XXI

757 51 65
                                    

1° de dezembro de 1998

Ela adormeceu.

O casal percebe enquanto dorme em que estão sentados no meio de um tornado de borboletas, um pânico os acorda imediatamente.

Na verdade, também acontece de repente quando ela cai da cama - deitada esticada, nua, na laje fria da Ala Hospitalar por alguns segundos, completamente confusa.

Então tudo começa a voltar para ela em um ritmo alarmante, e todo o seu corpo também a lembra disso. Dor entre as pernas, sensibilidade no pescoço, inchaço na boca.

O rosto sonolento de Malfoy paira sobre a beirada da cama.

— Você dormiu no chão? — ele murmura, sua voz grossa e rouca.

Hermione cora quando os olhos dele se arregalam um pouco — eles seguem seu corpo nu, agora em pleno sol. Mas antes que ela possa dizer uma palavra, vozes estão chegando até eles do corredor.

— Ah, não —, ele[a suspira. Ela se levanta tão rápido que quase bate o cotovelo no rosto de Malfoy. — Ah não, ah não, ah não. — Ela procura desesperadamente por suas roupas, encontrando pedaços de sua camisola antes de se lembrar de que a rasgou em dois. Suas bochechas estão pegando fogo e ela arranca o lençol, se enrolando. — Droga, o que estamos fazendo?

Malfoy mal treme. Ele puxa os joelhos contra o peito, nu, exceto por uma cueca boxer. Livremente. Sempre tão fodidamente livre.

— Eu não sei. Você pode ir.

— Só há uma saída!

Ele aponta para uma das janelas e boceja.

— Ah, pelo amor de Deus, Malfoy. Ajude-me! — Ela bate nele com um pedaço de lençol enrolado.

— Merlin, mulher, apenas evoque algumas roupas!

— Não posso! Minha varinha não está funcionando.

As vozes ficam mais altas. Eles estão se aproximando.

— O que você quer dizer com sua a varinha não...

— Draco !

Ele apenas suspira infantilmente — ele se move muito devagar. Mas no final ela pega sua varinha e conjura roupas para ela.

—Obrigado —, ela sussurra, e exala. — Obrigada. Sua frequência perceptível está a diminuir quando ela — Espere... não! Malfoy, estas são as vestes da Sonserina .

Dá de ombros.

— Ah, seu idiota. —Ela enrola o lenço e joga na cara, puxando freneticamente uma cadeira próxima e enfiando o resto do pijama debaixo das cobertas. — Dê-me seu braço.

Ele levanta uma sobrancelha. As vozes estão ao virar da esquina.

— Ah, você deve estar brincando. Por favor. Por favor, me dê seu braço.

— Muito bom, Granger. As maneiras são importantes.

Ele lhe dá um braço e ela o puxa deliberadamente, sorrindo maliciosamente enquanto Draco estremece. Em parte eles têm a garantia, eles não têm a garantia...

Poppy e a enfermeira que a acompanha estão ao virar da esquina.

— Sim, algumas outras cicatrizes, dores, mas fora isso cura bem —, Hermione diz, um pouco alto demais, pretendendo estudar sua Marca.

"Sutil", murmura Malfoy.

Ela aperta seu ombro com força. 

— Senhorita Granger. — Madame Pomfrey parece surpresa ao parar ao lado deles, seu olhar penetrante levando Hermione ao extremo. — Eu não estava esperando você aqui tão cedo. Claro não depois de ontem.

Breath Mints / Battle ScarsOnde histórias criam vida. Descubra agora