22º

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-03:00

acordei com vários barulhos, acho que de tiros.

me encolhi na cama, tentando raciocinar tudo.

logo a porta foi aberta, aberta não, arrombada.

olhei rápido e era o Fk, eu nunca me senti tão feliz na minha vida por ver ele.

ele sorriu e veio até mim, me abraçando forte e eu retribui.

Ju: você veio. -falei chorando enquanto abraçava ele.

Fk: te dei minha palavra, gatinha. -me olhou e me deu um selinho demorado.

Ju: me tira daqui, por favor. -falei baixinho olhando ele que assentiu e tirou sua camiseta.

Fk: veste isso. -me vesti um pouco devagar, por que meu corpo todo doía.

até porque, o martelo abusou de mim mais 2 vezes.

vesti a camiseta e o Fk me pegou no colo, me ajeitei no seu peito e fechei os olhos, minha cabeça tava doendo.

nunca tinha visto tanta gente morta e tanta gente atirando, como aqui dentro desse lugar.

saímos daquele lugar, não chega nem a ser uma casa caralho.

fomos até o carro e o Fk entrou comigo dentro do banco de trás e logo o motorista deu partida e saiu cantando pneu.

Lucas: que saudades de você. -falou no banco do passageiro se virando pra trás e eu olhei pra ele.

Ju: também senti.

ratinho: sentiu minha falta também sua boba? -falou dirigindo e eu dei uma risada baixa.

Ju: a sua não. -brinquei e o Fk riu.

Fk: como você tá paixão? -olhei ele que tava me olhando.

Ju: tô bem com você comigo. -ele sorriu e eu dei um selinho nele.

Fk: o que ele fez contigo? -senti meus olhos marejarem.

Ju: nada, ele só me manteve presa lá... -falei com a voz trêmula e o Fk me olhou desconfiado, mas assentiu.

não to pronta pra falar sobre isso, não agora.

Fk ficou fazendo cafuné em mim e eu fui sentindo meus olhos pesarem, mas não era sono.

Fk: paixão não dorme. -falou segurando meu rosto- Júlia caralho, não dorme. -eu não conseguia ficar acordada.

Lucas: Júlia porra, não deixa ela dormir pedro.

ratinho: não deixa ela dormir porr... -foi a última coisa que ouvi, antes de apagar.

Fk 🚬.

porra, a Júlia apagou.

Fk: ela apagou porra, qq eu faço caralho? -falei preocupado com a mão no rosto da Júlia.

tô numa preocupação do caralho com essa vagabunda.

ratinho: já tamo indo pro posto parceiro, aguenta aí. -assenti olhando a Júlia.

•••

chegamos no posto do morro e eu sai do carro com a Júlia nos braços.

entrei correndo, e atraiu a atenção de todos, acho que pelo fato de eu estar com a Júlia apagada e todo cheio de sangue.

mas bastou só um olhar pra esses filhos da puta pararem de fitar, bando de fofoqueiro!

os meninos foram fazer os bgl da Júlia na recepção e eu coloquei ela na maca, que a mulher trouxe.

Fk: te amo, paixão. -falei bem baixo pra que ninguém ouvisse e dei um beijo na testa dela.

a mulher lá levou ela e não deixou eu ir, só não meti a mão na cara dela pq a Júlia precisa dela.

mulher abusada da porra.

Lp: relaxa parceiro, a Júlia vai cair não carai, a bixa é mais dura que ferro, ela vai ficar bem. -falou colocando a mão no meu ombro.

ratinho: senta ae parceiro, bora esperar a mini furacão acordar e ver se tá tudo bem. -dei uma risada baixa e sentei na cadeira.

minha mente tava a mil, mas minha atenção só voltava pra minha mulher, e pra ela ficar bem.

martelo ta fudido na minha mão, só vou descobrir que porra ele fez com a Júlia.

e a Erica, essa vagabunda vai pro microondas.

não aprendeu na primeira surra, vai aprender assim.

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