(In)quebráveis

•39• Perdida

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Depois de todo esse tempo?
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Régulos Black
29/09/1978

Régulos sempre tinha pensado nos Marotos como o bando de amigos de Sirius, nunca tinha pensado que precisaria de fato deles, de algo que foram inteligentes e criativos o suficiente para criar, porém tinha se lembrado dos viajantes falando sobre a passagem secreta que levava para fora de Hogwarts e, sem as visitas Hogsmead, não tinha outra opção se não indagar o irmão quando Héstia levou o espelho para Sirius dias atrás.

Ele poderia simplesmente pedir que Héstia levasse o espelho a Helena quando aparecesse, porém ele queria estar lá por ela, presencialmente, quando isso acontecesse.

Não foi difícil sair sem ser notado, vinha saindo muito cedo para poder voar e era um domingo, a maioria dos alunos dormiria até muito mais tarde. Ele tomou muito cuidado antes de tocar com a varinha na estátua da bruxa de um olho e dizer a palavra que fazia a passagem se tornar acessível, então se surpreendeu quando deslizou até a terra fria e úmida, Sirius não tinha falado nada detalhado sobre o caminho, apenas que devia tomar cuidado para ninguém o pegar.

Régulos seguiu até o fim, era um longo caminho, mas finalmente se deparou com degraus de pedra que não precisaria subir, o que ele precisava era da certeza que saiu do terreno de Hogwarts, deixando para trás o impedimento de aparatar.

O terreno baldio familiar estava vazio, graças a Merlin, no caminho ele observou rapidamente a casa de Héstia, provavelmente ela ainda estaria dormindo aquela hora. Ele bateu o mais suavemente que pôde na porta, esperando ter que repetir o movimento mais algumas vezes para acordar a corvina, mas uma voz logo soou de dentro.

--Quem é?

--Arcturus.-- ele respondeu.

A porta se abriu mais devagar do que ele imaginava e não ficou surpreso por ela estar com a varinha na mão, mesmo que não estivesse empunhada.

--O que você está fazendo aqui? -- pergunta o olhando de cima a baixo como se não pudesse acreditar porque era tecnicamente impossível.

--Eu escapei, mas podemos falar disso depois. Não dormiu? -- perguntou não surpreso, mas preocupado.

--Não muito -- começa a responder abrindo espaço para ele entrar.-- Estava caindo de sono e conseguindo umas horas nos outros dias, mas...Fabian voltou a patrulhar ontem.

--Acha que é cedo?

--Molly ficou desesperada, os garotos...-- ela fecha os olhos ao se sentar e encostar a cabeça no sofá -- Foi horrível, para Gui e Carlinhos o tio sair significava não voltar -- ele apoiou a mão no ombro dela, fazendo olhar para ele e se acomodou de um modo que deixasse abertura para ela poder se deitar apoiando a cabeça em seu ombro, o que fez e ele fechou o braço ao redor num gesto de conforto.-- Eu o apoiei, talvez seja cedo demais, o equilíbrio que ele está tentando ter sozinho é difícil, não sei se foi uma boa decisão, mas ele não nos perguntou, ele nos comunicou e precisava de um apoio. Eu quis ser isso, Fabian é esse tipo de pessoa, ele é comprometido, teimoso e...se algo acontecer com ele, talvez eu devesse ter o freado.

--Você deu a ele o que precisava, sim, é muito recente, mas se esse é o jeito dele de lidar com o que está passando, não tem um certo e errado.-- fala.

--Me desculpa por não ter aparecido no espelho.

--Você não me deve desculpas, Rea.-- ele fala pegando e segurando a mão dela. -- Eu sinto muito pelo que houve com Gideon.