21º

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Júlia 💖.

-07:00

acordei sentindo dor em todo meu corpo, principalmente na minha bct.

olhei em volta e porra, continuo nesse cativeiro dos infernos.

eu não lembro de nada depois que o martelo me sufocou até eu apagar, mas até imagino o que tenha acontecido.

até por que eu tô só de calcinha.

caralho, o que ele vai fazer mais comigo porra?

sentei na cama e abracei minhas pernas, ali eu comecei a chorar, tudo que não tinha chorado antes.

porque eu caralho? logo eu?

vi a porta abrindo devagar, me encolhi mais ainda e olhei, vendo o martelo entrar.

ele deu um puta de um sorriso nojento e eu senti uma imensa vontade de vomitar ali, esse cara me dá nojo.

Martelo: amei gozar dentro de você , você é muito gostosa. -falou rindo e se sentando na cadeira, me olhando.

Ju: você é um nojento, porra. -foi a única coisa que eu consegui falar.

Martelo: bem que a nossa transa teria sido bem mais gostosa se você tivesse acordada, mas eu pude me contentar.

Ju: tá tudo doendo em mim, por que você fez isso? -falei chorando e olhando pra cima.

Martelo: você é gostosa, e mexeu com gente muito perigosa. achou que ia acontecer o que? ganhar buquê de flores? não não lindinha, esse mundo é bem mais cruel do que você imagina.
Eu liguei pro seu maridinho -olhei ele lembrando do Fk.- ele tem 48 pra me entregar o morro e eu não coloco mais a mão em você, eu não te encosto um dedo. Mas se ele não entregar, você vai viver um inferno. -engoli a seco e voltei a chorar-

será que o Fk vai pelo menos considerar essa opção? ou eu já posso me considerar morta?

passava tanta coisa na minha cabeça, tantas situações que o filho da puta do martelo poderia abusar de mim, ou pior, me matar.

até porque, ele não tem motivos pra me manter viva se eu não for prestar pra nada.

ele saiu do quarto e eu fiquei encarando a porta ser fechada.

que porra eu vou fazer da minha vida?

eu preciso sair daqui puta que pariu.

nesse quarto não tem uma saída, eu nem sei aonde eu tô, porra!

tô numa fome do caralho, só queria comer e beber água.

só queria saber quantas horas é, e a quanto tempo tô aqui.

e eu tô num frio do capeta, tô só de calcinha, e essa porra dessa cama tem nem um lençol.

ele disse que gozou dentro? eu não posso e não vou ter um filho desse cara, eu não suporto a ideia de ter um bebê dele.

se eu ficar grávida, eu vou tirar, não posso condenar um bebezinho que eu sei que sempre que olhar ele, vou lembrar desse vagabundo.

minha cabeça tava uma confusão, nenhum pensamento entrava em ordem, ou sequência.

eu só queria o Fk, só queria ele aqui, comigo.

eu quero minha mãe, só queria o abraço dela.

lá na boca. Onde histórias criam vida. Descubra agora