·25· Matilha & Transformação {Parte 1}

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Depois de todo esse tempo?
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Remus Lupin
20/08/1978

Se Remus estivesse sendo sincero, ele podia confessar que tinha um sentimento mesclado quanto a matilhas de lobisomens: Primeiro, certa inveja porque isso queria dizer ter companhias na lua cheia e muitos poderiam pensar que deveria ser ruim aquilo porque lados animais aflorados significaria conflitos entre si, o que deveria ocorrer mesmo, mas solidão podia ser pior ao se encolher em um canto sozinho e despertar humano novamente também só. Graças aos marotos aquele sentimento não tivera sido tão pronunciado assim, Prongs e Pads eram seus companheiros e ele jamais poderia expressar o que aquilo era para si.

O segundo sentimento era certo temor, não dos licantropos claro, mas de que números maiores fossem mais facilmente achados por pessoas desavisadas, porém Keralie garantiu que eles tinham um lugar seguro para a transformação.

Eles se tratava do grupo de licantropos que encontrariam para passar por uma das piores noites mensais de suas rotinas, grupo do qual ela participava e a pespercriva de passar por aquilo com um grupo de licantropos era estranha. Quando não tinha sido somente ele, era sempre ele e os Marotos, então quebrar aquele ciclo era esquisito mesmo sabendo que aquilo se mostrava necessário já que era sua chance para de enturmar com um grupo dos seus, para trazê-los para sua causa e ele não poderia perder ela.

--Está pronto?-- a bruxa pergunta com Sophie, que seria entregue a uma bruxa que cuidaria dela, no colo.

--Eu comecei isso né?-- ele responde.

--Sim, mas sabe que não precisa, você e os outros podem pensar em outra forma.

A licantropa havia conhecido os que apoiava a causa, cumprindo assim o pedido e tudo tinha sido conforme ele esperava, além até porque todos seus amigos tinham ficado apaixonados por Sophie que, quebrando o que se poderia esperar pela pose aparentemente durona de Sirius, parecera bastante tranquila no colo do Black. Então as coisas tinham se encaminhado para a bruxa aceitar entrar, contudo não era como se ela pudesse os convencer simplesmente falando dele, licantropos eram difíceis de ganhar, então o primeiro passo seria inseri-lo naquela noite.

--Vamos nessa, Keralie.-- ele fala.

Ela assentiu como se aquela fosse a resposta certa, empurrou então a porta destrancada de uma casa e o som de conversas chegou até eles, ambos seguiram por um corredor até uma sala que se encontrava com uma dezena de pessoas que pararam de falar ao notarem a entrada.

Era um silêncio desconfortável e não pela presença de Remus, mas pela de Keralie. Era a primeira lua cheia após o que houvera com sua irmã, a primeira lua cheia que estaria sem ela ali e Remus tinha notado aquilo antes, mas não falara nada, provavelmente Keralie não gostaria se tivesse o feito.

--Sentimos muito.-- uma mulher que parecia poder ser a mais velha dali e tinha um porte de líder foi a primeira a se pronunciar.

--Eu também.-- ela responde com a voz tão firme que delatava que se esforçava para soar assim.-- Bem, cadê Zoe?

--Na cozinha.-- foi um homem de mais ou menos vinte e poucos anos que respondeu.

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