"𝓝𝓪𝓲𝓵𝓼 𝓼𝓬𝓻𝓪𝓽𝓬𝓱 𝓸𝓷 𝓶𝔂 𝓫𝓪𝓬𝓴 𝓽𝓪𝓽𝓽"
Camila Espinosa não sabia onde estava se metendo quando aceitou ser Engenheira de Operações da Mercedes Petronas. Certo que ela amava carros e entendia bem deles, mas ver pessoas pilotando a 3...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Andar com gente muito rica tinha seus privilégios e nem estou falando dos carros caríssimos na garagem —— bom, isso também —— mas viajar num avião particular, com todo o espaço só pra você?
Privilégios que só gente muito rica pode proporcionar.
Em algum lugar do avião, Toto, Angela e mais algumas pessoas da equipe estavam fazendo planos pra corrida, mas éramos só nós. 10 pessoas, no máximo. Um avião inteiro. Pra dez pessoas.
Estávamos chegando ao final da temporada e embora Lewis fosse o líder do campeonato, Verstappen estava conseguindo se aproximar nessas últimas corridas.
Lewis está sentado no banco à minha frente. O corpo está relaxado, as pernas estão abertas e ele está usando um daqueles shorts de academia. Uma regata branca realça a cor de sua pele e deixam os músculos e as tatuagens dos braços à mostra.
Um dos braços está descansando no encosto de cabeça do assento vazio ao seu lado, enquanto o cotovelo do outro braço está alojado no espaço da janelinha do avião, os dedos em sua testa e o olhar que está me lançando dizem muito sobre o que ele está pensando.
—Quer compartilhar seus pensamentos sujos? — Perguntei erguendo uma sobrancelha.
—Quem disse que estou tendo pensamentos sujos? — Abriu um sorrisinho de lado, passando a língua pelos lábios devagar.
Eu sei pelo simples fato dele ser ele e eu ser eu. A tensão sexual que nos cerca é sempre muito grande, não importa quantas vezes já tenhamos nos encontrado entre quatro paredes.
—Acho que já te conheço o suficiente pra saber — Mordi um sorriso.
Acompanhei o olhar dele até minhas pernas.
Já estávamos sobrevoando a Espanha à essa altura e estava fazendo um calor fora do normal desde que saímos de Portugal, onde foi nossa última corrida. Estou de short e fiz o favor de tirar a havaiana pra ficar mais a vontade durante o voo.
—Você não faz ideia do que estou imaginando — Ele soltou uma risadinha, voltando a me olhar nos olhos.
—Não tem ninguém por perto. Porque não me conta? — Aticei, mexendo minhas pernas de propósito, estávamos perto o suficiente para que me joelho tocasse o dele.
—Uau, que avanço estamos tendo — Ele abriu mais um sorrisinho, fazendo com que a pele do meu pescoço esquenta se, realmente um avanço e tanto, eu não me sentia mais nenhum pouco insegura com ele — Você... Lembra da banheira quente? No Brasil? — Perguntou, limpando a garganta.
Tinha como esquecer? Foi o primeiro vislumbre que tive dele quase sem nada, porque posso até ter disfarçado bem, mas tinha dado uma bela de uma analisada no pacote dele aquele dia.
—Hum... O que tem? — Perguntei, apertando os lábios enquanto ele se esparramava mais ainda no assento, minhas pernas ficando entre as suas.
—Eu queria que tivesse me tocado de um jeito diferente aquele dia — Ele disse, mordendo o lábio inferior e desviando o olhar do meu mais uma vez.