Capítulo 6 -Só Sei Que Estou Perdida

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          Marinette abre seus olhos e percebe que não está no restaurante, e nem está no seu quarto. Ela sente o clarão da janela gigantesca, que parecia mais uma parede de vidro no quarto. Ela tampou o rosto da luz que entrava em seus olhos, e então, tira a grande manta de linho na cor platina de cima do seu colo. Ela olha em volta e vê uma grande cabeceira de madeira escura, adornando a cama. Ela se levanta e observa o grande cómodo, todo em cores escuras, enquanto ela observava tudo em sua volta, tropeça nos seus saltos, perto da enorme cama. Suas roupas estavam dobradas numa espécie de criado mudo. Ela então, se vira para um grande espelho atrás da cama. Ela se vê com um blusão preto enorme, com listras coloridas no peito. Ela se vê perdida e grita em seus pensamentos:

"ONDE QUE É QUE EU ESTOU?!"

Ela escuta passos. E logo, o loiro de olhos esverdeados aparece. Ele tinha acabado de tomar banho, seu cabelo ainda estava úmido. Ele estava sem camisa, deixando os seus músculos aparentes. E a toalha estava preguiçosamente jogada em seu ombro.

— A senhorita acordou! — Ela fez uma cara de surpresa.

— O que aconteceu aqui?

— Você não lembra? — Ele mordeu os lábios.

— Aí, meu, deus! Não, não! Isso não pode estar acontecendo! — Ele riu, deu uma gargalhada alta e colocou a mão atrás da nuca.

— Do que você está rindo?!

— Relaxa, não aconteceu nada! Eu dormi no sofá!

— E as minhas roupas!?

— Minha empregada te vestiu.

— Você não estava presente nesse momento? Não estava?

— Bem... não exatamente...

— O QUÊ?! — Ela arregalou os olhos, e levantou os braços no ar.

— O-olha, eu não tive culpa! E-eu... — Ele não conseguiu terminar a frase, Marinette o interrompeu.

— Não termina essa frase! Eu estou na mansão Agreste, vestindo uma blusa sua, como não pensar nada sobre isso? Sério, eu saí com o playboy mais cobiçado de Paris, e acordei na cama dele! Ai meu deus! — Ela pega seus saltos e o vestido, e fixa o olhar novamente nele. Ele então, vai na direção da azulada, e se pôs na frente dela.

— É isso que pensa de mim, senhorita Cheng?

— Talvez?

— Sabe senhorita Cheng, eu podia ter dormido na mesma cama que você, poderia ter te seduzido enquanto você estava bêbada, mas não fiz, sabe o porquê?

— Não!

— Porque eu não sou um Playboy rico, que só se importa consigo mesmo. Eu não sou o que as revistas de fofoca dizem de mim. Sei bem como tratar educadamente as pessoas, mas principalmente, sei como tratar uma mulher. — Marinette arregala os olhos. Ela sente seu coração acelerar, e as bochechas ficarem vermelhas. Ela logo, sai do cômodo sem dizer uma palavra se quer. Ela passeia pelos corredores da bela mansão de Adrien, examinando cada quadro. Ela sempre via um homem de cabelos grisalhos, muito bem penteados, usando sempre roupas formais. O homem tinha um olhar sério, e sempre estava junto do filho, que Marinette julgou ser Adrien. Ela encontra a empregada de Adrien, que estava limpando o pó de uma cômoda, debaixo de um dos quadros dos Agrestes. Quando viu Marinette chegando, olhou surpresa. Mas logo deu um sorriso doce para a azulada.

— Bom dia, senhorita!

— Bom dia!

— A senhorita deve estar com fome, tomara que os remédios para a dor de cabeça tenham dado efeito.

— Ah sim! Não senti ressaca hoje de manhã, e eu estou mesmo com fome! — A empregada conduz Marinette até a sala de jantar. A sala era bem decorada, como tudo naquela mansão. Mas o que chamou a atenção de Marinette, foi um grande candelabro de cristal, pendurado pouco acima das cabeças delas.

— É lindo, né? — A empregada suspirou.

— Sim, realmente muito bonito!

— A senhora Agreste que mandou pendurá-lo, ela tinha um gosto impecável.

— Tinha?

— A senhorita Agreste desapareceu na adolescência do senhor Adrien, ele teve uma infância conturbada por isso. — Isso fez a Marinette pensar o quão difícil era para Adrien passar pelos dias comemorativos. Seu pai fica afastado dele, e a mãe desapareceu, e ele não era um Playboy rico. A azulada puxou a grande cadeira e se sentou na enorme mesa de Adrien. Ele logo desceu as escadas e se dirigiu a sala de jantar, e fez questão de se sentar ao lado de Marinette. Ela nem notou a presença dele, estava pensativa sobre o que a empregada havia lhe contado.

— Você parece meio triste... — Disse ele, num tom de preocupação:

— Ah, não é nada!

— OK, mas logo, logo, eu vou descobrir, senhorita Cheng! — Ela riu baixo, e fixou seu olhar nos olhos dele. As pupilas pareciam estar dilatadas, isso seria um sinal de paixão? Ela desviou-se desses pensamentos e tentou se concentrar em outras coisas. Mas era impossível parar de pensar na história que a empregada lhe contou. Logo, a gentil empregada apareceu com o café da manhã, e realmente estava delicioso.

[...]

           Depois do café, Marinette se levantou e tentou sair pela porta da frente. Mas o loiro de olhos esverdeados a impediu.

— Ei, ei, onde você vai?

— Vou para minha casa!

— Vestida só com a minha blusa, você não vai, não!

— Por que você se preocupa com isso?

— Porque os paparazzi vão cair em cima, se você sair da mansão Agreste vestida assim.

— Eu não posso ir com o meu vestido!

— Por que não?

— Porque acabei de vomitar nele. — Ela levanta o vestido, o mostrando para Adrien:

— Deu reação do remédio em mim! — Marinette completa. Adrien arqueia a sobrancelha e segura o seu queixo. Logo, ele estala os dedos, indicando uma ideia.

— Eu acho que eu tenho um vestido da minha mãe lá em cima! Vem comigo! — Ele puxa Marinette pela mão e passa por vários cómodos, até chegar num cómodo onde tinha vários quadros e plantas. As janelas estavam fechadas, mas o que se destacava ali, era um grande quadro de uma mulher muito linda, loira de olhos verdes.

— Presumo que seja a sua mãe!

— Sim, é!

— Ela é muito bonita! — Ele Abriu um guarda-roupa, onde estava todas as roupas da mãe de Adrien:

— Escolhe uma! — Marinette chega perto do guarda-roupa, e analisa cada peça. Ela se depara com um belo vestido amarelo rodado, sem mangas. Ela tira o vestido do guarda-roupa, e observa cada detalhe.

— Boa escolha! Fui eu que comprei esse vestido para ela, vai ficar lindo em você! — Marinette vai para trás de um "box" de madeira, devia ser um provador. Quando se olha no espelho, deslumbra-se com a tamanha beleza do vestido:

"Adrien tem um gosto impecável!"

Pensou a azulada, enquanto se via no espelho adornado por uma moldura dourada. Ela vira-se e sai do provador. Ela fixa seu olhar em Adrien, que arregala seus olhos esverdeados ao ver a magnífica princesa, que saía do provador.

Mon Petit ChatonOnde histórias criam vida. Descubra agora