Chegamos em Londres às seis da tarde, deixei o Lívio na casa dele e já fui direto para a minha me trocar, a Jade mandou mensagem avisando que a festa começaria às oito e a última coisa que quero é me atrasar e piorar nossa situação.
Faz uma semana que não a vejo e estou morrendo de saudade do seu cheiro, do seu beijo, seu jeito maluquinho... Do seu corpo então nem se fala.
Tomei um banho demorado, me arrumei, respondi alguns clientes que me chamaram atenção nas mensagens, peguei os presentes e fui para o meu primeiro Natal com o meu filho.
Filho.
As vezes fico chocado comigo mesmo por ter um filho. Mesmo que já esteja na sua vida há meses, percebo o êxtase em ser pai percorrer o meu corpo quando penso no assunto.
Pai.
Chocante né? Eu, pai. Otávio Castro pai de um adolescente que come tiazinhas quase da minha idade.
A tal da lei do retorno. Minha sorte é não ter tido uma filha, porque senão as noites de tortura seria bem pior.
Cheguei na casa da Jade quase nove horas, o Lívio estava com os amigos gêmeos no sofá jogando no videogame.
— Atrasado — meu filho resmungou sem nem desviar o olhar da televisão.
— Presente — estendi a caixa da Nike e ele pegou sorrindo de lado.
— Perdoado — deu risada e aproveitei que continuou sentado para bagunçar o seu cabelo.
Passei pela cozinha e fui para a área externa onde se ouvia vozes, música e risadas.
Encontrei a Jade, a Joana, o cara que ela está junto e não me lembro o nome, a amiga ruiva que eu comi, o Eddy e o Jorge.
— Família, cheguei — falei da porta para que me notassem e eu quase cai para trás quando os olhos da Jade encontraram os meus.
Um avião!
Minhas bolas que lutem porque eu estou morrendo de tesão por essa mulher gostosa para cacete. Ela vestia um short preto curto marcando cada traço das suas pernas, a regata vermelha cavada era mais larga, porém tinha um decote nas costas e nos seios que instantaneamente me deu vontade de levá-la para o quarto, a tatuagem no vale dos pequenos montes durinhos me chamava para lambê-la e relembrar seu gosto de flores, porém eu tive que conter meus pensamentos ao perceber a forte ereção que iria me delatar.
— Você está maravilhosa — tive que deixar claro para a mãe do meu filho o quanto estava fodidamente linda, passei meus braços pela sua cintura fina e a abracei dando um beijo demorado na sua bochecha enquanto sentia o seu cheiro afrodisíaco.
— Você está bonitinho — brincou espalmando as mãos no meu peito para nos distanciar.
— Trouxe um presente para você — falei mais baixo, não era um segredo, mas algo nosso.
— Sabe que não precisava — tive que tirar minhas mãos do seu corpo para ela abrir o pequeno embrulho.
A caixinha tinha um tornozeleira de ouro com uma pedra azul e outra marrom, as duas pequenininhas em formatos de coração.
— Como seus olhos — sorri para ela quando desviou o olhar do presente para mim.
— Eu... Obrigada — a Jade puxou o ar e eu voltei a me aproximar. — Já falei que não precisa ficar me comprando joias Otho.
— Nunca vou entender vocês mulheres — suspirei me lembrando que com a Janaína era a mesma reclamação sobre dar muitos presentes. — Gosto de te ver com joias, assim como gosto de te presentear, gosto de olhar para algo e me lembrar de você, gosto de você — seus olhos encaravam os meus, analíticos e por conta da maquiagem estavam ainda mais marcados e chamativos que o normal.
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Infinitamente Minha
RomanceA nossa cabeça é capaz de nos pregar muitas peças, é incrível o quanto podemos nos cegar para o que está a nossa frente por causa de uma ilusão fixada no nosso subconsciente. Otávio Castro, no ápice da sua melhor forma física, estava totalmente des...