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Andar com gente muito rica tinha seus privilégios e nem estou falando dos carros caríssimos na garagem —— bom, isso também —— mas viajar num avião particular, com todo o espaço só pra você?

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Andar com gente muito rica tinha seus privilégios e nem estou falando dos carros caríssimos na garagem —— bom, isso também —— mas viajar num avião particular, com todo o espaço só pra você?

Privilégios que só gente muito rica pode proporcionar.

Em algum lugar do avião, Toto, Angela e mais algumas pessoas da equipe estavam fazendo planos pra corrida, mas éramos só nós. 10 pessoas, no máximo. Um avião inteiro. Pra dez pessoas.

Estávamos chegando ao final da temporada e embora Lewis fosse o líder do campeonato, Verstappen estava conseguindo se aproximar nessas últimas corridas.

Lewis está sentado no banco à minha frente. O corpo está relaxado, as pernas estão abertas e ele está usando um daqueles shorts de academia. Uma regata branca realça a cor de sua pele e deixam os músculos e as tatuagens dos braços à mostra.

Um dos braços está descansando no encosto de cabeça do assento vazio ao seu lado, enquanto o cotovelo do outro braço está alojado no espaço da janelinha do avião, os dedos em sua testa e o olhar que está me lançando dizem muito sobre o que ele está pensando.

—Quer compartilhar seus pensamentos sujos? — Perguntei erguendo uma sobrancelha.

—Quem disse que estou tendo pensamentos sujos? — Abriu um sorrisinho de lado, passando a língua pelos lábios devagar.

Eu sei pelo simples fato dele ser ele e eu ser eu. A tensão sexual que nos cerca é sempre muito grande, não importa quantas vezes já tenhamos nos encontrado entre quatro paredes.

—Acho que já te conheço o suficiente pra saber — Mordi um sorriso.

Acompanhei o olhar dele até minhas pernas.

Já estávamos sobrevoando a Espanha à essa altura e estava fazendo um calor fora do normal desde que saímos de Portugal, onde foi nossa última corrida. Estou de short e fiz o favor de tirar a havaiana pra ficar mais a vontade durante o voo.

—Você não faz ideia do que estou imaginando — Ele soltou uma risadinha, voltando a me olhar nos olhos.

—Não tem ninguém por perto. Porque não me conta? — Aticei, mexendo minhas pernas de propósito, estávamos perto o suficiente para que me joelho tocasse o dele.

—Uau, que avanço estamos tendo — Ele abriu mais um sorrisinho, fazendo com que a pele do meu pescoço esquenta se, realmente um avanço e tanto, eu não me sentia mais nenhum pouco insegura com ele — Você... Lembra da banheira quente? No Brasil? — Perguntou, limpando a garganta.

Tinha como esquecer? Foi o primeiro vislumbre que tive dele quase sem nada, porque posso até ter disfarçado bem, mas tinha dado uma bela de uma analisada no pacote dele aquele dia.

—Hum... O que tem? — Perguntei, apertando os lábios enquanto ele se esparramava mais ainda no assento, minhas pernas ficando entre as suas.

—Eu queria que tivesse me tocado de um jeito diferente aquele dia — Ele disse, mordendo o lábio inferior e desviando o olhar do meu mais uma vez.

𝐁𝐀𝐃 𝐓𝐇𝐈𝐍𝐆𝐒 • 𝐋𝐄𝐖𝐈𝐒 𝐇𝐀𝐌𝐈𝐋𝐓𝐎𝐍Onde histórias criam vida. Descubra agora