Capítulo 18 -A violência, Seja Qual For, Sempre Leva A Derrota

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          — Tá! tudo bem, mãe... — Marinette dizia, em simultâneo, em que soltava um suspiro pelos seus rosados lábios. Marinette estava sentada em seu novo sofá, enquanto tinha uma conversa típica com sua progenitora.

— Tem certeza, filha? Eu e seu pai estamos muito preocupados com esses boatos. — A mãe de Marinette, dona Sabine, falava doce e terna através do celular. Desde que aqueles boatos saíram, Sabine começou a se questionar. Afinal, o que estaria acontecendo com sua adorada filha? Como Mãe, ela teria de descobrir.

— Não precisa se preocupar, mãe. Estou resolvendo isso. — Disse Marinette, após apoiar preguiçosamente sua testa sobre seus dedos. Sabine não se convenceu. Mesmo que Marinette não pudesse ver, dona Sabine ainda mantinha a expressão de mãe desconfiada em seu rosto. Mas, em respeito a filha, não insistiu no assunto. Entretanto, Sabine ficaria de olho em Marinette. Nem que Alya fosse sua espiã, para isso.

— Certo, meu docinho. Se cuida, mamãe te ama! — Sabine dizia carinhosa, ao se despedir da filha e terminar a conversa.

— Também te amo, mamãe! — Marinette novamente suspirou, e encerrou a chamada. Ela apoiou as costas no encosto do sofá, enquanto fixava seu olhar no ventilador de teto.

— Era a Alya de novo? — De repente, Luka apareceu no cômodo. Ele apoiava suas costas na parede, em simultâneo, em que carregava um pano de prato no seu ombro esquerdo. Novamente, ele estava cozinhando para Marinette.

— Não, era minha Mãe... — Marinette disse cansada, ao levar sua delicada mão as suas madeixas azuladas.

— Todo mundo agora está preocupado comigo. — Marinette disse, agora com seus olhos cravados em uma de suas plantas na sacada de seu apartamento.

— E todos estão certos, Mari. — Luka deu lentos passos em direção do sofá, e se sentou ao lado da frustrada e exausta Marinette.

— Eu sei... É que... — Ela pausou sua fala, a procura de palavras que pudessem expressar o que ela estava sentindo naquele momento.

— Eu não queria isso... — Ela se encolheu e abaixou sua cabeça, conduzindo seu olhar para o brilhante assoalho, o qual ainda estava um pouco manchando com o sangue de Chat noir. Por mais que nossa azulada tentasse, ela não conseguiria mais limpar seu piso. Aquelas manchas ficariam para sempre, sendo uma constante lembrança do felino de olhos esmeraldinos.

— E ainda, tem ele. — Ela disse, meio cabisbaixa, enquanto limpava as lágrimas de suas marcas d'água.

— Marinette... — Luka soou carinhoso, levando sua quente mão, de encontro com o ombro direito de Marinette.

— Você não pode carregar o mundo nas costas. Você não é a Supergirl, Marinette. — Ele acariciou o ombro dela, tentando consolá-la de algum jeito.

— Sei disso. — Ela sorriu fraco. Marinette não sabia o que dizer, o silêncio já havia se estabelecido entre a dupla soturna de amantes sofredores. Marinette ainda podia sentir o calor da mão de Luka, contrastar com sua pele gelada. Marinette sempre estava fria, parecendo uma boneca de porcelana.

           Ela direcionou suas safiras brilhantes para Luka, fitando o fundo dos olhos opacos e cansados dele. Ficaram assim por longos minutos, que mais pareciam horas intermináveis.

— Mari... — Luka tentou falar algo, mas para a sorte dela, seu celular resolveu tocar naquele momento. Ela levou o aparelho até a orelha, e atendeu a ligação preocupada.

— A-alô? — Ela disse, ao colocar a franja azulada para trás.

— Srta. Marinette, está ocupada? — Marinette se surpreendeu com a pergunta do CEO de cabelos loiros, o qual também atendia pelo seu pseudônimo Chat noir.

Mon Petit ChatonOnde histórias criam vida. Descubra agora