GOLD PACIFIER ✨🍼

| 𝐎 𝐩𝐞𝐝𝐢𝐝𝐨? |

💀 TRINTA E QUATRO 💀

Eu podia sentir um zumbido no meu ouvido.. minha audição foi simplesmente sumindo ao longo do caminho enquanto eu olhava pra carteira de cigarro na minha mão repousada em meu colo.. o que aquilo significa? Ele desistiu de mim? Ele.. não, ele não poderia estar triste com o que disse. Ele é Ethan. Não consigo mais pensar. Eu sinto que vou vomitar.

- Henry?! - A voz dele calou o zumbido ensurdecedor. E eu o olho. - Você tá bem?

- Eu não sei. - Fui sincero. Limpei a garganta e olhei pra frente. - O que isso significa? O cigarro...

- Eu achei que seria uma forma de que você visse que estou falando sério, sobre o que você pode decidir.. - Ele diz e não consigo focar a imagem dos olhos.

- Isso pode me matar. Eu tenho Diabetes agora e.. céus. Você tá querendo me matar? - Pude sentir meu peito apertando, meu coração estava acelerando.

- Não, não de forma nenhuma. É algo simbólico eu não sei.. - Começo a respirar pela boca a fim de estabilizar meus batimentos. - Henry você tá hiperventilando. - Ele colocou uma das mãos na minha coxa, e então eu apertei ela, tentando me acalmar.

- Eu quero foder, agora, aqui no carro. - Eu quero que essa sensação vá embora, eu não quero que ele vá..

- Henry, se tá tentando me comprar com seu corpo pra evitar que eu me afaste de você, eu não preciso disso. - Ele para o carro. E não consigo mais sentir minhas mãos ou pés, eu sinto que vou desmaiar a qualquer momento. - Henry, por Deus! - Ele tira o cinto e logo o meu, pega o meu rosto e vira para ele e logo sinto seus lábios nos meus.. tão macios e carnudos como eu lembrava, das vezes que fizemos sexo eu não conseguia esquecer da sensação deles. Eu conseguia respirar e logo movimentei e continuei o beijo de forma lenta e calma. Que durou alguns segundos. Então eu o afastei de mim.. - Se acalma, por favor..

- Como eu posso me acalmar?! - Henry praticamente grita. - Você.. mudou por mim?

- Eu só quero que seja feliz. De verdade. E algumas das minhas atitudes não são saudáveis. - Ele desligou o carro. - Estou considerando uma terapia, pra nós dois.. Henry eu quero amar você. E se pra amar você de uma forma saudável eu preciso começar de novo, eu farei..

- Quem é você? - Henry estava atônito.. sem acreditar no que ouvia e se quer reconhecia o homem na sua frente.

- Eu já nem sei.. - Ele se inclina e põe as mãos e cabeça no volante do carro. - Eu achei que era eu mesmo com Gabriela.. quando estive solteiro e tendo um michê que me satisfaz.. ou quando eu te trouxe pra minha casa.. em nenhuma dessas vezes acho que fui realmente eu.

- Eu não consigo entender.

- Quando eu vi o quanto mal eu estava te fazendo.. tudo mudou. Acho que fui muito covarde em não mudar antes.. - Ele respira. Devagar e profundo. - Eu quero que me responda por que não quer ser meu namorado. O que passa na sua cabeça?

- Bom. - O cacheado olhou pra frente.. - Você me sufoca. Essa é a verdade. Desde o começo você não deixava eu fazer absolutamente nada.. eu amo a parte de ser submisso a você, mas quando você me dá ordens.. meu peito dói eu quero ser livre e é excitante te desobedecer. Quando sou little eu entendo que bebês não podem fazer tudo e eu sou um menino muito mimado e birrento.. Mas quando sou Henry.. eu não sei. Eu quero ser livre pra beber um vinho de vez enquanto, poder sair na rua e ser normal.. se eu aceitar ser seu namorado.. você vai colocar uma corda no meu pescoço e me amarrar no fundo do quintal.. ser Henry é o único momento em que sou livre.. todo seu controle, e ciúmes e tudo. Isso enche meu peito de ansiedade e agonia.

- Eu sinto muito..

- Sinta mesmo! - Ele fala alto. Se quer consegue olha-lo.

- Eu estou te libertando agora.. mas eu só peço que me dê uma chance de ser alguém melhor..

- Eu vou pensar. - Ele resmungou. - Eu quero ir a praia.. podemos ir?

- Agora?! - Ele se espantou.

- Por favor.. eu nunca vi o mar.

Ethan não pensou duas vezes e ligou o motor, acelerando o carro. Uma hora e meia se passaram de viagem, os dois não conseguiam conversar, estava um clima horroroso dentro do carro, música calma de jazz tocava no rádio e Henry apenas observava a estrada correndo. Ele por um momento olhou as estrelas e como estavam lindas.. poderia ficar ali para sempre, e mergulhar na imensidão que é o espaço. Não conseguia respirar bem ainda. Sentiu sono e não podia esperar o momento que veria o mar. Por algum motivo.. ele desejou mais do que tudo. Quando chegaram o carro foi parando devagar.. e ele pode ver apenas a areia. Próxima a rua da pequena cidade litorânea que estavam. Henry saiu e sentiu o vento congelante atingir todo seu corpo, ele tremeu e se cobriu com o próprio abraço. Então Ethan se pôs ao seu lado.. e eles caminharam até a areia.

- Não sei se vai conseguir ver a real beleza do mar agora de noite. - Eles caminhavam e Henry já estava hipnotizado pela lua no mar, e as estrelas brilhando acima deles, o mar parecia o mais lindo azul escuro..

- Podemos entrar? - Ele perguntou virando o olhar para Ethan e o mais velho pode ver todo o brilho do céu e estrelas acima deles nos seu olhar e derreteu-se naquela imensidão.

- Não sei se é seguro.. - Ele aproximou o mais novo, tirou o paletó do seu terno, e cobriu o menino com frio. - Vamos. - Ele puxou o menino pro seu colo, e ele correu até o mar. Ali ele entrou até sua cintura e colocou o menino no chão/mar. Ele riu e o agarrou, com medo das ondas.

- Isso é incrível. Tá muito gelado. - Ele sorriu e o abraçou. Eles não ficaram muito felizes ao sentir as ondas muito fortes, os puxando para dentro do mar. Então se olharam e pensaram o mesmo "vamos sair"

Quando saíram observaram o mar ali mesmo, não muito distante das ondas, ainda conseguiam sentir a água molhando levemente ao vir de cada onda. Era tão grande.. Henry se sentiu pequeno. Ele se sentou na areia, e logo se jogou nela de costas, deitando-se. Ethan sem pensar o acompanhou, e observaram as estrelas.. o cacheado suspirou. - Eu nunca me senti tão bem. - Ele disse.

- Fico feliz. - Ethan diz.

- O céu parece tão diferente aqui. - O menino observou o quanto conseguia com seus olhinhos.

- Aqui não tem tanta luz quanto na cidade, conseguimos ver mais estrelas. - O moreno hesitou em pegar a mão do menino, e aquilo lhe doeu.. muito.

- Me sinto em casa. - O mais novo pode dizer.

- Sério?

- Não sei explicar. - Ele admitiu. Se sentando novamente. - Poderia morrer aqui mesmo. Você me deixou a deriva no espaço. Não sei onde estou, onde é minha casa e o que fazer.

- Eu também me sinto assim. Sei que a filosofia é sua. Mas, me sinto tão perdido..

- Olha que coincidência. - Ele sorri. - Estamos perdidos juntos..

- Sim.. isso é verdade. - O mais velho finalmente se senta também, e observa o mais novo. Eles se olham por um momento. - Acho que não poderia ter companhia melhor.

Henry aproximou o rosto e o beijou, calmo e lento. Não sabia da epifania que seria fazer tal coisa. Pode sentir o mar cantando uma música para eles, e o vento assobiava para eles a melodia.

- Posso te pedir algo? - O menino pergunta.

- Claro. - Ethan sorri.

- Quero que seja inteiramente meu.. Ethan.

- Eu acho que já sou..

Seus olhos brilharam mais que todas as estrelas sob suas cabeças.. e se beijaram novamente. Ali perceberam que conseguiriam resolver tudo juntos, iriam iniciar uma nova jornada, com novos nomes e novas memórias. Seriam apenas eles, e mais ninguém. Ali.. perceberam que se amavam.. e viveram felizes para sempre.

💀 FIM 💀

Sim, está história chegou ao fim.
E pretendo iniciar novas histórias.
Vocês terão um capítulo especial dessa obra.
Voltarei quando tiver mais seguidores, na wattpad e tweeter.
Amo cada um de vocês, Unnie.