Capítulo XII

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       Peguei meu celular que estava tocando ao meu lado na cama, era Mary que estava ligando, pensei em não atender pois não queria que soubesse  que eu estava chorando, mas limpei meu olhos engoli o choro e  resolvi atender.

- Oi Tayler

- Oi Mary tudo bem?

- sim liguei para conversar um pouco estou incomodando?

perguntou Mary.

- Claro que não Mary não estou fazendo nada.

respondi meio acanhado

- que voz e essa Tayler estava chorando?

- não Mary e....

não aguentei muito e comecei a cair no choro novamente.

- o que esta acontecendo Tayler fala pra mim aconteceu alguma coisa?

- não Mary não e nada

- Tayler eu te conheço o que esta acontecendo? foi a Jade? ela te chateou com alguma coisa?

perguntou Mary

- não na verdade eu mesmo fiquei chateado ela não fez nada, eu que flaguei os dois se beijando e acabei ficando assim. Eu sou um idiota mesmo. Thuli nunca se interessaria por uma bicha como eu e eu odeio ser assim.

disse soluçando  desabando em lagrimas.

- Olha Tayler não fica assim você e um garoto incrível e não gosto de te ver assim. espera um instante daqui a pouco chego ai na sua casa vou dormir ai com você essa noite, ai amanha vamos juntos para o acampamento como pessoal esta bem?

engoli o choro e respondi Mary no telefone.

- não precisa se incomodar Mary eu vou ficar bem, logo isso passa.

- de forma alguma que vou te deixar assim daqui a pouco chego ai me espera na porta tá?

- ta bom Mary.

não demorou muito e Mary chegou na porta da minha casa  levou cerca de 5 minutos pois moramos pertos uns dos outros. E em suas costas  as mochilas do acampamento que iriamos no dia seguinte, então abrir a porta para ela e veio ao meu encontro me dando um abraço bem apertado.

- eu estou aqui agora tá não precisa ficar assim.

Eu o a abracei bem apertado e sentir um conforto naquele momento vi que não estava só, Mary sempre esteve ao meu lado nos piores momentos da minha vida, foi  ela que me ajudou a começar a me aceitar como eu era. Se descobrir gay e lidar com toda essa informação sozinho e bem mais doloroso mas ela e as meninas estavam do meu lado me apoiando e me ajudando a lidar com tudo isso durante a pré adolescência.

-olha o que eu trouxe pra gente fazer!

em suas mãos avia uma sacola, ao abrir me mostrou o que avia dentro, era duas latas de leite condensado e uma lata de chocolate em pó.

- vamos fazer brigadeiro como nos velhos tempos.

disse Mary sorrindo

ela conseguiu tirar um sorriso de meu rosto pois fazer brigadeiro me trouxe lembranças boas da nossa infância quando nos reuníamos todos no meu quarto para fazer a noite do pijama eu ela e as meninas. nos passávamos madrugadas comendo brigadeiro e brincando.

  - vamos até a cozinha vamos fazer e subir para o meu quarto.

disse pegando a sacola de sua mão e indo sentido a cozinha.

- já avisei as meninas e meus pais que estou aqui e amanhã cedo vamos juntos até a escola onde sai o ônibus para irmos ao acampamento.

disse Mary enquanto entravamos na cozinha.

ficas ali por alguns minutos fazendo o brigadeiro até que terminamos e subimos as escadas na pontinha dos pés para não acordar minha mãe que já avia dormido a um bom tempo.

chegamos ao meu quarto e sentamos no carpete que avia no cão de meu quarto e ficamos ali conversando sobe vários assuntos.

- Então Tayler sei que sente algo pelo Thuli mas tem que ser mais pé no chão agora sabemos que ele provavelmente e hétero e a probabilidade dele ser bi e muito pequena, talvez ele goste de você apenas como amigo e  talvez ele não seja a pessoa certa pra você e isso não quer dizer que você seja um idiota por sentir isso por ele. Mas quero que seja mais coerente com a situação e encare a realidade de forma correta, assim você não sentira tanta decepção.

naquele momento eu sentir que Mary estava certa, a realidade veio como uma flecha que atravessou meu peito naquele momento.

Mary ao terminar de falar ficamos em silêncio, não pronunciei  nada apensas deitei sobre seu colo e fiquei ali por um bom tempo de olhos fechado enquanto ela passava suas mãos sobre meus cabelos.

Logo acordei com Mary me chamando para deitar na cama eu nem avia percebido que acabei cochilando ali mesmo em seu colo por um bom tempo.

levantei e deitei em minha cama. Mary deitou-se para baixo ao lado contrario da cama como fazíamos quando éramos crianças e ali adormecemos. dormir como um anjo ter a sua presença ali era como se minha tristeza tivesse sido arrancado do meu peito.


Continua...

Por trás de nos doisOnde histórias criam vida. Descubra agora