11 de janeiro de 1999
Ele não se move. Nem uma polegada.
Seus olhos estão frios, encobertos e mascarados — ela não consegue ler nenhuma expressão neles.
— Você sabia. Você sabia. Você planejou isso.
Seu charme de aquecimento desaparece, e uma rajada de vento gelado varre contra eles. Ela mal sente.
— Planejado é uma palavra forte, — ele diz, sem emoção em sua voz também. Nada. Vazio. —Mas você sempre pode contar com Weasley para não terminar seu trabalho a tempo. — Ele estala os dedos. Rola os ombros. Casual. Sempre fodidamente casual. — Então, não... menos um plano e mais um palpite."
— Você já terminou esse projeto —, é tudo o que ela consegue dizer, inexpressiva.
Ele tem a coragem de dar de ombros.
Ela acha que vai ficar doente. Bem aqui. No chão. Sente a bile subir em sua garganta. Mas não — não, ela não vai deixar isso acontecer. Não vai ser tão patético. Recusa. Não, ela não precisa estar doente, ela precisa... ela precisa...
Hermione dá um passo à frente e junta o máximo de força que pode.
Dá-lhe um tapa na cara.
Sua mandíbula é uma placa de pedra fria e dura contra a pele sensível e fina de seus dedos. Picadas, a dor quente e afiada. E o estalo retumbante é alto em seus ouvidos.
Malfoy não faz barulho. A força que ela conseguiu varreu o pescoço dele para o lado, e por um momento ele ficou de frente para aquele lado, permitindo que ela observasse o escarlate raivoso florescer em sua bochecha.
Seus olhos estão apertados quando ele os desliza para ela novamente.
— Você está doente —, ela respira, sentindo seu sangue fervendo sob cada centímetro de carne. — Torcido e doente. — Ela está insatisfeita e insatisfeita com a violência. Ela não tem certeza de que nada poderia satisfazê-la neste momento.
Mas o leve lampejo em sua expressão — a rachadura na pedra — é um começo.
Mesmo assim, é doloroso apenas olhar para ele.
Ela não pode. Ela precisa ir embora. Ela precisa correr. Ela — Rony. Rony é a prioridade.
Rony.
Malfoy ainda está falando.
— Talvez sim, Granger. — Ele dá de ombros novamente. Novamente.
E o veneno borbulhando em suas veias vaza. Curva o lábio e chicoteia como um chicote em sua língua.
— Te odeio.
E não. Não, isso não é suficiente. Não vai doer o suficiente. Precisa doer. Precisa doer tanto quanto ela.
— Você não é nada.
É isso.
Essa é a dor que ela precisava ver.
A maneira como a respiração sai de sua boca e a maneira como seus ombros se esvaziam com ela. A maneira como sua mandíbula afrouxa e seus olhos afiados ficam opacos. A maneira como ele pisca.
Isso dá a suas pernas a força para se mover.
E ela está correndo.
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Breath Mints / Battle Scars
FanfictionPor um momento, ela está quase tonta. Porque Draco Malfoy foi arruinado por esta guerra e ele está tão deslocado quanto ela - e sim, ele tem cicatrizes também. Ele tem uma ainda maior. Ela se pergunta se um dia eles vão comparar tamanhos. Conteúdo r...