-se e cruzou os braços, virando pro lado, viu aquela pelúcia esquecida no fundo do armário de roupas.. "Tan Tan.." ele pensou quase dizendo o mesmo. Cheio de poeira e mofo. Henry conseguiu se ver naquele coelho tantas vezes que agora ele o olhava e sentia pena.. do quão abandonado e maltratado esse coelhinho foi. Ele brincou com as orelhinhas do mesmo por muito tempo. Até chegarem em casa. Eles entraram e a primeira coisa que Henry fez foi subir pro seu quarto. Ele guardou Tan Tan numa prateleira alta. Na qual quase não alcançou. Então ele foi ao banheiro, usou o vaso doido pra fazer suas duas necessidades, e agora pode finalmente fazer em casa. Não havia tido mas, Ethan permitiu que Henry usasse apenas a fralda para o xixi, e quando quisesse cocô poderia usar o vaso sanitário. Afinal ele não poderia força-lo a isso. Bem.. ele tentou.

O cacheado estranhou Ethan não ter subido também, aproveitou o tempo sozinho e tomou um banho. Vestiu uma camiseta de ursinhos.. mas não tinha como colocar sua fralda sozinho, uma coisa que Henry gostava era a sensação acolchoada da fralda enquanto dormia. Ele puxou o máximo da camiseta que conseguia e saiu do quarto a procura de Ethan, por sorte ele estava no escritório, muito sério ao telefone.

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