𝗮𝘁𝗲́ 𝘀𝘂𝗮 𝘃𝗼𝘇 𝘃𝗼𝗹𝘁𝗮𝗿

vinte e três

—— Como você está hoje?

Fazia uma semana e meia que Bay foi para a faculdade. E meu Deus, eu estava com tanta saudade.

Nós se falávamos pelo Skype quase todo dia. Normalmente, ele contava sobre a faculdade e as coisas que acontecia. Eu não tinha muita coisa para contar, então apenas ouvia ele.

—— Bem.

—— Estou com saudades de você. ——diz.

—— Você fala isso toda vez que me liga. —— sorri.

E eu também sentia muita falta dele. Parecíamos que éramos dois imã e não podíamos ficar separados.

—— É porque eu sinto muito a sua falta. Tem alguma novidade para me contar?

—— Não. E você?

—— Eu fiz amizade com uns caras aí.

—— E isso é bom?

—— É. Eles são super gente boa e eu me sinto muito bem com eles.

Era bom saber que ele se sentia bem em Chicago. Mesmo estando longe de mim, eu estava feliz pelo meu namorado.

—— Então isso é bom.

—— É muito bom. Quero muito que você venha me visitar.

—— Você é bem doidinho da cabeça.

—— Poxa, mas é uma ideia tão legal. —— falou —— Você ia adorar Chicago.

—— Deve ser lindo.

—— Você quer ver? —— se levantou da cama —— Olha. Nesse horário, é bem movimentado, mas depois fica tudo calmo. —— comenta me mostrando a janela pelo celular.

Era muito bonito. Tinha uma paisagem incrível.

—— É muito lindo. Deve ser um sonho estar aí.

Quem me dera se eu pudesse ir e passar um tempo com ele. Nem que seja cinco minutos.

—— E é. Mas olha, daqui algum tempo, eu já vou voltar para casa e ficar com você. Matar a nossa saudade.

Ele era fofo.

—— Você tem que parar de ser fofo o tempo todo.

Riu.

—— Não tenho culpa se eu sou um amor de pessoa.

—— Não exagera.

Ele é um amor de pessoa.

—— Eu preciso desligar. Mas eu juro para você que amanhã eu ligo para você.

—— Tudo bem. Eu te amo.

—— Eu te amo mais, amor.

Desliguei a chamada.