Capítulo 34-A dor está sempre presente, me puxando, exigindo ser sentida.

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DANDARA SCHILLER

— Merda! — Jackson gritou antes de sair do carro e bater a porta. Ele não tinha conseguido mover o carro para o acostamento.

O que quer que tenha acontecido,
tornou impossível conduzi-lo.

Meu coração estava batendo loucamente no peito. Mas eu era grata por estar estamos bem.

O esquilo também.

A família no outro carro. Todo mundo está bem.

Ainda abalada, sai do carro e fui capaz de registrar os sons abafados de Jackson discutindo com o motorista do carro que tinha batido na nossa traseira.
— O que posso fazer para ajudar? — Perguntei.
— Chame a polícia. Nós vamos precisar de uma ocorrência. Então, procure a
companhia de reboque mais próxima enquanto pego as informações do seguro desse cara. — Ele me passou seu celular. — Diga- lhes que estamos próximos da saída 60 em Daytona.

Quarenta minutos depois a polícia finalmente chegou juntamente com um caminhão de reboque que nos levou até o mecânico mais próximo. Depois de nos fazer esperar por uma hora, o mecânico apareceu para nos atender.

— Infelizmente, a coisa com seu carro não é bom. — Ele disse enquanto tirava um pouco de graxa da testa — Você tem um para-choque traseiro amassado que está roçando contra o pneu. Eu devo conseguir consertar isso para você até amanhã de manhã.

— Sério isso? —Um olhar de preocupação passou pelo rosto de Jackson. — Amanhã de manhã? Precisamos voltar para St. August hoje.
— Este é o serviço mais rápido que você vai conseguir por aqui. A maioria das pessoas provavelmente diria alguns dias ou mais.

Jackson soltou um suspiro profundo de frustração antes de passar os dedos
pelos cabelos.
— Como vamos chegar em casa? — Eu perguntei.
— Acho que não vou voltar hoje. Você pode chamar um taxi se não gostar da ideia de ficar aqui na cidade. Eu vou encontrar um hotel. Não faz sentido alugar um carro e dirigir horas de volta para a cidade, se tenho que pegar meu carro aqui de manhã.

O mecânico chamou Jackson novamente para discutir o pagamento enquanto eu refletia sobre o que queria fazer. A culpa disso era minha afinal, eu me meti em uma encrenca e ele se deslocou até o aeroporto para me ajudar. Também causei o acidente de certa forma. O que tinha que fazer era claro. Eu não podia deixá-lo sozinho.

— Você já conseguiu um taxi? — Jackson pareceu ainda mais frustrado quando voltou da conversa.
— Tem um hotel do outro lado da rua. Vamos?
— Você vai ficar?
— Se você não se importar.

Ele murmurou alguma coisa e disse: — Ok. Não há problema... — Ele hesitou, depois respirou fundo. — Está tudo bem. Vamos.

Atravessamos a rua em silêncio. O homem na recepção do hotel estava ocupado jogando no celular e mal nos olhou quando nos aproximamos.

— Gostaríamos de dois quartos para a noite, por favor — Disse Jackson.
— Posso oferecer os quartos 217 e 218. Ficam bem ao lado um do outro.
— Perfeito.

O recepcionista nos entregou a chave e caminhamos para o nossos quartos em silêncio. Antes de entrar, eu me virei para ele.

— Estou morrendo de fome. Não comi nada além do café e bolinhos do aeroporto. Podemos ir até a lanchonete do hotel mais tarde?

Jackson soltou um suspiro exagerado.
Eu esperava de verdade que ele não negasse porque realmente estava com fome e eu não tinha dinheiro comigo. E eu com fome era algo que ninguém poderia lidar.

— Tudo bem— Ele disse com os dentes cerrados.

Era impossível esconder que sua frustração estava alcançando as alturas. Dentro do quarto, joguei o celular da minha irmã e a bolsa sobre a cama e fui tomar banho. A água estava muito gelada, mas os produtos na bolsa de Nicole ajudou a ser suficiente para trazer o relaxamento que meus músculos precisavam. Quando terminei, agradeço minha irmã novamente por ter peças íntimas novas em sua bolsa. Ela estava sempre pronta para tudo. Vestida com minhas roupas, me aventurei em algumas revistas de moda que estavam no quarto enquanto esperava Jackson. Quase trinta minutos depois ele bateu na minha porta, e naquele ponto eu estava como um animal preso por dias sem comida.

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