R e c é m C r i a d a

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Isabella acompanhava Jane e Alec pelo pequeno salão, a vampira recém criada conseguia sentir as vibrações dos humanos presentes lá dentro, os batimentos cardíacos ansiosos, um grito de agonia e dor misturada com prazer insaciável. 

Assim que os irmãos abriram a porta, Isabella foi recebida com olhares curiosos, mas ainda estava fixada nas decorações. 

— Ela chegou! — Aro disse se levantando com um sorriso um tanto amador. — Convidados, essa aqui é Isabella Volturi. Nossa recém criada. 

Os meros humanos a olhavam de cima a baixo, cochichando entre si e rindo perversos. Não podia ler as mentes deles, com isso tinha que tentar ler os humanos com base nas suas expressões e lábia.

— Minha Querida  — Aro chamou a sua atenção, estava presa em todos os olhares vermelhos. — Deve estar com fome ainda.  — Ele sorriu de maneira infantil, psicótica. 

Assim que disse ela se tocou que era verdade,  ainda sentia sede por sangue, ter se alimentado daquela garota por completo a deixou ainda mais com fome.

 — Escolha sua refeição  — Apontou para os convidados humanos no salão.

Havia um casal ali, parados, eles demonstravam medo, estavam aflitos. Isabella olhou para eles de forma perigosa, seus instintos vampirescos ela ainda não compreendia direito, deixou eles a domarem de acordo com a sua natureza.

A recém criada avançou rapidamente na frente do homem, o mesmo segurou na mão da esposa fortemente, a pulsação pulsava loucamente, o medo os consumia por completo.

Os dois viram que a vampira não iria avançar, se viraram de costas andando rápido até a saída, porém era um teste, Isabella parou na frente deles igual uma predadora, os dois ficaram apavorados. 

Andavam para trás devagar, segurando um na mão do outro com medo dos pares belos de olhos vermelhos, as presas pontiagudas e grossas saltando de sua boca e quando se viraram ela já estava lá. 

Ela deu um sorriso amador e avançou no pescoço do homem, ele deu um pulo, o sangue evaporava de seu corpo, se debatia para se soltar, mas a vampira era ainda mais forte.  

A mulher não conteve e gritou. O resto dos convidados gritaram e tentaram correr pelo enorme salão. 

Levantou a cabeça se afastando do homem, o corpo foi de encontro com o chão, os braços quebrados deixando a cena mais horrenda. O sangue de sua boca pingava no chão devagar, as gotas eram uma calmaria para os vampiros, para eles era uma simples gota de água. 

A esposa do homem encarava o cadáver, as suas pernas tremiam igual varas de bambu, Isabella não perdeu o seu tempo encarando a mulher, avançou nela descontrolada cravando as suas presas no belo pescoço da mulher.

O restante dos volturis foram se alimentar também, não só do sangue, o medo também era uma fonte esgotável. 

Isabella havia perdido o controle, a sua noção como vampira falava mais alto, ela queria sangue, muito sangue. 

Depois de consumir muito sangue,  a recém criada acabou desmaiando no salão, a roupa cheia,  o rosto e a boca encharcados de sangue, dando a forma de um verdadeiro monstro descontrolado.

— A garota fez um estrago.  — Marcus disse olhando o salão com vários corpos largados igual a papéis descartáveis. 

— É uma recém criada, está passando pelas transformações  — Aro respondeu dando de ombros, o sorriso sádico não saia de seu rosto.

— E você a ajudou deixando ela matar vinte humanos de uma só vez ?  — Jane esbravejou, se mostrou indignada. 

— Foi o primeiro treinamento para ver como ela se sai, Jane. — Ele se voltou a o seu trono.

— Não acho que seja só isso, deu para perceber o jeito que você a olha. — Félix resmungou, meio invejoso.  

— A mente de Isabella. — Athenadora disse. — Você disse que não consegue ler a mente dela. 

— Sim, disse. Algo bloqueia a mente dela. — Completou ele.

— Como assim ?  — Marcus estava incrédulo. 

— Algo conhecido como escudo. — Félix respondeu — Já li sobre, é bem antigo e poderoso citar isso.

Alec revirou os olhos, meio divertido.  — Isso é raro de acontecer, ainda mais com uma humana. 

— Ex humana. — Aro o lembrou sarcástico.

— Enquanto a os Cullens ?  — Caius disse interrompendo. — A garota era prioridade deles, E se descobrirem algo ? 

— Provavelmente não. Eles não sabem que ela está aqui. — Jane cruzou os braços. — Só se alguém contar. — Ela lançou um olhar maldoso, transparecendo em seus belos olhos vermelhos.

— Fiquem atentos com eles. Se um Cullen se aproximar de nosso covil sem nossa permissão... — Aro abaixou a cabeça pensando. — Matem!  

No quarto, Isabella estava deitada na cama, com sua boca e vestido cheios de sangue. Não demorou muito para ela abrir os olhos, algumas luzes do sol se pondo, iluminando um pouco do quarto escuro. 

 Se levantou da cama, pegou o pequeno espelho que tinha ali, viu seu reflexo, não parecia ser ela. Reparou em sua boca cheia de sangue, os olhos vermelhos, o rosto manchado.   

Ela se perguntou: —  O que eu fiz ? Em voz alta para si mesma, o lado humano ainda repleto de amargura.

— A madame já acordou, que ótimo. — A voz zombeteira ecoou no corredor, vindo até o quarto.

— Eu... eu... Eu... — Gaguejou tentando completar a sua fala — Eu me alimentei de quantas pessoas ? 

Félix contou nos dedos de forma divertida para ela. — No máximo umas vinte pessoas, tenho que lhe dizer, você ficou descontrolada. 

— Ah, não me diga. Como eu não pude a o menos perceber esse detalhe ? — O lado vampiro se ativou de repente.

— Você vai se acostumar a ser uma assassina sem causa, Aro nem sequer está bravo, então você passou no teste.

— Então eu nem devo me preocupar... — Cerrou os punhos contra os joelhos, apertando devagar.  

— Se troque, você vai começar com o seu treinamento daqui a pouco, tem roupas no guarda roupa. — Dito isso, ele saiu. 

Atualizei esse cap quentinho para vocês , por que eu amo vocês, seus lindos, vou guardar vocês em um potinho de brigadeiro :) ❤

Crepúsculo - Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora