"𝓝𝓪𝓲𝓵𝓼 𝓼𝓬𝓻𝓪𝓽𝓬𝓱 𝓸𝓷 𝓶𝔂 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓽𝓪𝓽𝓽"
Camila Espinosa não sabia onde estava se metendo quando aceitou ser Engenheira de Operações da Mercedes Petronas. Certo que ela amava carros e entendia bem deles, mas ver pessoas pilotando a 3...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei cedo. Não. Na verdade... eu nem dormi.
Passei a noite toda me virando de um lado pro outro na cama de hotel, o coração acelerado só de lembrar do que quase tinha acontecido no quarto do Lewis.
Eu não sabia com que cara olhar pra ele. Será que eu simplesmente fingia que nada tinha acontecido?
Calcei os tênis.
Alguém bateu na minha porta.
Detestava correr. Esse negócio de ser atleta nunca foi pra mim. Meu pai até tentou, aulinhas de karatê, escolinha de futebol... O máximo que consegui foi uns dois anos de capoeira, mas nunca tinha aprendido a dar uma estrelinha.
Caminhei até a porta e abri, me deparando com ele.
—Bom dia, Sweetie — Ele abriu um sorriso — O que houve com você?
—Não dormi bem — Resmunguei, saindo do quarto e fechando a porta — O que você acha de eu sentar em algum lugar e só ficar vendo você correr em círculos na minha frente? — Ele gargalhou.
—Se quer dar um jeito de ficar me assistindo, podemos fazer isso de dentro de um dos quartos — Ele falou, me olhando de lado.
—Essa opção é ótima também. Minha cama está chamando por mim — Falei, tentando não entrar na onda dele.
Se ficássemos com esses joguinhos, logo logo a bomba iria explodir.
—E eu estou chamando por você. Basta você decidir qual o melhor chamado — Ele bateu o ombro lentamente contra o meu.
—Depende. Minha cama me oferece conforto e algumas horas de sono, o que você tem a me oferecer? — Olhei pra ele de lado do mesmo jeito que ele tinha feito comigo minutos atrás.
—Bom... Você não vai dormir — Ele apertou os lábios, paramos em frente ao elevador — Mas... — Começou a falar, a porta do elevador se abriu e nós entramos.
Tinha muita gente lá dentro.
O braço dele estava tocando o meu e eu queria terminar aquela conversa, precisava alimentar aquela fantasia dentro de mim, porque nossa...
—Mas...?— Perguntei assim que saímos do elevador, ele abriu um sorriso.
—Você sofre de ansiedade? Dava pra perceber no elevador que o que eu falei estava te atormentando — Ele disse, passando a língua nos lábios e começamos a correr. Tive que juntar toda minha força de vontade para acompanhá-lo.
—Será que a gente pode entrar num acordo sobre eu não correr? — Perguntei, ele riu — É sério!
—Sabia que existem duas maneiras muito eficazes de combater a ansiedade? — Ele aumentou o ritmo da corrida — A primeira é correndo. Fazendo exercícios físicos — Explicou — A segunda é... — Fez uma pausa.