Vingança

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Addison

Era quinta-feira, dia do aniversário de Meredith. Preparei uma surpresa simples, mas acredito que ela irá gostar. Carina havia me passado uma lista com quase 50 livros onde dizia que eram os favoritos de Meredith e vi que muitos desses livros também eram meus favoritos. Fiz questão de comprar o máximo de livros da lista, queria agradá-la e vê-la feliz era também motivo para eu estar feliz.

Horas mais tarde, Meredith foi até minha sala, entra com o cartão em mãos e um sorriso no rosto. A alegria estampada em seu rosto, o que automaticamente me deixa feliz.

***

[...]

— Você gostou?

— Como assim? É simplesmente maravilhoso.

— Fico feliz que tenha gostado.

[...]

—  Só eu sei o quanto eu queria te beijar agora.

— Não tem ninguém te impedindo.

Já não havia mais motivos para não permitir essas demonstrações de carinho por parte de Meredit. Eu também estava com uma saudade absurda de seus beijos, do seu toque e ali eu pude me perder com a maior facilidade. A dona do melhor beijo do mundo, a dona dos meus pensamentos e a quem eu estava entregando meu coração, só ela era capaz de me fazer quebrar regras que eu mesma impus, só ela era capaz de me fazer sentir tão viva.

Fazia aproximadamente uma semana que não ficávamos juntas, estava tão enterrada no trabalho que não tivemos tempo para nada. Nosso beijo transmitia toda a nossa saudade, toda a nossa ansiedade, o que o tornava ainda mais intenso e gostoso. Apesar da intensidade, era um beijo calmo, com sentimento e meu único desejo era fazer aquele momento durar o máximo possível.

— Licença, Addison... Só para avisar que já voltei do... Almoço.

— Tava bom demais para ser verdade. – sussurra contra meus lábios.

É, Meredith, estou pensando a mesma coisa.” — suspiro

— Estou atrapalhando alguma coisa? — fala de forma esnobe.

— Sim, está atrapalhando! Você sempre atrapalha, na verdade. — Meredith fala de forma alterada.

— Meredith, por favor, deixa que eu resolvo isso.

— É sério?! — me encara por alguns instantes, mas mantenho o olhar firme. — Ok. — levanta as mãos em rendição e se encaminha para a porta.
 
— Mais tarde a gente se fala, tá?!

— Tá! — responde de forma seca e sai da sala, fazendo questão de deixar um olhar fuzilante para Anna e até mesmo trombando com ela na porta.

— Anna, por favor, sente-se. — aponto a cadeira a minha frente. — Precisamos conversar, não acha? — concorda com um aceno. — Então, eu te contratei para que pudesse ter uma experiencia profissional válida e estou satisfeita com o trabalho que vem executando aqui na editora, mas eu quero deixar bem claro que desaprovo essa sua atitude de sempre entrar na minha sala sem bater ou sem pedir permissão.

— Desculpa, eu... só achei que não tinha problemas, já que nunca se incomodou com isso... até hoje. — gagueja.

— Não é algo muito profissional de se fazer, Anna.

Ah, então você considera profissional o que aconteceu aqui hoje? — aumenta o tom de voz.

— Acredito que a sua posição aqui dentro não permite nomear minhas ações como profissionais ou não, já a minha sim. O que eu faço dentro da minha sala, na minha editora não diz respeito a você e nem a ninguém aqui dentro. Aliás, a sua função aqui não é controlar minhas ações, muito menos as minhas visitas. — levanto-me e tento manter a calma.

You're My Person - MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora