lá na boca.

14º

22:35

acabei de chegar na praça, vim de moto com o Fk, assim que descemos geral olhou pra gente.

fiquei com vergonha pra caralho, vai render fofoca.

você já ouvia os cochichos:

"a outra interesseira."

"Fk vai assumir fiel nova?"

"sabia que ela tava dando pra ele."

mas bastava um olhar do Fk pra eles que tudo se calava.

me soltei do Fk e fui até onde tava a Carla e o Lucas, que me olharam desconfiados.

Ju: oi vidas. -dei um beijo na bochecha de cada um e fiquei abraçada com a Carla.

Lucas: oi baixinha, tava com o Fk? -assenti e a Carla gargalhou.

Ju: só fui levar um negócio pra ele, seus pervertidos. -eles riram e voltamos a prestar atenção no Fk e na Erica que tava amarrada.

Fk: isso aqui é pra piranha aprender a trair traficante, pra ela ver como funciona na lei da favela. -ele riu puxando a cabeça dela pra cima, segurando seu cabelo.

Erica: v-você é DOIDOO!! -gritou olhando ele que riu e deu um tapa forte na cara dela.

Fk: ratinho, a máquina. -falou rindo e eu tava olhando tudo, aflita.

odeio ver essas coisas, puta que pariu.

a Erica começou a se debater e chorar, enquanto o Fk raspava seu cabelo e todo mundo ria.

menos eu.

ele terminou e deixou a bicha careca.

Fk: vocês dois. -apontou pra dois vapores- desce a madeira nela, sem dó. 10 minutos de porrada livre. -os meninos riram e foram até eles.

dali foi só sequência de soco e chutes.

meu estômago começou a embrulhar, não consigo ficar aqui pqp.

Ju: gente eu já vou, não consigo ficar aqui mais. -me virei pra Carla e pro Lucas.

me despedi deles, e troquei olhares com o Fk.

sai dali, e fui subindo o morro até minha casa.

minha consciência tava pesada pra caralho, puta que pariu.

uma moto parou do meu lado, olhei e era o pedro.

Fk: vai embora sem falar tchau? -dei uma risada sem graça e ele me puxou pela cintura.

Ju: não tô muito bem pra ficar lá, aí vim subindo. -ele assentiu.

a gente se encarou por alguns segundos e ele puxou meu queixo, me beijando.

já cedi na hora, até porque né, ele ta solteiro.

suas mãos desceram pra minha bunda e eu fiquei arranhando a nuca dele devagar.

paramos pela falta de ar e ele mordeu meu lábio inferior e me deu um selinho.

Ju: conseguiu o beijo que você tanto queria pedro? -rimos.

Fk: quero é outra coisa, gatinha. -gargalhei.

Ju: ta tarde Fk, deixa ir pra minha casa fazendo favor.

Fk: sobe aí, te deixo lá. -nem me dei o trabalho de negar, tô cansada pra crl.

subi na sua garupa e ele acelerou.

senhor eu sou muito nova pra morrer, pelo o amor de santo Cristo.

•••

chegamos na minha casa, desci da moto e ele me puxou, me dando um selinho demorado.

Ju: obrigada, gatinho. -ele sorriu e me deu mais um selinho.

me virei pra entrar e ele deu um tapao na minha bunda.

gargalhei e mostrei dedo pra ele que mandou beijo no ar e piscou.

entrei dentro de casa e tranquei a porta, minha mãe tava dormindo no sofá.

dei um beijo na testa dela e subi as escadas, indo pro meu quarto.