"𝓝𝓪𝓲𝓵𝓼 𝓼𝓬𝓻𝓪𝓽𝓬𝓱 𝓸𝓷 𝓶𝔂 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓽𝓪𝓽𝓽"
Camila Espinosa não sabia onde estava se metendo quando aceitou ser Engenheira de Operações da Mercedes Petronas. Certo que ela amava carros e entendia bem deles, mas ver pessoas pilotando a 3...
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Eu nunca tinha andado de primeira classe na vida.
Já tinha feito algumas viagens, mas todas em classe econômica. Geralmente minhas pernas ficavam inchadas e meu joelho começava a latejar depois de uma hora imprensada entre uma poltrona e outra.
Eram oito horas de voo de Mônaco para o Canadá, isso porque pegamos o mais rápido. Eu estava de mau humor, com umas olheiras horrorosas e não conseguia guardar a porra da minha mala no bagageiro.
—Quer ajuda? — Lewis Hamilton parou ao meu lado, também com sua mala.
—Por favor — Falei.
Observei ele pegar minha mala no chão do avião e levantá-la, a blusa de frio subindo o suficiente pra me deixar ter um vislumbre.
Ele tinha aquela entradinha que só gente gostosa tinha. Um vinco em V que descia pela barriga e sumia dentro de suas calças.
Precisei afastar meu próprio moletom do pescoço, sentindo minha pele queimar por baixo da roupa.
Ele abaixou os braços, pegou a própria mala e a subiu, deixando a barriga a mostra de novo.
Não conseguia desviar o olhar. Minha garganta ficou seca e quando ele virou a cabeça pra mim, com um sorrisinho nos lábios, eu sabia que ele tinha percebido.
—Acho que agora estamos quites — Falei cruzando os braços, ele fez o mesmo, virando para me encarar com uma sobrancelha erguida — Você deu uma conferida no meu decote e eu dei uma conferida no seu tanquinho — Completei, sem saber de onde tinha tirado coragem pra falar isso. Ele soltou uma risadinha.
—Que pena que foi só uma conferidinha — Falou baixinho, passando a língua nos lábios.
Ficou quente de repente, né?
Eu não soube o que falar e balancei a cabeça, sentando no meu assento.
Fiquei surpresa quando ele sentou no assento ao meu lado, tirando o celular do bolso do moletom, colocando-o de lado no assento e começando a tirar a blusa de frio.
Acho que não fui a única que senti o calor.
O jeito que ele tirava a blusa de frio me fez imaginar como seria vê-lo fazendo. Com meu corpo deitado e ele de joelhos em cima de mim.
Eu até tentei desviar o olhar, mas quando ia fazendo o moletom puxou a camisa que estava por baixo e metade das costas dele ficaram desnudas.
E porra.
Ele tinha uma tatuagem enorme ali.
Minha mente achou a informação interessante e viajou imaginando minhas unhas sendo cravadas ali, arranhando as tatuagens.
Desviei o olhar antes que ele percebesse que eu estava olhando como uma tarada.
Graças a Deus meu celular começou a tocar dentro da bolsa e foi a distração perfeita. Era meu pai.