16 ) C o n v i t e

627 64 21
                                    

Aos finais de semana restantes, Isabella e os gêmeos passaram as tardes ajudando Aro com uns arquivos, os quais eram confidenciais, os arquivos eram sobre outros clãs de lobos, e de vampiros. Aro ficou fascinado com a tal teoria das bruxas exercerem poder sobre a mente de Isabella.

O que era pra ser apenas um exagero, se transformou em uma obsessão.

A o ajudá-lo com os arquivos, a mente de Isabella navegava no homem que havia encontrado, o que pensava sempre tinha resultados sobre ele. E perguntas deveria ser respondidas.

Quem era ele? O que ele queria? O que estava fazendo a observá-la?

Isabella estava com sensações mais apuradas que antes, o homem em questão tinha uma beleza esturmercedora, típico dos vampiros. Porém, entre todos os vampiros que a rodeavam, a vampira se sentiu atraída por ele.

Pensava em convidá-lo para a sua festa, não sabia se Aro aprovaria tal presença, mas os fofoqueiros Demitri e Félix a contaram que Aro, Caius e Marcus estão procurando pretendentes para ela.

Em sua cabeça, parecia ser uma regra absurda. Para que ter um marido ao seu lado? Ela poderia ter muitas outras coisas, mas não queria ninguém a monitorando vinte quatro horas por dia como um obsessor.

— No que está pensando? — Questionou Alec, de certa forma, curioso.

— O certo seria eu escolher. — Respondeu Isabella, afastando a taça de si.

— Escolher o quê? — Se virou para olhá-la.

— O pretendente.  — Suspirou. — Aro, Caius e o Marcus estão buscando um para mim.

Com Edward Cullen desaparecendo de sua mente rapidamente, e o desejo de Isabella para matá-lo era tanto, e de vista é muito mais fácil viver o laudo romântico.

— E quem você escolheria? — Jane pós o livro grosso na mesa circular. — Um rei? Um príncipe? Um plebeu? Um humano?

— Sinceramente, eu não sei. — Cruzou os braços. — Talvez eu tenha uma pessoa em mente. — No tédio, Isabella colocou suas pernas na mesa. — Parece uma proposta de casamento arranjado.

Jane e Alec franziram o cenho, se alto perguntando o que Isabella tinha na cabeça.

— Casamento arranjado é algo por parte de famílias, e não por quem se casa. — Revirou os olhos. — Li isso em um livro.

— Então é isso que Aro está fazendo? Casamento arranjado? — Alec ainda estava confuso, Isabella acenou com a cabeça, confirmando.

Agora eles não iriam sair do seu pé, iriam a seguir para qualquer lugar.

— Então teremos que te proteger? — Jane zombou, seria inacreditável ver ela protegendo alguém além deste seu irmão.

— Não será necessário. — Riu. — Eu sei me proteger bem. Aliás, o próximo treinamento vai ser quando?

— Não temos certeza, Aro está ocupado. — Alec se sentou na cadeira, exausto por ter que arrumar a prateleira enorme de livros.

— Algo o preocupa, não sabemos o que é. — Completou Jane.

— Por hora, irei sair. — Isabella se levantou.

— Vai para onde a essa hora da noite? — Jane arregalou as sobrancelhas.

— Encontrar uma pessoa, estou curiosa para saber quem é. — Estrala os dedos.

— Podemos saber quem é? — Alec apoiou seu cotovelo na mesa.

— Em breve saberão, agora quero seja anônimo até eu descobrir suas intenções. — Saiu pela porta deixando os gêmeos curiosos, Isabella não tinha essas manias quando foi transformada, então eles pensaram, hormônios vampíricos.

O anoitecer chega levemente envolvendo a sua escuridão na densa floresta. As sombras começam a se alongar entre os vaus visíveis das árvores,  criando formas sinuosas e misteriosas.

O crepúsculo traz consigo um silêncio solene, como se a natureza estivesse respirando profundamente antes de adormecer, deixando os animais mais agitados, com medo das criaturas noturnas que os rodeavam para se alimentarem.

A lua começava a imergir no horizonte, trazendo consigo uma luz prateada e serena, iluminando tudo ao redor, seu brilho se intensifica, banhando toda a floresta. Atrás da moita, iluminada pelo brilho da lua, saia o homem lentamente, quem Isabella queria ver naquela noite fria.

— Mademoiselle Isabella Volturi — A voz dele estava parecia um vácuo. — O que lhe traz a sua destruidora presença? — Dá um sorriso.

— Sua mente melhorou? — Cruzou os braços, em escárnio.

— Assim que você sumiu da minha frente. — Respondeu suavemente, mas parecia de forma ignorante.
 
— Queria te entregar esse convite. — Levantou o mesmo para cima, dando as honras para ele ver de longe.

O vampiro estendeu a mão para sentir o tecido fino entre a palma da mão.

Isabella revirou os olhos a o se aproximar do vampiro que inclinou a cabeça de lado, em diversão.

— " Você está convidado para ir a uma festa na mansão dos volturi “. — Ele leu, a olhou, e por fim, riu. — Por que está me convidando? Você nem me conhece.

— Preciso conhecer? — Isabella perguntou incrédula.

— Obviamente. — Encarou os olhos vermelhos da vampira que alargou um sorriso.

— Então me diga… Quantos anos você tem?

— Duzentos e cinco anos. — A voz do vampiro ficou ainda mais suave.

— Mora a onde? — Ela se encostou na árvore.

— Em uma casa — ele respondeu brincalhão, Isabella o olhou de forma neutra, não achando graça naquilo. — Nova York, mas estou aqui em Volterra de passagem.

— Suas refeições são baseadas em quê?

— Cometi algum assassinato e não estou sabendo? — Franziu a testa.

— Tenho que saber com quem estou lidando. — Declarou. — Se você for do tipo que não presta para algo, terei que te matar.

— Eu não tenho medo de você, Isabella. — Afirma. — Não venha com posse de durona para cima de mim, isso não vai funcionar.

— Pelo contrário, Alecsander. — Ela se aproximou dele como uma predadora prestes a pegar sua caça. — Você deveria ter medo de mim.

Com um sorriso se formando nos lábios, o vampiro aproximou mais o seu rosto dos dela, inclinando a cabeça pro lado, a encarou firmemente nos olhos.

— E porque eu deveria temer? — Um sussurro lento e mortal ecoou nos ouvidos dela. — Você por acaso morde? — A vampira cerrou os seus punhos. — Se não se importa, terei que ir, a conversa está entediante. — Se afasta de Isabella, virando-se de costas.

— Talvez seja você que a deixe assim. — Ele se virou, onde seus olhos brilharam no contraste da lua.

— Irei a sua festa, fadinha raivosa.

Isabella cruzou os braços, irritada. O " fadinha raivosa " entrou em seus ouvidos e circulou em sua mente, a deixando necessariamente com raiva, vendo o vampiro se afastar lentamente.

Crepúsculo - Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora