V o l t e r r a

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Um ano atrás.

J

á se passaram meses desde a última vez que viu todos de Forks, levando consigo todas as boas lembranças que teve.  

A dor que a consumia por completo após ele partir, deixando uma sensação de angústia e abandono. 

Os meses foram se passando e teve contato com Alice, por meio de um telefonema, Bella estava andando de moto com Jacob quando ela ligou desesperada.

Depois desse contato com Alice, foi desastroso, o que a fez ir para Itália há dois meses. Mesmo não encontrando respostas sobre Edward, achou melhor do que voltar para Forks e viver a tristeza novamente. 

Hoje chegou o tal esperado dia, haverá em Volterra um festival para comemorar a extinção dos vampiros, era para ter acontecido no dia que Bella veio para lá, mas com as chuvas quase todo o dia caindo e deixando alagamentos, algumas lojas fecharam. Que resolveram adiar o evento para hoje. 

Alice havia dito que Edward iria até os Volturi se expor aos humanos para poder morrer, então hoje como é o festival, com um sol ardente de matar, a oportunidade perfeita. 

Sem perder mais tempo Bella tomou um banho gelado e abriu o guarda roupa, procurando uma roupa confortável, Infelizmente não havia roupas confortáveis, tinha um vestido vermelho imenso lá dentro, o pegou e o vestiu rapidamente sem saber se estava certo, colocou um salto preto, antes de sair para fora praticou para não cair em meio a multidão e chamar atenção. 

Seu coração palpitava fortemente, achava que se não se controlasse teria um ataque de ansiedade ou uma parada cardíaca... Ela não conseguia evitar, o homem que eu amava estava tão perto e perigosamente tão perto de cometer um erro irreparável, precisava se apressar! Precisava vê-lo, agarrá-lo com toda a intensidade e fazê-lo sentir seu coração pulsar para então ele sentir que seu amor pertence somente a ele. 

Ao chegar em frente a igreja ouvindo as badaladas do sino anunciando a passagem da manhã para tarde procurou com os olhos atentos desesperadamente por sua aparição.

  Nada. Não o encontro em lugar nenhum, procurei pelo lado oposto do monumento religioso e ele não estava lá, será que me enganei de local? Não pode ser, era exatamente aqui que a visão de Alice chegou, por que ele não está aqui? Será que está lá dentro, se preparando? — Bella pensou, desesperada. 

Sem mais divagações, entrou no local por uma porta lateral, um pouco estreita, seus saltos faziam barulho por onde passava. Então  decidiu ficar descalça para agilizar sua busca.

 Chamou seu nome pelos corredores, sem resposta. Subiu rapidamente alguns lances de escada na vã esperança de seu encontro.

Acho que estou perdida… — Deu uma pequena pausa na corrida. 

Escutou vozes em uma sala que estava com a porta meia aberta, o suficiente para ver algumas coisas.

  Será que ele estará ali? — Pensava.  Não tenho tempo para perguntas ou suposições, preciso achar Edward. 

Sem pedir licença ou qualquer cerimônia respeitosa como sua lhe ensinou, invadiu a sala chamando seu nome, um grupo de pessoas a olhou, com os olhos vermelhos como sangue e estavam encapuzados. Ela olhou para todos os lados e nada de Edward, os vampiros dirigiu suas atenções a Bella. 

Porta errada. — sussurrou para si mesma.

Se apressou a dar uma meia volta por onde entrou. Para seu azar, um dos encapuzados praticamente se teleportou para a frente de Bella. Inviabilizando a sua partida.  

Um vampiro, Droga! 

— Ora, mas quem é essa criança intrometida? — Um homem com roupas formais, cabelos escuros e longos e marcantes olhos vermelhos se aproxima, sorrindo com curiosidade e desdém. Decidiu ficar calada. — Edward? Está procurando Edward Cullen? Mas que curioso, o que uma mortal como você pode querer com um Cullen? — Ele se aproxima ao ponto de fazer Bella ir para trás,. — Vamos criança, qual sua ligação com os Cullen? Bolsa de sangue deles? Sinto que suas artérias exalam um cheiro inebriante. — O vampiro suspira fundo igual aos humanos quando sentem cheiro de café fresco. 

Ele me dá arrepios… 

Ao tentar se afastar, o mesmo agarra sua mão e olha no fundo dos seus olhos. Ele abre a boca como se fosse gritar, mas no fim apenas ri. 

— Mas que fascinante! Não consigo ler nada… Diga minha jovem, qual o seu nome? E o que deseja ao invadir a sala dos Volturi? — Ele apertou os dedos de Bella. 

— Meu nome é Isabella Swan, sou a namorada de Edward. Sei que vocês estão com ele. Onde ele está?  — Cerrou os punhos encarando o vampiro.  Não surtiu efeito, parece que havia contado uma piada, pois os vampiros do recinto riem.

— Isabella… Swan. Uma mortal, se relacionando amorosamente com um vampiro. Vampiro esse que ela não sabe onde está. — Ele repetiu sua frase como se estivesse tentando assimilar o que ouviu. Soou como deboche e isso irritou a humana.

— Você pode não acreditar! Mas é verdade! Tragam-no aqui e mostrarei a vocês! — Responde quase aos gritos, desesperada para vê-lo. Eles gargalham, humilham -a com suas risadas.

— Edward está morto!  — Escutou um dos vampiros dizer com um sorriso sarcástico. 

Se virou para ele e todas as vozes se tornaram murmúrios distantes, a única coisa que conseguiu ouvir é o zumbido que não saia da sua cabeça. 

Morto? Não pode ser… Mas se não está, por que ele não apareceu? Cheguei tarde demais? Não… Como isso?... 

— Vou perguntar mais uma vez. O que você deseja, Isabella ? 

— Morrer. — Respondeu com um olhar perdido, a felicidade havia sido extraída de seu corpo. Ele gargalhou novamente e os outros vampiros do salão aproveitaram o momento e gargalharam. 

— Tenho outros planos para você. Pequena criança.

Antes de conseguir falar qualquer coisa ou protestar, ele avança em seu pescoço e sentiu suas presas afiadas afundarem em seu pescoço, já sentiu uma dor assim com James, não sabia se era seu coração despedaçado pela morte de seu Edward, ou o veneno do vampiro se espalhando em seu sistema circulatório.

Bella fechou os seus olhos, mantendo - se firme para lembrar da sua memória mais feliz, Edward e ela em um campo florido. 

As horas passaram, e Bella estava deitada em uma cama, com as mãos uma em cima da outra e os olhos totalmente fechados, seu vestido cheio de sangue. 

Ela abriu os olhos devagar, um pouco zonza tentando forçar sua memória e saber o que aconteceu... 

— Que fome... — Disse alto. — Ou melhor... Que sede. 

Se levantou rapidamente da cama percebendo que o lugar era estranho, um quarto com móveis de madeira que parece ter saído de dois séculos atrás. 

— O que estou fazendo aqui? Quem sou eu?... Lembro-me de um nome… Isabella Swan? Não… — Fechou os olhos tentando se recordar. —  Meu nome é Isabella Volturi. — Afirmou os abrindo e eles estavam completamente vermelhos. 







Crepúsculo - Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora