Capítulo 43- O primeiro passo só pode ser dado por você.

854 109 9
                                    

DANDARA SCHILLER

Eu entro na minha casa e sou recebida com um silêncio. Mas dentro de mim o barulho do meu coração é compatível com de um aparelho de som em seu auge. Não podia acreditar no que ele disse para mim.

Ele realmente quis dizer isso?

Estou um desastre, uma absoluta pilha de emoções. Precisando com urgência de um pouco de líquido para umedecer minha boca repentinamente seca, eu entro na cozinha para pegar um copo de
água e me assusto quando eu acendo a luz.

— Alguém parece muito feliz — Quase tenho um ataque do coração quando acho Luan em pé na pia.
— Você quase me matou de susto—Eu chio e ele ri.
— Essa era minha intenção. Confesso que até eu me surpreendi. Você sempre foi difícil de assustar, está sempre ligada aos detalhes. —Ele diz.

Dou de ombros.

— Estou cansada do trabalho.

Eu atravesso a ilha para abraçar meu irmão. Um sorriso se espalha instantaneamente por seu rosto
enquanto ele se levanta e mantém os braços abertos para um abraço.
Ele é tão forte e quente, um gostinho de tranquilidade e carinho que eu poderia ficar aqui em seus braços para sempre. Ele é forte. Calmo. Luan tem sido minha rocha desde que
me lembro. Apesar de ser cinco anos mais novo do que eu, ele é o único que eu sempre me senti próxima. O que quer dizer muito, porque a família Schiller é próxima no geral.

— Como você está?
— Eu estou bem— Eu respondo imediatamente.

Ele me olha de perto, estreitando seus olhos e inclina a cabeça.

— O que está se passando, raio de sol?

Ele me conhece muito bem.

— Nada.— Eu dou de ombros inocentemente. — O que eu tenho para reclamar? Só o fato de que você está mais uma vez fugindo de alguma ex louca. Você precisa seriamente
de uma mulher para te domar. 

Ele faz uma careta. Apenas a sugestão de ter um compromisso sério causa arrepios nele.

— Nós não estamos falando de mim.
— Talvez devêssemos falar de você— Eu respondo— Você não tem que se preocupar comigo, se eu estivesse mal eu diria, você sabe.
— Eu sei que sim — Ele responde com calma. — Mas tem algo em sua mente. Jogue para mim.

Eu caminho para o armário e pego um copo, me servido com água em seguida. Depois de minha sede saciada, eu encaro meu irmão que espera uma resposta. Eu não quero mentir para meu irmão, nunca houve mentiras reais entres nós. Pode ter havido omissões, mas nunca mentiras. E não quero omitir agora.

— Eu conheci um cara. Estou apaixonada por ele. — Eu jogo e Luan não parece surpreso.
— Jackson Fremont. —Ele diz e eu levanto uma sobrancelha.

Mas a clareza da situação vem rápida.

— Nicole andou falando demais pelo visto. — Eu acuso.
— Ela disse que você estava empolgada com seu supervisor do hospital. Foi fácil descobrir quem era.

Reviro meus olhos.

— E os machos super alfa da família vasculharam a vida dele, acertei? Isso é invasão de privacidade, sabe.
— É preciso fazer isso, por segurança—Luan diz, o modus protetor ativado.

Reviro meus olhos.

— Claro. Eu acho que me esqueci de perguntar a Jackson se ele era terrorista ou bandido. Mas desde que um avião não sobrevoou a cidade e tentou me levar para longe posso concluir que ele está limpo, certo?

Meu irmão ignora minha provocação.

— Você sabe sobre a tragédia com a família dele?

Eu olho para ele, atordoada. Estou para perguntar como ele sabe sobre isso mas mais uma vez me lembro que eram os machos alfas Schillers. Eles sempre desenterravam todo passado de alguém que considerasse uma ameaça.

Na batida do teu coração Onde histórias criam vida. Descubra agora