"𝓝𝓪𝓲𝓵𝓼 𝓼𝓬𝓻𝓪𝓽𝓬𝓱 𝓸𝓷 𝓶𝔂 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓽𝓪𝓽𝓽"
Camila Espinosa não sabia onde estava se metendo quando aceitou ser Engenheira de Operações da Mercedes Petronas. Certo que ela amava carros e entendia bem deles, mas ver pessoas pilotando a 3...
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Nem acreditei quando um dos funcionários da Mercedes me entregou a chave de um Vision SLR. Zerado. Tinha acabado de sair da fase de teste.
A sensação que eu tinha era de que estava parecendo uma criança que tinha acabado de ganhar um brinquedo que queria há anos.
Cuidei da chave como se ela fosse um doguinho e me troquei antes de fazer o caminho até o quarto do Lewis.
Dei três batidinhas antes dele abrir.
Pelo menos dessa vez ele estava todo vestido, mas ainda queria entender o porquê dele ter que usar essas coisas cheias de estampas.
—Você tem um conceito de moda bem diferenciado, né? — Falei olhando pra calça extremamente vermelha em contraste com o moletom amarelo.
Mesmo assim ele não conseguia ficar feio, isso me deixava com raiva.
—Não gosto de ser igual aos outros — Ele ergueu uma sobrancelha, me analisando também.
Eu era largada. Não tinha muita paciência pra ficar tirando e colocando a roupa até achar a perfeita. Tinha colocado uma calça de couro, uma bota de salto e uma chemise branca. Nada demais. Básico, prático e serve para qualquer ocasião, qualquer lugar.
—Quer que eu dê uma voltinha pra você analisar melhor? — Perguntei tentando conter o sorriso que se formava em minha boca.
—Nha — Ele resmungou, saindo do quarto e fechando a porta.
—E o Roscoe? Vai ficar sozinho? — Perguntei, começando a percorrer o corredor com ele ao meu lado.
—Ricciardo está com ele. Roscoe ama gente bobina — Soltou uma risada.
—Me senti ofendida — Levei a mão ao peito.
—Pra onde vamos? — Ele quis saber, colocando as mãos no bolso de canguru do moletom. Sério que ele estava com frio? A blusa de chemise era fina e eu estava com calor — Vamos passar pegar um carro com Toto — Me olhou de lado.
—Calma, já está tudo resolvido — Mostrei a chave do Vision pra ele, que tentou pegar a chave de mim. Soltei uma risada — Eu não estava brincando quando disse que era eu que estava no controle — O encarei quando paramos em frente ao elevador.
Ele me encarou, um sorrisinho ameaçando escapar por seus lábios, mas não falou nada.
Fomos em silêncio do elevador para o carro e paramos quando chegamos em frente ao Vision preto. Eu conseguia ver meu reflexo no carro de tão meu polido que estava.
—Beleza, me passa a chave — Estendeu a mão em minha direção, eu franzi o cenho.
Ele estava achando que era ele que ia dirigir? Um Vision SLR que era meu sonho de consumo? Não consegui controlar a risada que escapou por meus lábios.