Bree não acreditava que Diego tivesse mesmo a intenção de pensar em alguma coisa.
— Fique nas árvores e me acompanhe do alto, certo? — ele disse.
— Tudo bem — ela acenou.
Diego voltou à cabana, deslocando-se depressa. Bree o seguiu pelas árvores, a maioria dos galhos tão próximos uns dos outros que só raramente precisava de fato saltar de uma copa a outra. Fazia movimentos curtos, leves, torcendo para que o balançar dos galhos sob o peso de seu corpo parecesse apenas obra do vento. Havia uma brisa constante, o que era uma ajuda. Estava frio para o verão, mas a temperatura não o incomodava.
Diego farejou Riley do lado de fora da casa sem nenhuma dificuldade e depois seguiu o rastro rapidamente, enquanto Bree o acompanhava por cima dos galhos, vários metros atrás e uns quarenta e cinco metros ao norte, mais no alto da encosta. Quando as árvores se tornaram realmente densas, Diego passou a sacudir um tronco aqui e ali para que Bree não o perdesse.
Seguiram em frente, Diego correndo, Bree feito um esquilo voador, por apenas quinze minutos, mais ou menos, até que Diego reduziu a velocidade. Devem estar chegando perto do objetivo. Bree subiu ainda mais pelos galhos, procurando uma árvore de onde tivesse uma boa visão. Escalou uma que era bem mais alta que as vizinhas e observou a cena.
Menos de um metro adiante havia um vão entre as árvores, um campo aberto de vários hectares. Perto do centro, mais próximo das árvores do lado leste, havia o que parecia ser uma gigantesca casa de doces. Pintada de rosa, verde e branco, era elaborada a ponto de parecer ridícula, com acabamento meticuloso e adornos exuberantes em todos os espaços disponíveis.
Era o tipo de coisa da qual teria rido em uma situação menos tensa.Riley não estava à vista, mas Diego havia parado lá embaixo, por isso Bree deduziu que ali acabava a busca. Talvez aquela fosse a casa que Riley preparava para substituir a grande cabana quando ela desmoronasse. Mas era menor que todas as outras em que já haviam ficado e não parecia ter um porão. E era ainda mais afastada de Seattle.
Diego olhou para Bre e ele fez um sinal convidando-o a subir. Diego concordou com a cabeça e voltou refazendo os próprios passos. Então, deu um salto fabuloso — Edward não sabia se conseguiria pular tão alto, mesmo sendo jovem e forte — e agarrou um galho da árvore mais próxima. Ninguém, a menos que fosse extraordinariamente atento, jamais teria notado que Diego se desviara de sua trilha.
Mesmo assim, ele ainda se deslocou pela copa das árvores a fim de que seu rastro não levasse diretamente a Edward.Quando finalmente decidiu que era seguro, Diego se aproximou e imediatamente segurou a mão de Bree em silêncio, lançaram o olhar para a casa de confeitos. Um canto da boca de Diego tremeu.
Juntos, começaram a se mover para o leste, ainda no topo das árvores. Chegaram tão perto da casa quanto a ousadia permitiu — deixando algumas árvores como cobertura entre a casa e eles — e então se sentaram em silêncio, ouvindo.A brisa soprava suave, e conseguiram escutar alguma coisa. Um estranho e breve farfalhar, um tique-tique. De início, Bree não reconheceu o que ouvia, mas Diego sorriu, fez um bico engraçado e beijou o ar na direção dele.
Os sons de um beijo entre vampiros não eram os mesmos que os de um beijo entre humanos. Não havia células cheias de líquido e tecido macio para serem espremidos. Só lábios de pedra, nenhuma troca. Bree escutara um beijo entre vampiros antes — o toque dos lábios de Diego nos seus na noite anterior —, mas jamais teria ligado uma coisa a outra.
Não chegava nem perto do que esperava encontrar ali.Essa constatação mudou tudo de lugar na cabeça de Bree. Deduzira que Riley tinha ido vê-la talvez para receber instruções ou levar novos recrutas, ele não sabia. Mas nunca havia imaginado deparar com algo do tipo de… ninho de amor. Como Riley podia beijá-la? Bree não conteve um arrepio e olhou para Diego. Ele também parecia levemente horrorizado, mas encolheu os ombros.
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Crepúsculo - Lua Vermelha
FanfictionOs Volturi sempre se achavam o clã mais poderoso de vampiros, até que eles fazem Isabella Cullen ser uma deles. Mas, eles descobrem que a humana tem a mente incapaz de ser lida, e por isso, a transformam. Contudo, os anos se passam e a vida humana...