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Depois de todo esse tempo?
····························································Helena Deutch
18/07/1978--Hora do almoço, quer companhia?-- Ethan pergunta do seu lado depois de acompanharem a fila de pessoas de volta ao ônibus que também as tinha trazido.
--Eu já tenho um almoço marcado, fica para uma próxima?
--Claro, é algum encontro?
Aquela pergunta poderia fazer alguém pensar que o homem tinha um interesse romântico nela, mas não era aquele caso, os dois eram ótimos amigos e companheiros de trabalho. Ethan adorava fazer perguntas, a Deutch já tinha se acostumado com aquilo e era mestre em se esquivar de algumas, o que não passava despercebido pelo outro que dizia que morria de curiosidade para saber porque afinal ela agia daquele jeito.
--O que acha?-- devolve.
--Que poderia ser facilmente um, mas como te conheço, a resposta provavelmente, e infelizmente, é um não.
--É mesmo um não.
--Eu sei que você está feliz com isso e todas aquelas coisas que já me disse quando puxei o assunto estavam certas, porém você sabe que eu gosto de bancar o cupido e até que sou...
--Bom, sua prima até casou com o cara que apresentou a ela.-- ela diz interrompendo ele.-- Eu sei, Ethan, sei desde as centenas de vezes que já me disse isso e se eu precisar pode deixar que te peço.
--Tudo bem, mas última pergunta.-- ela odiava aquele mas.-- Nenhuma quedinha?
Às vezes ela ficava em sérias dúvidas se ele só queria irritá-la ou era só a típica e excessiva curiosidade dele, podia apostar que as duas opções juntas.
A resposta, obviamente um não, estava na ponta da língua, mas antes que ela saísse uma lembrança da Floreios e Borrões surgiu em sua mente, o cliente trajado da forma típica dos sangue puristas tinha chamado sua atenção, então ela tinha se dado uma autobronca mental porque era uma das pessoas de quem fazia questão de se manter distante, o atendeu então da forma gentil e automática que atendia a todos e foi uma surpresa que ele não tinha o comportamento habitual do grupo ao qual tinha automaticamente o atribuído, no fim parte de seu preconceito inicial sumiu e poderia admitir que as vezes quando a porta da loja abria esperava que fosse o cara.
Helena nunca foi de acreditar no tolo "amor a primeira vista", mas podia aceitar a ideia de atração a primeira vista porque era inegável que a tinha sentido.
--Não.-- respondeu a pergunta sabendo que tinha demorado mais do que deveria.
--Com essa demora?
Ela quis arrancar aquele sorriso pretensioso dele.
--Minha parte, Ethan.-- estende a mão ignorando a provocação.
--Aqui está.-- ele tira do bolso o dinheiro que já tinha separado.-- Nos vemos no sábado.
--Obrigada, até lá.-- se despede guardando o dinheiro.
--Até.
Ela estava feliz por ter dias antes de voltar a vê-lo. Adorava Ethan, mas até certo tempo, então se lembrou que almoçaria com dois outros amigos que também eram suportáveis até certo tempo, porém sua vida seria bem chata se não tivesse nenhum dos três nela.
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(In)quebráveis
FanfictionEles receberam a chance única de mudar o futuro, evitar seus destinos trágicos e salvar muitas vidas, mas não é fácil lutar em uma guerra e lidar com seus conflitos internos ao mesmo tempo. Para o mundo bruxo eles serão os heróis se conseguirem venc...