(In)quebráveis

·06· Como uma velha amiga

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Depois de todo esse tempo?
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Alvo Dumbledore
20/07/1978

Alvo Dumbledore se dirigia para a reunião com a calma que era habitual a ele, mas sentia como se a caixa pequena que carregava no bolso fosse bem mais pesada do que realmente era. Ele já tinha aceitado o que aconteceria, mas sabia que ao comunicar aquilo aos presentes a alegria sentida pelo significado bom que o objeto contido na caixa tinha desapareceria e seria substituída por outros sentimentos, sentimentos esses ruins.

Os oitos estavam presentes quando chegou, por um momento ele observou cada um deles. Alvo tinha acompanhado a passagem de muitos alunos por Hogwarts, era impossível se lembrar de cada aluno, mas tinham pontos que o ajudavam a não esquecer parte deles.

Frank Longbottom, ele se lembrava da vez que Minerva tinha se mostrado surpresa e orgulhosa, por mais que tivesse escondido isso, por ele ter quebrado o nariz de um corvino que tinha importunado um nascido trouxa. Realmente não era algo a se esperar do Longbottom, mas ele tinha um senso de justiça, lealdade e honra que eram admiráveis.

Lílian Evans e seu relacionamento com Tiago Potter tinha servido de entretenimento para os professores por anos, além de que Alvo tinha observado com atenção e curiosidade a amizade dela com Severo Snape, eles eram tão diferentes e estava claro que não terminaria bem, aquela não era uma opinião somente do diretor.

Remus Lupin, o menino estava inscrito em Hogwarts desde que nascera e perder isso por um terrível acontecido era injusto. Alvo então fez o que pôde para o garoto poder ir para o castelo, garantindo a segurança de todos, sendo paciente com o pai dele que tentara barrar a proposta, contando com ajuda de pessoas em quem sabia poder confiar e tinha valido a pena, Lupin tinha se mostrado um excelente e dedicado aluno.

Héstia Jones, a garota era lufana dos pés a cabeça, justa, leal e paciente, principalmente paciente. Alvo não era tolo de dizer que sabia de tudo que se passava em Hogwarts, mas sabia muita coisa e um dia por acaso escutara o que poderia ser uma discussão, minutos bastaram pra entender: a Jones estava importunando certo sonserino há um tempo, o que claramente o irritava, mas ela persistia. Se ficara surpreso? Ele estava em Hogwarts há muito tempo para algo surpreendê-lo, achara curioso e que poderia ser algo bom, uma esperança para alguém que infelizmente via como perdido.

O perdido não estava presente, porém era parte do grupo, Régulus Black, o caçula da família Black. Dumbledore conhecera o irmão dele no ano anterior a chegada dele em Hogwarts e com certeza ele não era o que a família Black queria de um descendente, mas aquele ali era. O diretor até tinha pensado que ainda tinha chances do garoto mudar, mas o afastamente dos irmãos anos depois e o comportamento de Régulos tinham feito aqueles pensamentos serem substituídos pela certeza que o Black estava perdido. Entretanto houve aquele ocorrido e uma interrogação substituiu o perdido, então o aparecimento daqueles viajantes mudou Régulus e agora estava servindo de agente duplo, algo perigoso, mas estavam em uma guerra, havia necessidade de pessoas em posições mais perigosas que outras.

Sirius Black, o garoto insurgente, afetado pelo ambiente em que tinha crescido, mas não sendo o que seus pais esperavam, esforçado para não ser como esperavam. O garoto tinha certa fama de se meter em brigas, mas a verdade era que podia haver sua implicância com sonserinos e o problema com Snape, porém ele abominava violência e suas brigas na maioria das vezes era para defender seus amigos. Dumbledore não esqueceria de quando ele informara a Snape sobre o Salgueiro Lutador, sabia que o grifinório estava abalado pela perda de um tio^ querido na época, não que aquilo fizesse a ação ser menos grave, o diretor tinha começado a ter uma séria conversa com ele quando percebeu o estado do garoto, a ficha do que tinha feito e as consequências caindo nele, um arrependimento tão claro que Alvo trocara o que pretendia dizer para algo sobre como o próprio parecia agora entender o peso do que tinha feito, que esperava que ele de fato aprendesse com aquilo e sobre o castigo que receberia.