Clairo🌻
Acordei com meu pai, Luther, gritando pela casa falando que ia sair e iria voltar de noite. Sério, que saco.
Luther: A faxineira está de folga hoje então...sei lá. Deixem essa sujeira pra ela limpar amanhã. - Falou enquanto pegava as chaves da moto e logo saiu.
Ser de uma gangue não era nada fácil. A nossa casa vivia cheia de gente. Eu quase não conseguia dormir por causa do barulho das festas de noite, onde a maioria das pessoas ficavam bebadas. Eu gosto do pessoal, mas as vezes é cansativo.
Clairo: Não tem comida? - Falei abrindo a geladeira. - Sério? - Bufei batendo a porta da geladeira.
Jason: Acabou tudo ontem na festa que nosso velho deu. - Ele bocejou enquanto catava as garrafas de vidro do chão colocando as mesmas dentro da sacola.
Sempre foi só nós três, desde que a mamãe morreu. Ela foi morta pela gangue rival quando eu tinha oito anos. O papai sempre falou que ela morreu porque mereceu mas nunca nos disse o real motivo.
Jason: A gente pode ir em uma lanchonete pra comer, já que não tem nada. - Ele passou as mãos pelos cabelos bagunçados dele.
Clairo: É domingo e são seis horas da manhã. - Falei olhando o relógio. - A única lanchonete aberta é a do Connor.
Jason: E daí? Eu sempre vou lá e nada acontece. - Ele revirou os olhos. - O Connor não trabalha lá, são só os filhos dele.
O Connor é o líder da gangue rival e se o papai odeia ele nós também odiamos. Sem contar que ele matou a nossa mãe.
Respirei fundo e vesti meu moletom.
Clairo: Tá bom, vamos lá comer. - Sorri fazendo o Jason abrir um sorrisão.
Ele pegou as chaves da moto dele e logo saímos. A lanchonete ficava bem perto então chegamos bem rápido.
Jason: Vem logo, eles não vão nos matar. Sabe o que vai nos matar? A nossa fome se não comermos! - Ele revirou os olhos e me puxou pra dentro da lanchonete.
Ainda achava aquilo arriscado. O papai não ia gostar nada disso.
Jason: Oi Karyna. - Falou sentando na cadeira em frente o balcão onde uma menina mexia no celular.
Karyna: Ah...você voltou. - Ela revirou os olhos. - Garoto, você não tem medo de morrer mesmo, né? - Sorriu.
Karyna. Eu sei que nome é esse. Karyna Flynn. A filha do Connor. Todo adolescente da nossa gangue fala que ela é uma gostosa e que comeriam ela se ela não fosse da gangue rival.
Clairo: Oi. Clairo. - Acenei com a cabeça enquanto sentava no banco.
Karyna: Me chamo Karyna, eu até falaria prazer mas você é da gangue rival. - Sorriu. - Ela é mais bonita que você, Jason. - Brincou com ele. - Meu irmão já vai vir atender vocês. - Voltou a mexer no celular.
Demorou uns dez segundos até um garoto sair da cozinha e nos olhar. E...puta merda! Que garoto lindo. Eu sei que já vi aquele rosto em algum lugar...
— Não vai me apresentar pra sua irmã, Jason? - Ele sorriu se apoiando no balcão enquanto me olhava.
Jason: Não enche o saco, Klaus. - Falou enquanto mexia no cardápio sem olhar pra ele.
É claro! Klaus Flynn! O filho do Connor. Como eu poderia esquecer dele? Porra, Clairo! Você acabou de babar pra um Flynn. Imagina se o papai descobre isso.
Klaus: E ai, ruiva? - Me olhou. - Acho que você já me conhece. - Piscou enquanto sorria.
Clairo: É, não tem como não conhecer. - Falei irônica enquanto olhava pra ele.
Klaus: Se eu soubesse que você era gata assim eu teria pedido pro Jason te trazer aqui mais vezes. - Sorriu enquanto me olhava.
Clairo: É gatinho, não precisa babar não, viu? - Sorri de leve.
Ele negou com a cabeça e começou a anotar nosso pedidos enquanto eu só olhava pra ele. Meu pai que me perdoe...
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Amor Entre Gangues
FanfictionClairo é filha de Connor, um chefe de gangue. Ela acaba se apaixonado por Klaus, o filho de Luther, chefe da gangue rival. É óbvio que isso iria dar muita briga. Mas o amor sempre fala mais alto.