Clairo🌼
Entrei em casa com meu pai e vi o Jason sentado no sofá balançando a perna nervoso.
Jason: Clairo, desculpa... eu não... - Ele falou se levantando assim que me viu.
Luther: Eu quero saber que porra deu na sua cabeça que você foi pra casa daqueles filhos da puta?! - Falou batendo a porta com força.
Clairo: A Karyna só queria conversar comigo, pai. - Sentei no sofá.
Luther: A Karyna?! E que porra você tá fazendo com a blusa do irmão dela?! Ou a Karyna gosta de usar blusas duas vezes maior que o tamanho dela?! - Ele falo super bravo.
Dava pra perceber pela voz dele o quanto ele estava bravo, mas tudo que eu conseguia sentir naquele momento era o mesmo sentimento que ele tinha. Raiva.
Clairo: E QUE PORRA A MAMÃE FEZ COM A KARYNA?! POR QUE VOCÊ FEZ UMA PROMESSA COM O PAI DELA?! - Gritei empurrando ele. - Você nunca nos contou o que aconteceu no dia que ela foi morta!
Luther: Porque é algo que vocês não precisam saber! Não vai mudar em nada na vida de vocês! - Falou me encarando.
Clairo: Pai... está na hora da gente saber a verdade. - Encarei ele de volta.
Ele ficou me encarando por alguns segundos. Longos segundos. E depois só respirou fundo e se jogou no sofá.
Luther: Não quero que se aproximem daquela família. - Eu sentei no sofá do lado do Jason. - Mas o que sua mãe fez foi sujo pra caralho.
Jason: Se foi tão sujo por que você não fala pra gente? - O Jason olhou pra ele. - É estranho a gente nem saber por qual motivo vocês são rivais.
Luther: Nossa briga começa muito antes da sua mãe morrer. - Ele respirou fundo. - Basicamente, eles tinham acabado de chegar na cidade e queriam tomar nosso território. O bar que a gente ficava na época. O Connor, o pai da Karyna e do Klaus, já era o líder da gangue nessa época. Ele, ao contrário do resto da gangue, estava disposto a fazer um acordo... eles ficavam com metade da cidade e a gente ficava com a outra metade.
Jason: E vocês concordaram, né? Já que é assim que é divido o bagulho hoje.
Luther: Claro que a gente concordou, a gente não podia começar uma briga naquela época porque a Clairo tinha acabado de nascer. - Ele sorriu de lado. - Até ai tudo bem... ficamos quatro anos quietos, sem brigas e sem nada. A sua mãe achava isso meio injusto já que a gente chegou primeiro na cidade, mas ficou tudo quieto por quatro anos. - Ele passou a mão no rosto.
Clairo: Pai se quiser a gente te dar um tempo. - Respirei fundo olhando pra ele.
Luther: Era aniversário da Karyna e... a Clairo foi convidada, já que vocês eram da mesma sala na escolinha e sempre ficavam juntas. A mãe da Karyna não via problema já que você ainda era criança e não sabia nada sobre brigas e gangues. - Ele ficou olhando pro nada por alguns segundos.
Clairo: Eu não lembro de ser amiga da Karyna Flynn. - Olhei pra ele confusa.
Luther: Você era muito nova, tinha muitas coleguinhas na época e a Karyna era uma delas. Ela nunca chegou a vir aqui em casa, vocês só brincavam juntas no escola.
Jason: Beleza, vocês foram na festa? - Ele falou curioso.
Luther: No começo eu achei isso um absurdo, mas sua mãe disse que tava tudo bem, que ia só deixar a Clairo lá e depois buscar ela quando a festa acabasse. - Respirou fundo. - Acontece que a sua mãe não levou a Clairo pra festa naquele dia. Ela pegou o carro, foi até a casa dos Flynn e chamou a Karyna pra conversar. Eu não sei o que caralhos ela falou pra Karyna, mas ela conseguiu convencer ela de entrar no carro. Os pais dela não viram ela entrando no carro. A Karyna ficou desaparecida naquele dia.
Clairo: E a mamãe não falou que tinha pegado ela?
Luther: Não. - Deu de ombros. - Ela voltou pra casa e fingiu que nada tinha acontecido. Eu perguntei sobre a festa e ela disse que tinha sido cancelada. Umas 21h os Flynn bateram na nossa porta falando que a Karyna tinha sumido e que tinham certeza que ela estava com a gente. - Ele sorriu triste. - Eu falei que não, que não sabia de nada e sua mãe só falou "Devolve o território pra gente e eu falo onde ela tá".
Jason: A mãe fez tudo isso por causa de um território? Tipo... sequestrar uma criança de quatro anos. Quem faz esse tipo de coisa?
Luther: Os Flynn obviamente fizeram um escândalo com a sua mãe e eu não sabia de nada, eu perguntei pra ela várias vezes o que ela tinha feito com a garota e ela disse que tava tudo sobre controle. - Passou a mão no cabelo. - Até que eu ouvi um choro de criança vindo do nosso porão, eu desci lá e a Karyna tava lá junto com dois membros da gangue. Eu não sei o que caralhos eles fizeram com ela e nem sei o porque eles fizeram aquilo já que era uma criança. As costas dela tava com várias marcas estranhas de sei lá o que. Os Flynn desceram lá no porão viram a garota toda machucada. A Tory Flynn atirou na cabeça da mãe de vocês e depois matou os dois membros da gangue.
Clairo: Nossa mãe é uma filha da puta. - Olhei pra ele. - Esse tempo todo nós somos os vilões. - Falei baixo colocando as mãos na cabeça.
Jason: Por que escondeu isso da gente?
Luther: Sei lá. - Respirou fundo. - Eu não sei o que aconteceu com a sua mãe naquele dia e eu queria que vocês se lembrassem dela como uma pessoa boa e não uma filha da puta. - Ele nos olhou. - Eu fiz uma promessa pro Connor que seja lá o que acontecesse eu nunca encostaria na Karyna e em troca disso ele não encostaria em vocês. - Ele levantou e depois saiu indo pra cozinha.
Eu tava simplesmente acabada com tudo aquilo.
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Amor Entre Gangues
FanfictionClairo é filha de Connor, um chefe de gangue. Ela acaba se apaixonado por Klaus, o filho de Luther, chefe da gangue rival. É óbvio que isso iria dar muita briga. Mas o amor sempre fala mais alto.