Empecilhos {ℳ}!

XXVI

🌟Lorrayne🌟

Aquela bala não era pra minha cunhada, era pro meu sobrinho cara, por que um ser um humano pode ser tão baixo ao ponto de querer matar um bebê inocente?

Sempre fui ciente de todos, absolutamente todos os passos do meu irmão e ele jamais mexeu com família de ninguém, mesmo sendo o pior inimigo que ele já teve.

Demos a volta pelo contorno e levamos ela pro hospital. Chamamos a madrinha dela de um morro vizinho que mesmo não tendo mais tanto contato ficou desesperada e fui pra visita né, perdi um bom tempo de conversa com ele mas o mais importante eu vou fazer, entregar as coisas e deixar ele ver o filho.

17 minutos depois... Já no presídio.

Fiquei super incomodada ao passar pela revistaria mas não tem outro jeito né.

Passei todas as celas e cheguei no pátio observando meu irmão num canto deixando umas lágrimas escapar de cabeça baixa vendo umas fotos.

Cheguei até ele que não percebeu minha presença e só olhou porquê Miguel chamou papai.

Lorrayne: Meu amor, tá chorando por que? Achou que ninguém viria te ver?

Astro: Porra irmã achei mermo, tava angustiadão, tô cansado disso já. Não aguento mais, eles tão me tratando melhor por bom comportamento mas eu pareço um animal aqui cara, sempre defendi os passarinhos e com razão. - Falou já chorando e pegou Miguel do meu colo brincando com ele.

Lorrayne: Não posso falar que entendo o que você tá passando porque só venho te ver uma vez na semana, mas te compreendo e não vejo a hora de te ver livre me perturbando novamente, eu te amo pra caralho e você sabe muito bem disso né? - Falei já chorando também.

Astro: Claro que sei pô, também te amo pra caralho sebosa. - Rimos juntos - E cadê a Amanda? Ela nunca deixou de vir, o que aconteceu com ela Lorrayne?

- Não vou te enrolar, quando estávamos vindo ela mandou Ligeirinho mudar o trajeto pois tinha dois carros com homens de Máscaras de palhaços e ele não mudou, Miguel estava mamando e atiraram. Pegou no peito dela, mas você já entendeu que alvo não era ela né?... - Ele mudou de semblante e o brilho do olhar dele sumiu. Eu só via apenas fúria.

Astro: Desgraçada, tudo culpa da porra da teimosia dela que eu estou aqui há 7 meses e ela num hospital provavelmente inconsciente, como meu filho vai ficar agora? Como mano? Já não aguento mais isso. Minha vontade é de fazer igual antigamente, descer a porrada nela mas não consigo mais fazer isso, prometi pro meu padrinho que não iria bater nela mais.

- Calma porra, a madrinha dela está com ela, quando eu tiver informações eu vou te falar caralho. - Cochichei porque tinha policiais perto e ele apenas assentiu.

Luan: Se der tempo de me acalmar né baby, vou sair dessa porra aqui nem que seja na marra. Já tá tudo pronto e esquematizado.

- De novo Luan? Para com isso porra. Da última vez deu errado e você pegou mais tempo, apenas isso.

Luan: Da última vez não tinha bombas pra estourar essa porra toda e pôr fogo, da última vez não era a maioria de cada cela que havia concordado de ajudar mesmo não indo junto. Esquece o passado Lorrayne, agora é pra valer pô. Minha liberdade vale ouro.

Lorrayne: Vou ficar é quieta. Me dá meu sobrinho aqui e toma essas sacolas que estão bem pesadinhas pro meu gosto. - Ele levantou me chamando pra irmos pra cela dele.

Ele abriu as sacolas e o olho dele voltou num brilho que eu até deixei escapar uma lágrima. Ele devorou tudo como se não comesse há meses. E como tinha 2 litros de suco de maracujá, laranja e goiaba ele sabe que é pra ir tomando aos poucos, de goiaba é o último que ele toma, pra caso de dor de barriga com a gororoba que eles chamam de comida aqui.

Continua...