Linhas Emocionais

103 9 135
                                    

Londres - Castelo Negro

O castelo ergue-se dentro da densa floresta, que fica em sua volta como uma barreira protetora, suas torres alcançavam o topo de cada árvore, os detalhes intrincados em suas paredes de pedra cinzenta. As janelas altas e estreitas do castelo brilham com as sombras misteriosas que dançam pela floresta.

Sylas andavam em passos lentos pelo jardim do castelo do clã Mallory, que cercavam no estilo oásis, as rosas negras e flores pálidas quase secas dando um vislumbre sofisticado ao ambiente que por si, já era sofrido.

Os dedos do vampiro tocaram na a água da fonte que jorra água cristalina, o bater de suas gotas era tão calmo, que fez Sylas fechar os olhos por alguns segundos antes de abri-los e sentir que alguém o observava, já sabendo de quem se tratava, o vampiro caminhou pelo corredor que contia pilares feitos de cimentos, cada um com um desenho de runas.

Feita de madeira maciça, a porta é adornada com detalhes intrincados, a mesma ergue-se quase até o topo. Sylas as abriu usando as duas mãos, empurrando-as para trás, o barulho das mesmas fez um eco no salão.

Subindo os degraus, Sylas parou de frente a enorme janela que tava acesso a lua cheia daquela noite, seu olhar foi capturado pelo brilho da mesma que o prendeu, o vampiro apoiou seu cotovelo na janela antes de suspirar, olhando de canto, Sylas percebeu a presença que o espionava desde o jardim.

— O que foi? — perguntou ele

— A onde você estava Sylas? — Seraphina estava de braços cruzados, seus cabelos amarrados em um coque.

— Sai pra tomar um ar, ficar nesse castelo é sufocante — sua voz saiu tão naturalmente, que seria uma perfeita desculpa que qualquer um acreditaria, menos a sua irmã, que deu-lhe um cascudo na cabeça que o fez franzir a testa pelo golpe certeiro.

— Um passeio pela floresta? Sério, Sylas? Você sabe que não gosto de suas desculpas esfarrapadas! — a sua irmã parecia um monstro quando estava nervosa e ficava pior quando perdia a paciência — Você sabe que não pode sair do clã sem permissão!

O vampiro engoliu em seco, já sabendo que não conseguiria escapar da irmã, e engolindo em seco, o mesmo encarou a lua.

— Fui me encontrar com alguém.

Com um suspiro exasperado, Seraphina encarou fixamente o irmão em cada movimento que ele fazia como se fosse uma cobra — Com quem, Sylas? Não me faça arrancar as palavras de sua boca.

Sylas olhou para o lado desviando o olhar, sabia que se encarasse sua irmã após confessar, seria um belo de um soco na fica.

— Com o Darius.

Ao ouvir isso, Seraphina arqueou uma sombrancelha e socou a parede do lado da janela, criando uma rachadura.

— Ele foi banido do clã, Sylas! — levantou o tom de voz — Traiu você e a sua confiança! — as unhas dela rasgavam a pintura da parede ao impasse que apertava a mesma — Fez você parecer um pobre coitado enquanto era maltratado por meses! — gritou.

— Eu sei, mas... ele precisa de ajuda e...

Antes de continuar foi interrompido pelo estralo de um pedaço da parede sendo arrancada.

— Ajuda? E desde quando você se tornou o salvador dos traidores, Sylas? — a vampira fixou seus olhos vermelhos nas íris esverdeadas do irmão que mordiscou os lábios — Ninguém pode entrar em contato com ele por motivos bem óbvios.

— Eu sei que errei, Sephi... — ele abaixou o olhar — Mas eu não podia ignorar alguém que já foi tão importante para mim.

— E você achou que era uma boa ideia ignorar as regras do clã e se encontrar com ele? — deu um passo em frente — Sabia que ele poderia ter te matado? ou ter feito coisa pior?

Crepúsculo - Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora