XLV

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23 de fevereiro de 1999

— Fique.

Ela está de costas para ele, blusa abotoada pela metade, imaginando se alguém no Ministério vai notar que ela está usando as mesmas roupas de ontem — e é tão quieto que ela nem tem certeza se ele realmente disse isso.

— O que? — ela pergunta com uma voz casual, esperando que ele não o faça e olhando por cima do ombro.

— Fique, — ​​ele diz novamente, um pouco mais alto – um pouco mais seguro disso. Ele está recostado na cabeceira da cama, os lençóis verdes ainda enrolados embaixo dele, balançando preguiçosamente o joelho apoiado para frente e para trás.

Ela abandona os botões e se vira totalmente para encará-lo. 

— Não entendo.

Draco bufa e balança as pernas para o lado para se sentar na beirada do colchão. Ela está chocada com o quão natural é um movimento para pisar entre os joelhos dele quando ele a alcança — para deixar suas mãos deslizarem pela parte de trás de suas coxas.

— Você deveria ficar —, ele murmura, descansando a testa contra as costelas dela. É uma coisa simples e sutil, e ainda assim a flor de calor que envia através dela é tudo menos isso.

— Pansy e Theo, — ela diz, mais um lembrete para si mesma. Os dedos dela já estão passando pelo cabelo dele – ainda tão surpreendente em sua maciez – e ela não quer nada mais do que deixar a boca dele descer cada vez mais no caminho que já começou.

Mas a carta de Theo ainda está no criado-mudo em sua periferia.

— Eles podem esperar —, diz Draco, aninhando-se no espaço acima do umbigo dela enquanto ele começa a tirar a blusa da saia. Ele não costuma ser assim. E ela quer fechar os olhos e deixar a cabeça cair para trás, mas ela acalma as mãos dele.

— Tenho a sensação de que ele não pediria se não fosse importante.

Draco suspira, aquecendo a pele dela brevemente antes de se inclinar para trás. 

— Isso é o que você ganha quando pendura as roupas de outras pessoas em público, ou o que os trouxas dizem.

— É isso que você chama de salvar a vida de alguém? Porque foi isso que eu fiz. E é roupa suja, a propósito, não-

Ele estende a mão e cobre a boca dela quase como se fosse um instinto. Ela levanta uma sobrancelha para ele, mas quando ele arrasta a ponta de seu dedo indicador para baixo ao longo de seu lábio inferior, ela não pensa. Apenas abre a boca e chupa suavemente.

Draco suspira e a puxa para seu colo em um movimento fluido. 

— Você tem que ficar —, ele rosna, a boca varrendo para frente para traçar a coluna de sua garganta - dentes roçando seu ponto de pulsação e mordendo.

Hermione se permite um pequeno momento de fraqueza. Figuras ela ganhou. Ela deixa a cabeça pender para a frente na curva suave e quente de seu ombro, um pequeno suspiro quebrando em um gemido quando ele achata a língua e a lambe lentamente pela extensão entre a clavícula e a orelha.

— Eu não confio quando você está em qualquer outro lugar —, ele sussurra, mordiscando o lóbulo e fazendo-a estremecer. — Assim, foi você quem pediu para ser levado para minha cama. E acho que gosto da sua aparência nela.

Ela está indefesa — não pode deixar de saboreá-lo, enterrada na curva de seu pescoço como ela está, cheirando seu suor limpo; seu cheiro doce e esfumaçado, como a terra úmida da manhã. Ela encontra-se beijando ao longo dos músculos de sua garganta — quase pode sentir o sangue correr em suas veias quando sua respiração falha e ele aperta sua cintura.

Breath Mints / Battle ScarsOnde histórias criam vida. Descubra agora