"𝓝𝓪𝓲𝓵𝓼 𝓼𝓬𝓻𝓪𝓽𝓬𝓱 𝓸𝓷 𝓶𝔂 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓽𝓪𝓽𝓽"
Camila Espinosa não sabia onde estava se metendo quando aceitou ser Engenheira de Operações da Mercedes Petronas. Certo que ela amava carros e entendia bem deles, mas ver pessoas pilotando a 3...
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—Muito bem, Lewis — Falei com ele pelo rádio — Você fez o melhor tempo do treino, parabéns.
—Obrigado, foi um trabalho em equipe — Ele disse, soltando uma risadinha em comemoração.
—Pode se dirigir ao parque fechado — Conclui, desligando o rádio e me levantando.
Estava exausta, não sabia que ter que cuidar de um piloto dava tanto trabalho. Coloquei o ponto que me conectava a Toto e tentei contato. Nada.
Levantei da minha cadeira e me dirigi até o parque fechado, ele disse que tinha algumas pendências pra resolver com os mecânicos mais cedo. Então fui sozinha.
Tinha algum B.O envolvendo a equipe mecânica, mas quando fui procurar saber, ele disse que eu não precisava de preocupar, resolveria tudo sozinho. E sumiu. Não tinha o visto desde então.
As inspeções iriam começar e não sei porque, mas meu coração estava apertado e doendo contra o peito. A ansiedade estava me corroendo.
Fiquei num cantinho observando Lewis descer do carro e ir falar com alguns dos pilotos que também já tinham estacionado, cheguei a me mexer para ir até ele, mas parei.
Verstappen esperava Lewis descer do carro para poder descer do dele e então, olhando para os lados, caminhou até a Mercedes e mexeu na asa traseira.
Simplesmente balançou a asa de um lado para o outro.
Mesmo estando frio, um calor sem igual se espalhou pelo meu pescoço.
O que aquele desgramado estava fazendo? Aquilo era regulamentado? Ele podia simplesmente enfiar a mão em outro carro? Não sabia, mas fiquei com ódio.
Como se fosse normal ficar mexendo no carro alheio, ele virou e começou a andar para entrar dentro do paddock.
Eu sabia que não deveria arranjar confusão, sabia mesmo que deveria ficar na minha, confiar na FIA de que eles tomariam a decisão certa e o dariam uma punição se fosse o caso, mas...
Meu sangue esquentou e eu me mexi, me metendo na frente do piloto e impedindo sua passagem.
—Max Verstappen — O encarei, apertando os lábios, ele me encarou de volta, uma espécie de sorriso surgindo no canto dos lábios de baiacu que ele tinha.
—Eu deveria saber quem é você? — Perguntou, erguendo uma sobrancelha e olhando diretamente para o logo da Mercedes estampado na jaqueta que eu usava.
—Não seja bobo, nós dois sabemos que você sabe exatamente quem sou — Soltei uma risada.
—É realmente um desprazer conhecê-la — Continuou com a sobrancelha erguida.
—Tenho que concordar — Ergui minha sobrancelha também — Algum problema com meu carro? — Perguntei sentindo meu coração quase saltar pela boca.