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Peter Bonnington era um gênio e nem se eu me esforçasse muito conseguiria chegar aos pés dele

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Peter Bonnington era um gênio e nem se eu me esforçasse muito conseguiria chegar aos pés dele.

O cara fazia o trabalho de olhos fechados, ele sabia qual botão apertar sem nem precisar olhar e eu precisei tirar uma foto pra me lembrar qual era o botão de ligar o negócio no dia seguinte.

Ele fazia parecer fácil ter que falar todo o trajeto pro piloto, saber onde que ele tinha que parar o carro pra trocar o pneu, que pneu usar em qual ocasião...

Eu não entendia nada disso.

Onde acabei vindo me meter? Como eu aceitei trabalhar numa coisa que eu não sabia nem o que era?

Virei a noite lendo sobre a pista de Mônaco e sobre o que os engenheiros de operação faziam, precisei passar mais ou menos meia base da Mary Kay na minha cara antes de ir pra tal da "qualificação" por conta das olheiras enormes que se formavam abaixo dos meus olhos.

Dessa vez eu fiz o favor de colocar um tênis confortável porque meu dedinho mindinho estava doendo até agora, mas não aguentei ficar com o colarinho da camisa social fechada. Eu não ia morrer de calor nem fudendo. 

Parei na frente do mesmo segurança do dia anterior, fazendo uma prece silenciosa a Deus antes de mostrar pra ele a mesma credencial.

O cenho dele se franziu quando o leitor de códigos apitou e a catraca foi liberada.

—Yes, oficialmente contratada bebê! — Falei para o segurança, piscando um dos olhos. Ele me mostrou um sorriso.

—Boa sorte — Foi o que me respondeu.

Sai de lá praticamente saltitando, mas durou pouco: Toto Wolff estava me esperando na entrada da garagem.

—Bom dia, senhorita Espinosa — Me abriu um sorriso.

—Porque não me chama só de Camila? — Propus, lhe mostrando um sorriso também.

—Lewis, já falei pra ir devagar com isso dentro dos corredores! — Uma voz feminina gritou, eu virei a cabeça, mas só consegui ver o vulto.

—Bom dia! — Lewis gritou. Em cima da porra de um patinete.

Um patinete. 

Atrás dele, uma senhora que não parecia uma senhora também estava montada num desses patinetes, correndo atrás dele como se ele tivesse cinco anos.

Talvez ele tivesse.

Eu pisquei várias vezes, sem entender nada.

—Tudo bem, Angela. Dessa vez você venceu — Lewis disse, parando o patinete bem do meu lado.

—Você sabe que a qualquer momento vai atropelar alguém nos corredores do paddock — A moça de cabelos platinados falou.

Pareciam mãe e filho, mas também não pareciam. Apertei meus olhos.

𝐁𝐀𝐃 𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆𝐒 • 𝐋𝐄𝐖𝐈𝐒 𝐇𝐀𝐌𝐈𝐋𝐓𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora