Capítulo 4 -Os Verdadeiros Amores São Sempre Os Mais Inesperados

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            A moça de cabelos azulados, ainda estava na sua cama, desiludida, querendo que o sonho que acabara de ter, se tornasse realidade. Então, o que isso significava? Ela estava apaixonada pelo Herói de Paris?

           Ela sempre se odiou por ser tão vulnerável em relação aos seus sentimentos. Ela lembra de que se apaixonou várias vezes por um simples toque. Marinette já teve várias paixonites, que nem dava para contar nos dedos. Ela ouviu seu celular apitar, e viu ser o cliente misterioso de olhos esverdeados. Ela se sentia tensa perto dele, e ficava mais tensa, por não saber o motivo dele ser tão misterioso. Pegou o celular e fitou o número, hesitante em atender aquela chamada, mesmo assim, atendeu. Ela mais uma vez, escutou a voz grave e marcante do loiro.

— Boa noite, Senhorita Marinette! Desculpe eu te ligar a essa hora da noite. — Ela parou de se mexer, quando ele terminou de falar. E então, ela exclamou num tom de preocupação:

— N-não tem problema! Eu sempre estou à disposição aos meus Clientes!

— Obrigado! Quero que minha roupa fosse de um tecido especial, eu mesmo vou entregá-lo!

— Tudo bem! Pode me informar o dia... — A chamada foi encerrada. Ela ouviu o bip do telefone, enquanto se recompunha. Por que ela tinha tanta tensão perto dele? Ela se deitou novamente, recostando a cabeça no travesseiro. Puxou o cobertor e fechou seus lindos olhos azuis-piscina.

[...]

          Numa manhã de terça, para a pequenina estilista, era tudo monótono, passando pela mesma rotina, idas constantes ao banheiro, sonolência ao acordar, eram problemas que Marinette tinha que enfrentar diariamente. Naquela manhã, o clima estava nublado e chuvoso, ela não queria levantar-se da cama, ela bufou, e preguiçosamente, se levantou, e se dirigiu ao seu banheiro, refazendo a sua rotina.

[...]

          Marinette estava na portaria do prédio. Ela observava o seu reflexo na grande porta de vidro da recepção. Ela estava com seus lindos saltos pretos, seu vestido colado azul, sua maquiagem em tons rosa pastéis. Marinette sempre fora bonita e esbelta, chamava atenção por onde passava. Ela ouviu uma buzina, virou-se e fitou uma limusine preta e enorme. A janela da limusine se abriu. A azulada examinou quem estava no belo carro na sua frente, e surpreendentemente, um loiro de olhos esverdeados era o dono do caríssimo carro de luxo. Ele a fitou, e disse calmamente.

— Senhorita Marinette, posso acompanhá-la até seu lugar de trabalho? — Ela ficou paralisada, mas não podia recusar uma carona. Estava cansada de ir de ônibus para o trabalho.

— Claro! — Ele desceu da limusine, abriu a porta e esperou a estilista entrar, por fim se sentou ao lado dela. Ele olhou para frente.

— Gorila, pode dar privacidade? — O motorista continuou calado. Apertou um botão na frente do painel do carro, o qual fechava uma pequena janela aprova de som.

— Bem, agora estamos sozinhos. — Disse ele. Marinette se sentiu mais tensa ainda, quando ele disse aquelas palavras. Ela sentiu seu coração bater mais rápido, e as mãos suarem frio. Ela cruzou as belas pernas, que eram realçadas pelos saltos e o vestido azulado, que deixava a estilista diremos assim... "encantadora" até demais. Por isso, o belo homem, não deixou de notar as arredondadas e belas pernas da estilista, que logo percebeu seu gesto, e tentou cobrir suas exuberantes pernas, em vão. Adrien logo voltou aos seus pensamentos com o sacudir do carro que lhe tirou do inesperado "transe". Ele então, segurou os tecidos e os entregou a estilista dizendo:

— Estes são os tecidos especiais que eu te falei, eles só cortam com este tipo de metal... — Ele mostrou a tesoura para Marinette, que cuidadosamente pegou-a das mãos dele:

— Esse tecido é indestrutível, por isso foi bem caro, quero que tome muito cuidado... — Ele logo o viu se avermelhar, ao perceber que ela prestava atenção em tudo que ele falava. Ela trouxe uma mexa do seu cabelo para trás de sua orelha, o que fez o loiro se derreter. Ele ao observá-la, se sentia esquentar, e se deixar levar. O silêncio era constrangedor para ambos. Ele estava perdido em seus pensamentos:

"Realmente, esta mulher é muito linda!"

Ao perceber que estava a fitando demais, desviou-se o olhar dela. Ela nem notara seu gesto perseguidor, até porque, estava observando a paisagem cinza daquele dia chuvoso. Logo, os dois nem estavam prestando atenção no mundo em sua volta. Cada um estava concentrado em seus trabalhos, digitando frenéticos, ambos nos seus celulares. Quando o motorista efetuou uma curva brusca, que jogou a azulada, para cima do loiro de olhos verdes, que estava a sua direita. Eles deixaram seus celulares caírem, mas nem se lembravam deles. Estavam paralisados, um olhando para o outro, até perceberem, que já chegaram no prédio onde Marinette trabalhava. Ela saiu de cima do homem mais cobiçado de Paris, e logo desceu do carro toda vermelha. Ele fez questão de acompanhá-la até o seu escritório. Ela abriu a porta e se sentou na sua mesa.

— Senhor...Adrien, farei todo o possível para que suas exigências sejam atendidas. — Ela se levanta e vai em direção do homem, que se coloca na frente dela:

— Claro... sei que fará o possível para cumprir com o prometido! — Ele a observa dos pés até a cabeça, apreciando a beleza da azulada, que tentava decifrar o rosto do homem. Ela não pôde deixar de reparar, desde que entrou no carro até aquele momento. Por trás daquele homem de terno, e olhos verdes, tinha um sentimento forte. E esse sentimento foi provado quando ele fitou as pernas desnudas de Marinette. Ela ficou parada segurando a porta do escritório, vendo-o indo embora. Ela divagou sobre ele, então, ouviu soar uma voz doce e feminina. Era Tikke, sua nova secretária que havia contratado alguns dias antes.

— Bom dia, senhorita Cheng! Como vai? — A sua secretária era pequena, quase a mesma altura que Marinette. Usava sempre vestidos rodados nos quadris e colados na cintura, suas roupas eram vermelhas com bolinhas pretas. Cabelos ruivos, maquiagem toda trabalhada no vermelho. Sua cor era realmente vermelha.

— Bom dia, Tikke! Pontual, como sempre! — Marinette não parava de pensar no estranho cliente. Porém, ela desviou seus pensamentos e focou no trabalho, que seu misterioso cliente requisitara.

Mon Petit ChatonOnde histórias criam vida. Descubra agora