Emily Elizabeth Dickinson é uma moça que vive em 1850 com sua família;adora poemas e é uma amante da natureza. Susan Gilbert é uma garota prodígio que é obcecada por ciência ,porém vive no século XXI e trabalha em um laboratório que ao fazer um test...
Eu sentia como se meu corpo estivesse imerso em uma onda de prazer. Susan nunca precisou tocar em mim para que eu sentisse algo; ela podia estar do outro lado da estrada e mesmo assim eu a sentiria em cada pedacinho do meu corpo e da minha alma. Meus dias costumavam a serem frios. Frio no sentido de sozinha,mas nunca fui vazia. Vazia nunca! Eu tinha minha poesia para me preencher nos dias tediantes.
Fico minutos me imaginando com ela, e confesso, talvez estivesse pensando alto demais, entretanto eu só queria poder chama-la de minha-Minha Sue-. Aos poucos fui adormecendo, mas o sorriso bobo nunca saiu do meu rosto.
Acordei com Lavínia jogando ''uma bola'' feita por seu lençol.
- Emily! pare de falar.
- Enlouqueceu Lavínia, eu estava dormindo.
- ficou a noite INTEIRINHA falando '' Você quer ser minha?'' você estava sonhando com o que hein?- falou me indagando
-Com nada! - falei meio rápido na tentativa de fazê-la parar com as investigações
- EU SEI MUITO BEM O QUE VOCÊ PRETENDE- ela disse em um tom alto e claro apontando o dedo em minha direção ,confesso que um medo imenso me fez ficar sem ar, afinal, e se eu tivesse falado sobre os beijos que troquei com Sue na noite passada? Pior ainda , se ela contar para o papai e a mamãe! Certeza que eu seria exorcizada.
- Por favor fale baixo Lavínia. - disse colocando o indicador perto da boca pedindo silêncio.
-Você acha mesmo que eu não ia sacar que quer um bezerro ou algo do tipo. Você sabe que eu quero uma raposa e o papai só permite um pedido a cada ano! Esse é o meu. Você não ouse pedir antes, você é tão desprovida de inteligência que seus sonhos te delatam. – falou ela rindo como se tivesse descoberto o segredo do ano .
- É inútil guardar segredos de você Lavínia. você muito esperta- finjo estar derrotada ,mas ao ver uma saindo do quarto e piscando um sorriso enorme surge nos meus lábios .
Levanto e faço minha higiene pessoal. Após tudo isso, coloco um vestido bonito e desço vendo Austin conversando com Sue.
- Bom dia irmã. Pensei que ao invés do jantar podia fazer uma proposta diferente ao forasteiro e Sue adorou a ideia . Vamos convida-lo ao baile que Lavínia e eu estamos organizando.- A troca de olhar entre mim e Sue era visível, mas Austin era tapado demais para notar.
-até que enfim pensou algo que preste Austin.- falei em um tom brincalhão .
- Sue, será que podemos passear depois? – falei olhando para ela,mas Lavínia e Austin falaram NÃO como em um coro, em uma única voz. Arregalei os olhos com o abuso dos meus irmãos .
- Já convidei a srta Sue para um passeio e Lavínia precisa de você com algumas coisas de mulheres para o baile.Lembre-se que Ben vai chegar de viagem e vir para o baile.- disse em um tom esnobe que me fez ficar vermelha de raiva. Puta merda, eu havia esquecido completamente de Ben.
- Emily será que você pode vir aqui no quarto comigo rapidamente? - dessa vez quem falou foi apenas a Sue.
Disse que sim com a cabeça e segui até o quarto. ela fechou a porta e eu disse:
- Eu sonhei com você esta noite. - disse relembrando os seus gemidos. Seus beijos. Sua respiração. O penteado selvagem que seus cabelos ganhavam após o sexo.
- e o sonho foi bom ou ruim? - perguntou Sue animada.
- sabe que eu não consigo lembrar. - minto na maior cara de pau ,já que ainda conseguia ouvir os seus gemidos de prazer.
- aposto que você acordou excitada- ela falou passando a língua sob os lábios como se quisesse experimentar algo delicioso.
Ela sabia com que eu havia sonhado. disfarcei olhando para os meus pés, ouvi seus passo e sua respiração. Ela levantou minha cabeça tocando delicadamente com seus dedos magros no meu queixo.
-Eu tenho vontade de te beijar a cada segundo do dia.- ela disse enquanto nossos olhares se chocavam.
- Então porque não me beija?- perguntei sem gaguejar
- Eu quero que você peça para ser beijada. – ela se aproximou mais ainda me encostando na parede e quase me perder o equilíbrio.- quero que peça para eu te tocar. Para eu te acariciar, para eu te amar - ela disse roçando os lábios nos meus.
Nessa altura do campeonato, nem eu sabia como ainda estava de pé.
- por favor , me beije quando quiser, em que lugar quiser ,não precisa ser necessariamente na boca...- dessa vez quem provocou fui eu ao falar perto do seu ouvido com os lábios úmidos . dei um sorriso sacana ao sentir suas mãos na minha cintura. Ela me encostou na parede tão forma que eu acabei gemendo. Senti a urgência de seus lábios quando tocaram os meus, e suas palavras ecoavam penetrando em cada célula de meu corpo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Toquei nossas posições e Logo eu abri seu vestido ,mas ela se afastou me olhando ainda com um desejo enorme.
- Emily,eu não posso fazer isso assim. Sua primeira vez precisa ser especial e não dessa forma.
– eu podia sentir que ela me queria. Ela me amava. Ela me desejava e o mais importante ela respeitava meu corpo.
- prometa que isso vai ser para sempre.- disse tocando em uma de suas mãos.
- Eu prometo.
Segurei sua mão até chegar perto da sala, ao chegar larguei e sentei como se nada tivesse acontecido . Depois de um tempo Austin e Sue foram até a cidade e eu fiquei com Lavínia em um tédio profundo escolhendo fitas para seu vestido.
