Capítulo 11 -Donzela Em Perigo

308 24 18
                                    

           Após a pequena "festa" com a Alya, Marinette se encontrava em sua sacada, apoiada no parapeito. Ela observava a vista monótona da sua cidade. Ouvia o silêncio da madrugada, enquanto sentia a brisa gélida da noite tocar delicadamente a sua pele. Para afastar o sentimento de tédio que a atormentava, ela começou a cantar baixo. Era uma música qualquer, mas Marinette adorava.

You're just too good to be true
Can't take my eyes off you...

Ela arrumou o cabelo para o lado, revelando parte da sua nuca. Ao mesmo tempo que deixava a música envolve-la, ela não conseguia afastar sua mente de Chat noir. O que ele estaria fazendo agora? Será que ele estava pensando nela, assim como ela estava devaneando sobre ele? Ela voltou seus pensamentos para música. Ela não queria dar explicações de como suas bochechas se tornaram rubras, para Alya.

I love you, baby
And if it's quite all righ...

Ela ficou completamente surpresa, quando ouviu Chat noir cantar junto a ela, o refrão de sua música favorita.

I need you, baby
To warm the lonely nights
I love you, baby
Trust in me when I say...

Ela agora, estava em silêncio, ouvindo a incrivelmente e melodiosa voz de Chat noir. Ele se aproximou e abraçou Marinette pelas costas. Ele sussurrava a música nos ouvidos da estilista. Ela, sentiu todos os pelos do seu corpo se arrepiarem, por causa do contato da quente respiração de Chat noir, com a pálida e gélida pele dela.

Oh, pretty baby
Don't bring me down, I pray
Oh, pretty baby
Now that I've found you, stay
And let me love you, baby
Let me love you...

Ao final da música, Chat depositou um delicado beijo ao pé da orelha de Marinette.

— Você canta muito bem! — Disse Marinette. E então, Chat noir apoiou seu queixo nos ombros dela.

— Muito obrigado, mas acho que você canta melhor do que eu... — Ela corou, e sorriu docemente.

— Muito obrigada, gatinho! — Marinette virou-se para olha-lo nos olhos.

— É a minha música favorita, sabia? — Ela disse, querendo puxar algum tipo de assunto. Ela queria faze-lo ficar.

— Verdade? Então vou cantar pra você todos os dias... — Ele falou romântico, ao mesmo tempo em que pressionava Marinette contra a grade.

          Marinette acariciou os braços de Chat noir, que estavam apoiados no parapeito ao lado dela. Ela o olhou nos olhos. Queria mais uma vez contemplar as esmeraldas que enfeitavam a linda face de Chat noir. Assim que decidiu fitar os orbes verdes de Chat noir, percebeu algo de estranho, diferente. Suas esmeraldas pareciam opacas e sem seu brilho característico. As bolsas dos olhos pareciam fundas. A azulada conseguia ver ligeiramente, as leves olheiras que tinham se formado. Ela retirou um pouco da franja loira para ver. A máscara que protegia sua identidade, não conseguia esconder o fato de que ele estava cansado.

— Você dormiu noite passada? — Marinette questionou preocupada. Ele não queria deixar sua princesa imersa em preocupações desnecessárias, mas também, não poderia mentir para ela.

— Eu não estou dormindo muito bem esses dias, Princesa... — Ele disse, ao levar seu toque aveludado para o rosto dela.

— Tá acontecendo alguma coisa? O que há de errado? — Chat noir não queria responder essas perguntas. Marinette já passava por perigos suficientes. Ele não queria envolve-la em um caso criminoso. Apesar de querer alguém para aliviar sua frustração e angústia, preferiu sofrer calado.

Mon Petit ChatonOnde histórias criam vida. Descubra agora