19º

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Fk 🚬.

-03:00

"você sabe cadê ela? você sabe cadê sua querida Júlia? cuidado Fk, o perigo anda no sapatinho."

olhei aquela notificação e meu coração gelou, falei pra Júlia não sair hoje caralho.

levantei da cama em um pulo do caralho e já liguei pra Júlia, que me atendeu no 4º toque.

Chamada.

Fk: paixão, cadê você caralho?
Ju: espera aí paixão. -falou com som alto no fundo e depois foi abaixando um pouco.
Fk: tu tá na balada ainda paixão?
Ju: tô paixão, por que?
Fk: volta pra casa, por favor.
Ju: ta falando do que paixaAAAAAAA... -ela gritou e desligou na mesma hora.

chamada.

joguei o celular na cama e passei a mão no rosto forte.

Fk: CARALHOOO! -gritei batendo a mão na parede.

vesti um short e uma camiseta bem rápido e chamei o ratinho e o Lucas pelo radinho, pra gente se encontrar na boca.

Júlia 💖.

Ju: ME SOLTAAA! -gritei batendo nas costas de um cara que me encarregava igual um saco de batatas.

quando eu tava falando com alguém esse cara pegou meu celular e eu gritei vendo ele apontar a arma dele pra mim.

quando eu me dei conta, já tava sendo encarregada.

Ju: tu errou de pessoa cara, tô falando.

desconhecido: você vai ficar bem quietinha se não quiser que eu te faço de peneira aqui agora. -falou me jogando em algum banco de carro.

antes de eu poder olhar quem dirigia, alguém já enfiou um saco na minha cabeça.

desconhecido: ta sentindo a arma? -falou pressionando a boca da arma com força na minha bochecha- se você tentar alguma gracinha, eu vou apertar a porra do gatilho e acabar com esse rostinho lindo seu. -assenti.

eu tô morrendo de medo, puta que pariu.

•••

depois de muito tempo dentro do carro, literalmente, chegamos em algum lugar por que o carro parou.

o babaca abriu a porta do carro e me puxou pelo braço, me tirando do carro.

Ju: não te ensinaram a tratar uma dama porra? -ele me deu um tapa nas costas que com certeza meus pulmões saíram pela barriga.

desconhecido: cala a tua boca, insuportável. -gargalhei enquanto ele me arrastava.

ouvi barulho de uma porta sendo destrancada e o babaca me empurrou, cai de cara em uma cama eu acho.

ele tirou o bagulho da minha cabeça e saiu do quarto rápido, trancando a porta.

puta que pariu, aonde eu tô?

ajeitei minha roupa e me sentei na cama visualizando o "quarto".

isso aqui é um nojo, a cama é de solteiro, colchão velho, fedido e sem lençol.

o chão é um nojo de sujo, e tem uma cadeira super velha.

a janela ta lacrada, com fita isolante preta e jornais.

e a luz do quarto é uma lâmpada amarela, bem fraca.

a porta abriu e eu olhei rápido, essa vadia me ama?

Erica: gostou da estadia, linguaruda? -gargalhei.

Ju: você quer me dar mona? era só pedir poxa, eu podia te dar umas dedas, daquelas bem gostosinha sabe? -falei levantando e indo até ela.

dei um tapa na cara da Erica que tentou retribuir, mas vimos a porta abrindo.

olhei e puta que me pariu, era o martelo.

agora eu tô morta, tô com a passagem compra pro céu, ou inferno, vai saber pra onde eu vou senhor.

ele veio até mim e me segurou pelo pescoço forte pra caralho.

Martelo: muito engraçadinha, ta achando não? -falou me empurrando até a cama enquanto ainda segurava meu pescoço muito forte.

não tava conseguindo respirar, comecei a bater no braço dele enquanto ele ria.

minha visão foi escurecendo, até eu apagar de vez.

não faço a mínima ideia do que aconteceu depois disso.

lá na boca. Onde histórias criam vida. Descubra agora