Capítulo II

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Adam Levine

Minha cabeça parecia girar. Em um momento eu estava saindo do estadio após uma vitória incrível dos Doggers... Foi tudo tão rápido, a última coisa que me lembro é de sentir uma dor intensa na cabeça e em seguida dos faróis de um carro vindo na minha direção.
Todo o resto era um borrão negro em minha mente.

E de repente, como se tivesse acabado de acordar na minha cama king size, eu abri os olhos. E para piorar quando tentei levantar da cama, percebi que não sentia minha pernas. Mas que diab...? O que tinha acontecido comigo? Eu estava paralítico?

Pouco depois que despertei, meu irmão Michael entrou no quarto, depois de alguns minutos Amy também entrou. Era bom vê-la. Fazia um ano desde a última vez que nos vimos, me senti culpado por isso, pois deixamos de manter contato pouco antes do pai de Amy morrer. Queria ter estado com Amy naquele tempo, ela precisava de mim. Mas eu tinha acabado de conhecer Behati, estávamos tão envolvidos, e ela prendia toda a minha atenção. Minha agenda estava entupida de shows. Foi simplesmente impossível ter tempo para outras coisas que não fossem Behati e a Maroon5.

E mesmo após um ano sem vê-la, Amy parecia a mesma garota de sempre. Seus cabelos ruivos que chegavam que chegavam ao meio dos ombros, pequenas sardas espalhadas por seu nariz pequeno e empinado e seus fascinantes olhos azuis.
Seu corpo estava quase sempre coberto por camisetas grandes e largas e calças jeans, o que não ocultava suas curvas sinuosas.
Mignon. Era isso! Amy é mignon.

Eu olhava para a porta quando Amy entrou. Ela percebeu o meu desapontamento, esperava que fosse Behati, mas me apressei em escondê-lo.

Esperava que a minha noiva fosse a primeira a me ver, onde diabos estava Behati?! Não que eu não gostasse da visita de Amy. Ela era uma ótima amiga. Estava sempre presente e disposta a ajudar. E eu também não sou o tipo de cara carente, mas esperava que minha noiva demonstrasse pelo ao menos preocupação comigo. Não era pedir demais.

- Olá, minha menina. Michael pediu para você vir fazer companhia a ele, me esperando acordar?

Falei com carinho e ela sorriu, parecendo aliviada. Parou perto da cama, percebendo que tinham erguido a grade.

- Eu não podia ficar longe - falou com honestidade.

- Sempre cuidando dos outros. Ainda lembro do gato..

- Ele se transformou num belo animal - disse ela.

- Mamãe achava. Ela o deixou ficar até morrer.

Lembrei do gato que ela tinha salvo na rua, depois de ser atropelado, quando tinha dez anos.

- Pamela ficou furiosa comigo e queria chamar o abrigo de animais para levá-lo - falava ela de sua madrasta. Amy sorriu. - Você não deixou.

- Que tipo de gato você tem agora?

Amy sempre tivera animais de estimação.

- Não tenho nenhum.

- Não é você! - falei surpreso.

Ela apenas sorriu.

- Você não perguntou como estou me sentindo.

Ela agarrou a grade, parecendo nervosa.

- Parece que você levou uma bolada no recreio.

Aquilo me fez rir e ela gostou. Depois, fiquei sério.

- Minhas pernas não se movem - disse com uma voz inexpressiva, que nem eu reconheci.

ela apertou a minha mão num gesto de afeto.

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