Bella...

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O trajeto para ir até Forks não foi tão difícil, Alexsander vivia constantemente sozinho, mas tinham humanos em sua cola, os quais ele manipulava, e com o dinheiro roubado deles, o vampiro conseguiu arrumar passagens a tempo.

Isabella já estava ansiosa, e por isso, nem esperou um possivel taxi passar pelo aeroporto, apenas quebrou o vidro de um carro e abriu a porta, o ligando logo em seguida com os cabos, ela agarrou o volante com força, os nós dos dedos ficando brancos quando ela pisou no acelerador, levando o veículo ao limite.

O vento açoitava o ar e os pneus cantavam na pista enquanto Isabella dirigia de forma imprudente, concentrado-se apenas em chegar ao hospital o mais rápido possível.

Enquanto aceleravam pela pista, desviando-se dos carros, A mente de Isabella fervia com pensamentos sobre o que poderia encontrar ao chegar. 

Assim como ela, Alexsander conhecia as implicações de lidar com humanos, especialmente se a condição do pai dela fosse grave, Isabella não iria se controlar.

— Não espere que eu seja gentil com os humanos, certo? —  ele estava a olhando com o canto do olho —  Não tenho paciência para a existência frágil deles.

Apesar de suas palavras, Isabella afroxou seu aperto do volante, olhando para Alexsander que deu um sorriso, como se estivesse brincando com ela.

Não imaginava ter que pisar novamente em Forks, a cidade era o começo de seu sonho, e agora é a forja de seus pesadelos.

—  Estamos quites, eu também não vou ter paciência — declarou.

— É reconfortante saber disso. Mas só peço que se controle se algo passar do limite —  Alexsander se reencostou no banco.

— Não posso prometer nada — falou, virando a esquina, Isabella avistou a sua casa.

Porém não parou ali, continuou seu percuso até o hospital próximo. O estacionamento estava cheio, então teve que estacionar em um lugar menos agitado.

—  Eu não vou deixar nada acontecer com você, Bells. Isso é uma promessa —  pronunciou o vampiro, a fitando em seus olhos que agora estavam acastanhados. — Tente manter a calma, certo? — completou, abrindo a porta do carro e saindo.

Assim que a vampira saiu, bateu a porta do carro com força, agarrando a mão de Alexsander, puxando-o com ela em direção à entrada. 

O hospital estava fervilhando de atividades, pacientes e funcionários correndo de um lado para outro, o cheiro familiar de antisséptico e desinfetante pairando no ar.

Eles passaram correndo por enfermeiras e médicos, seus passos ecoando alto no silêncio, até chegarem no balcão, uma enfermeira, parecendo cansada e exausta, virou-se diante da comoção repentina. Seus olhos se arregalaram de surpresa quando ela reconheceu Isabella.

—  Bella? —  perguntou, arregalando os olhos, sua voz tremendo ligeiramente.

—  Vim ver o meu pai — declarou a vampira,  estava aflita, e nervosa. 

Suas presas apertavam sua boca, e seu nariz capturava o odor de sangue.

A enfermeira assentiu.

—  Vou acompanhá-la até o quarto.

Ela os conduziu por um corredor estéril ladeado por portas de vidro, cada uma escondendo um paciente conectado a várias máquinas que monitoravam seus sinais vitais. 

Outras salas sobre doação de sangue, e que não podia faltar eram pacientes com machucados profundos, as gotas de seus sangues caindo no chão chamava a atenção de Isabella que mordia os lábios, ajeitando seus ombros para parecer que respirava.

Crepúsculo - Lua VermelhaOnde histórias criam vida. Descubra agora