Adam Levine
Assim que entrei me dei conta da atmosfera tensa na sala. Olhei para Amy e, então, para Anne. Antes que Amy saísse, as duas sorriram com inocência, parecendo dois gatos dengosos.
E perigosos, pensei.
Eu sabia que Amy não gostava de Anne, mas a hostilidade reinante ali era maior que a habitual. Por quê?
De nada adiantaria me iludir, pois jamais encontraria a resposta. Os rituais complexos da política feminina encontravam-se fora da minha compreensão. Já havia decidido há muito tempo que o melhor a fazer era me manter fora da linha fogo.
Assim que Amy partiu, olhei para Anne e sorri. Sim ela sempre fora uma mulher espetacular, de caráter tão frio quanto um iceberg, o que a tornava ainda mais sexy e desejável aos olhos masculinos.
Eu sabia disso por que aquele era o meu tipo de personalidade também, e nunca havia me incomodado em absoluto, na verdade só me tornava mais irresistível, e que homem não gosta de ter seu ego elevado?!
- Sente-se e tome um café - Convidei, indicando o sofá.
Logo Maria nos trouxe duas xícaras de café com alguns tira-gostos.
Ela parecia irritada, e eu desconfiava de que o motivo fosse a presença de Anne em casa. Provavelmente ela percebia o clima hostil e pesado que se formava quando Anne estava presente.
Eu também percebia.
- Saúde! - Zombei, imitando um brinde.
- Prefiro dizer parabéns.
- Por quê?
Anne sorriu.
- Por ter, finalmente, se livrado de Behati. Deve ser ótimo não ter mais aquele peso sobre os ombros,
- Ótimo não é a melhor palavra - Comentei em voz baixa. Ainda não tinha me acostumado à idéia e a tristeza continuava a espreitar nos recantos da minha mente.
- Como descobriu? Não me diga que a imprensa já noticiou o divórcio!
- Uma amiga contou a outra amiga, que contou a outra, que me ligou ontem. Pensei em lhe fazer uma visita, mas tive um desfile, que terminou depois da meia-noite.
Pensei no uísque doze anos.
- Foi melhor. Eu não seria boa companhia.
- Ah, tenho certeza de que conseguiria levantar seus ânimos... e algumas outras coisas - Anne acrescentou com um sorriso maroto. - Ora, Adam, reaja! Está com uma cara horrível!
- Deve ser a ressaca. - Comentei.
Ela sorriu.
- Foi assim que afogou as mágoas?
Suspirei, resmunguei uma resposta e fui me sentar numa poltrona perto da janela. Eu gostava de brincar com Anne, mas naquele momento, me sentia muito cansado.
- No que posso ajudá-la, Anne?
- Tão formal! - Tirando os sapatos de salto, ela foi se sentar na minha frente e pousou o pé descalço sobre as minhas coxas. - Sabe o que vim fazer aqui, Adam. Fiz uma proposta há um mês e ainda estou esperando a resposta.
- Não pensei que estivesse falando sério, Anne.
- Pois estava. Quero que se case comigo. Nada de cobranças, ou expectativas românticas; um contrato pré-nupcial para proteger os interesses comerciais de ambos.
- Por que não podemos simplesmente dormir juntos e economizar os honorários dos advogados?
Ela riu.
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Dona do seu Coração
RomanceHISTÓRIA COMPLETA. ELE TINHA PAVOR DE CASAMENTO... Conquistador inveterado, o cantor Adam Levine adorava mulheres sensuais e independentes que não envolviam a menor idéia de compromisso. No entanto... "De uma hora para outra, não consigo manter a...