Capítulo 40

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As primeiras semanas do ano eu decidi que iria trabalhar de casa, não só pela ressaca que acomete meus dias, mas porque eu iria ter que ir para Dubai no final do mês e ando com uma certa antipatia por aviões agora.

Não quero passar muito tempo longe do meu filho e da Jade. Quero ficar o mais perto possível, ainda mais agora que estamos cada vez mais distantes — no caso eu e a Jade, porque não tem um dia que deixo de falar com o Lívio.

Era uma quarta à noite, eu acabei trabalhando até tarde e só parei nove horas, sem muito o que fazer abri uma cerveja e tomei antes de ir para o banho. Ainda no chuveiro escutei a campainha tocar, enrolei a toalha na cintura e fui atender a porta, no caminho peguei o celular para ver se alguém tinha me mandado mensagem avisando que vinha, mas não tinha nada.

Jorge ou Eddy, qual será agora. Eddy, o Jorge dificilmente toca a campainha.

Abri a porta esperando pelo meu secretário, mas encontrei uma Jade com cara amarrada e rosto vermelho.

— Otávio seu filho de uma...

— Boa noite para você também Jade, entra, fica a vontade — fui irônico, já que ela foi entrando feito um furacão para dentro enquanto batia forte os pés no chão.

— Eu não sei como ainda me impressiono com você — ela levou o dedão e indicador até os olhos e pressionou os cantos. — Você sabia que a Maria Luiza tem vinte e sete anos?

Ótimo, sabia que iria sobrar para mim.

— Saber eu não sabia, mas acabei sabendo — tentei enrolar.

— Vinte e sete anos Otho, isso é pedofilia — ela disse mais alto, jogando os braços para cima, estava realmente nervosa.

— Eu vi os dois juntos Jade, mais fácil dizer que ele está se aproveitando dela do que ao contrário — encostei o ombro no batente da porta da cozinha, deixei o celular no balcão e cruzei os braços no peito.

Senti seus olhos varrendo meu corpo e acho que só agora ela percebeu que estou de toalha, ainda molhado pelo banho.

— Otho... — ela queria continuar a briga, mas seus olhos ainda estavam perdidos no v que sumia para dentro da toalha. — Se ele tivesse dezoito anos tudo bem, mas como que posso aceitar esse relacionamento, eu...

— Jade, o Lívio é adolescente, está experimentando o sexo feminino, se descobrindo — aproveitei a chama que se acendeu no seu olhar para me aproximar dela. — Não é como se ele fosse casar com essa menina, ele só está fodendo.

— Meu Deus, não fala isso, não quero nem pensar no meu menininho fazendo essas coisas — ela fechou os olhos se virando, ficando de costas para mim, mas não sei se é por causa do que falei ou pela minha aproximação.

— Ele só está se divertindo Jade, não se lembra como é ter a idade dele? — encerrei a distância, alucinado com a sua presença, enlouquecido com o seu cheiro, encostei meu peito nas suas costas, encaixei meu rosto no vão do seu pescoço e toquei seus braços apenas com as pontas dos dedos. — Se lembra de como o proibido era excitante? Da sensação de descobrir os prazeres do nosso corpo — sussurrei no seu ouvido, fui mais ousado e lambi o lóbulo da sua orelha quando ela inclinou o pescoço me dando mais acesso.

— Isso... Eu... — ela gemeu segurando a lateral das minhas coxas, o que fez meu corpo roçar o seu, meu pau que já estava duro só com a sua presença, se exibiu para a sua bunda, esfregando a monstruosidade no meio das suas bandas.

— Eu te amo Jade, estou morrendo de saudades de você, da sua companhia, das suas maluquices e risadas engraçadas — senti seu corpo arrepiar por onde eu dedilhava meus dedos, fui subindo pelo seu braço e descendo por ele até encontrar sua cintura, onde pressionei nossos corpos, sentindo-a completamente em mim. — Sonho com o seu corpo, com você sendo minha, sonho acordado com uma vida que podemos ter. Nós funcionamos bem juntos, só precisamos deixar o orgulho de lado para nos permitirmos ser felizes — girei seu corpo fazendo-a ficar de frente para mim, ela apoiou as mãos no meu peito e eu não deixei mais um milímetro do seu corpo longe do meu.

Infinitamente MinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora