είκοσι τρία

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Meio no sufoco, mas saiu!
Pra mim a melhor parte desse cap é o início, espero que o restante não esteja tão ruim :')

AVISO IMPORTANTE LÁ EMBAIXO!!

Boa leitura e não esqueçam de interagir! Só assim pra eu saber oq estão achando ~

As masmorras nunca assustaram Jibeom. No início, eram um presságio de que estava prestes a encontrar Namjoon e no final da noite, eram apenas um repouso para que seu corpo cansado se recuperasse dos atos que cometia com o Rei. Não tinha medo do escuro e não se sentia sozinho quando a presença dos outros nas celas ao redor produzia um silêncio quase acolhedor, do tipo vivo que ecoa baixinho respirações mansas, tão suaves que ainda se mantém quieto.

Mas naquela noite ele tremia como se as masmorras pudessem devorá-lo.

As paredes de pedra fria enfim pareceram grotescas demais e mesmo que as celas não tivessem mais grades, ele se sentia sufocado. O mero pensamento de estar no subsolo o amedrontou pela primeira vez e ao menos podia sentir o sono e cansaço bem-vindo depois de alimentar um vampiro, porque Namjoon não o havia tomado.

Tremeu, encolhido no próprio corpo, encarando as mãos que tentavam conter os movimentos inquietos uma da outra enquanto seus pés tocavam o chão. A cama parecia desconfortável sob seu corpo, mas Jibeom sabia que a verdadeira culpada era sua consciência pesada, a culpa do que quase tinha feito. Agora seu destino estava nas mãos do líder de uma das criaturas mais poderosas de que se tinha conhecimento e pela primeira vez, ele se perguntou como tinha acabado ali.

O som da porta pesada de madeira acima da escadaria abrindo o sobressaltou e de olhos vermelhos e inchados, Jibeom ergueu o semblante e aguardou que alguém viesse puni-lo por sua ousadia. Havia atentado contra a vida de Namjoon e se soubessem o quanto esse pensamento lhe causava dor, o quanto já tinha entendido sobre sua impulsividade, o deixariam ir. Tremendo, ele ouviu passos fortes em sua direção e estava prestes a se jogar de joelhos e implorar por misericórdia quando percebeu que Namjoon não estava sozinho.

O ar faltou em seus pulmões, seus olhos encontraram aqueles que só ouvia em histórias, aqueles que roubaram o coração de Namjoon antes dos seus. Ele o olhava confuso, quase receoso, e mesmo assim Jibeom entendeu que nunca tivera chance.

Kim Seokjin era a mais inacreditável das criaturas que já tinha visto.

Antes da chegada de Subin

A sala da masmorra estava arrumada com o mesmo esmero que já era familiar aos mortais que se entregavam ao Rei. Jibeom quase sentiu falta do olhar carinhoso que o vampiro Mark lhe dirigia quando o via chegar, sempre deixando tão clara sua oposição às ações do líder. Se sentou na mesma poltrona, a mais afastada, e esperou que o restante chegasse. Seu coração batia diferente naquela noite, um nervosismo misturado com a euforia forjada pela droga ingerida antes de descer as escadas do subsolo.

Olhou para as garotas e para o menino loiro que aguardavam Namjoon nos sofás e tapetes e por um mísero momento, se permitiu sorrir arrogante. A vitória era doce e descia lentamente pela garganta numa precipitada confiança de que, depois daquela noite, Namjoon não iria querer mais ninguém além dele.

Quando o Rei passou pela porta, os corpos automaticamente se reorganizaram para recebê-lo e Jibeom notou que ele imediatamente olhou em sua direção. Se sentiu exultante, sorriu largo, notou o brilho dos próprios olhos enquanto Namjoon caminhava até o sofá, ainda com a atenção voltada para ele e apenas ele. Mesmo quando as meninas tocaram a pele fria e sorriram contra ele, mesmo quando o garoto sentou em seu colo e ofereceu corpo e sangue para saciar os desejos do Rei. Durante todo o tempo, Namjoon não tirou os olhos de Jibeom.

CHRYSA: Além do Sangue | taeyoonseokOnde histórias criam vida. Descubra agora