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O sangue estava em minhas mãos, tudo já estava derramado no chão

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O sangue estava em minhas mãos, tudo estava derramado no chão. Eu havia perdido o controle.

O coração que estava acelerado, passou a bater devagar. A respiração ofegante, ficou calma. Tudo em minha volta, passou a ficar escuro. Até a minha visão.

Minha cabeça bate no chão frio do meu quarto, eu não queria me levantar. A porta é aberta no mesmo segundo, minha mãe me olha e se assusta. Sei que ela não se preocupa comigo, mas ela fez de tudo para que eu sobrevivesse.

A mulher liga para a ambulância aos nervos, ela grita pelo nome da minha irmã. Nour corre até mim e segura minha mão —— como se fosse adiantar —— , as lágrimas rolavam pelo seu rosto.

Fecho meus olhos lentamente, aquela seria a minha despedida, naquele momento eu iria embora desse mundo. Eu iria deixar minha irmã e minha mãe sozinhas, como minha mãe sempre quis. Um barulho extremamente irritante se aproxima de meus ouvidos —— como eu ainda não morri? Eu estou sangrando! Morrendo aos poucos! Como eu não morri totalmente?

Meu corpo é levado para algum lugar que eu não consigo reconhecer totalmente, mas eu ouvia vozes. Eu podia sentir agulhas entrarem em meu corpo. Mas o que isso ia adiantar? Eu irei morrer, eu queria morrer. Por que não me deixam morrer, porra?

Eu realmente não consigo mais lembrar do que aconteceu nas últimas horas, mas eu havia certeza de que eu não havia morrido. Como eu sei? A resposta era apenas eu estar acordada enquanto observava o teto branco em minha visão, que ainda estava um pouco embaçada. Minha mãe se aproximava de mim e segurava minha mão, seus olhos estavam molhados, mas eu sabia que era falso o que ela sentia.

Eu sei que você nunca gostou de mim, mamãe. Pode ficar tranquila, eu sei. Você nunca fez questão de esconder.

Talvez ela estivesse fingindo para manter uma boa impressão no lugar que estamos —— que eu ainda preciso descobrir —— , mas em casa... bom, ela era o diabo em pessoa.

Minha irmã, Nour, ela realmente se importava comigo. Mas não estava acordada, ela estava deitada na poltrona, provavelmente ficou a noite acordada se preocupando comigo. Ela era uma boa irmã.

—— Filha, que susto você deu em mim! O que deu em você? O que estava pensando?

Sinto algo prender minha boca, alguma espécie de aparelho, talvez? Mas qual? E por que isso estava em minha boca? Eu não quero sobreviver!

—— Tente não falar. Pelo menos, por enquanto, pode ser?

Meu corpo estava cansado, eu estava cansada. Cansada de tentar e nunca dar certo, sempre vir parar em hospitais. Eu estou cansada das pessoas tentarem me salvar sendo que eu não quero ser salva!

—— O que estava pensando?

Em morrer. Provavelmente, essa era a intenção. Não conseguiu perceber?

não era a primeira vez que eu parava em hospitais após tentar cometer suicídio, acho que poderia ser a terceira vez? Mas agora, realmente parece sério. Eu acho que eu fiz uma besteira que realmente pode mudar a minha vida.

E adivinha? Realmente mudou. Mudou a minha vida para sempre.

 Mudou a minha vida para sempre

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continua...

𝗮𝘁𝗲́ 𝘀𝘂𝗮 𝘃𝗼𝘇 𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮𝗿 Onde histórias criam vida. Descubra agora