Victória perdeu tudo.
Mutilada, abandonada e com sua reputação destruída, agora é conhecida como a vilã na história de sua irmã, a brilhante e amável futura rainha.
O Baile que era pra ser o começo do seu final feliz se tornou o ponta pé que empur...
Não irei apenas sobreviver Você me verá triunfar Não pode escrever a minha história Estou além do arquétipo
Rise - Katy Perry
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
NOTA: vocês vão surtar kkkkk
Andrew segue por uma parte da floresta que não conheço. O vento diminuiu, mas a tempestade não deu trégua, mal sei como consegue saber bem para onde está indo nessa escuridão e nessa chuva. A lua está coberta por nuvens pesadas e a única fonte de luz são os clarões dos relâmpagos. Não ajudam muito.
Um trovão explode acima de nós e eu me encolho. Andrew não me disse para onde estamos indo, mas entendi que não era para o palácio assim que nos enfiou na floresta. Ele não diz muita coisa, para ser sincera, não responde nenhuma das minhas perguntas. Como ele viu Anna e James? Como ele sabe para onde estavam indo? Falta muito para chegar? Não responde nada que pergunto, só grita ordens por cima do som da chuva.
Isso me deixa ainda mais inquieta, preciso de informações para poder imaginar como Anna está. Para poder prever se ela está bem ou até mesmo se não está. Não gosto de ficar no escuro, de não saber o que esperar. E quando isso acontece, tenho tendência para criar os piores cenários possíveis em minha cabeça, o que me deixa ainda mais ansiosa e agoniada. Anna morrendo, ou implorando por ajuda e nós dois não chegamos a tempo.
— Quase chegando! — me avisa.
— Quanto tempo? — grito.
Conforme avançamos mais adentro o vento aumenta. Bastante. Faz as copas das árvores balançarem para frente e para trás. O vento chicoteia meu cabelo e minhas roupas, jogando-os de uma direção para outra, mesmo com os tecidos estando pesados por causa da água.
Paramos e Andrew pula do cavalo com agilidade, parando perfeitamente, mesmo o chão estando todo enlameado e escorregadio. Se aproxima e me segura pela cintura, para me ajudar a descer. Aston está agitado e me pergunto se ele acabará se desesperando e fugindo, nos abandonando aqui. Seria um desastre, ainda mais se precisarmos fugir com Anna.
Entretanto, Andrew não parece nem um pouco preocupado com a possibilidade. Ele amarra Aston a uma árvore com um nó fraco e vira para mim. Seus olhos me observam de cima a baixo e ele aperta melhor a capa ao meu redor e ajusta o capuz. Andrew é bem maior que eu. É bem mais musculoso, mais alto e mais atlético. Sua capa tem o dobro do meu tamanho e isso por si só, já a torna pesada, molhada é ainda pior. O peso empurra os meus ombros para baixo e me deixa mais lenta, não gosto bem um pouco, mas aprecio a gentileza e decido não recusar.
— Siga em linha reta e encontrará a cabana do príncipe — Aponta como se eu não soubesse direções. — Ele estava vindo com sua irmã e você sabe o que...
— Não precisa terminar — ergo uma mão em um pedido para que pare. —, sei bem o que ele vem fazer aqui.
E me deixa furiosa que ele tenha trazido Anna até aqui, porque tenho certeza que ela não sabe sobre essa cabana, que é onde James se encontra com mulheres. Antigamente tinha a inocência de pensar que era somente eu, mas depois de tudo o que aconteceu, vi que as chances de estar errada são grandes.
