one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁

022. intruders

Há 4 mês e 2 semanas exatas eu roubei o quarto do Timothée e hoje dividimos a casa. As coisas tem andado tão certo para nós, ele é um ótimo companheiro. E eu estou com tanta vontade de beijar a boca dele.

Que merda. Grande Merda. Timothée é simplesmente incrível, comigo. As vezes parece que ele odeia todos em sua volta, eu o vejo no telefone gritando, ele chega em casa e eu sei que bateu em alguém na rua, ele é rude com as pessoas, menos comigo.

Eu não sei se ele só está esperando o momento para transar comigo, e me jogar fora e tratar como os outros, e francamente, eu não vou esperar acontecer. É legal, como ele vive me provocando, como apertar minhas coxas, ele ama minhas coxas ou beijando a ponta da minha boca, pedindo desculpas achando que era a bochecha, acreditei nas duas primeiras vezes. Eu não vou perder isso.

Eu não sou a pessoa mais fácil de lidar, temo que ele se arrependa se eu pedir para ficarmos no futuro. Como agora, eu sinto que quero dar na cara da menina que está ao meu lado cochichando com a amiga o quanto o garçom é lindo.

— Oh, garota. Já deu, todos entendemos que ele é sexy — eu bato a mão no balcão chamando atenção para mim. Elas me olham feio e levantam indo para longe.

— Dia cheio, querida? — Saoirse ri, colocando café em minha frente. — Nunca pensei que ia ver alguém com ciúmes do Timothée. É o Timothée!

— Eu não estou com ciúmes — me remexo no banco desconfortável. — Estou irritada, apenas.

— Você está sempre — ela ri saindo de perto, olho para o lado e vejo Timothée conversando com as meninas. Reviro os olhos, ele vem até mim sorrindo.

— Vejo que minhas cliente preferida já foi atendida.

— Não por você, né? Ocupado demais paqueirando meninas do ensino médio — ele ri.

— Paqueirando?

— Ah, esquece. Palavra do Senhor Alberto.

— Como ele está?

— Ele é um senhor bem ativo com o trabalho — sorrio bebendo o café. — Está bem.

— Ótimo, eu vou terminar de trabalhar. Daqui 30 minutos eu saio.

— Não vou ficar aqui 30 minutos parada. Te vejo em casa? — ele concorda dando um pulinho no balcão e beija a ponta dos meus lábios.

— Porra, desculpa Mel, pensei que estava olhando para o lado — ele diz fingido. Reviro os olhos rindo pagando meu café.

— Você já usou essa desculpa ontem. Prefiro quando é na testa — faço bico e ele volta da dar um pequeno salto e beija minha testa. — Melhorou, até mais.

Eu entro no meu carro e dirige até em casa. Assim que chego, tomo um banho quente e começo a preparar strogonoff, escuto barulho da porta da porta se quebrando, e faço careta. O Timothée certamente não esqueceu a chave. Desligo o fogo e apago a luz da cozinha rápido, pego uma faca grande. Puta merda, puta merda, puta merda.

Tem um homem na minha cozinha. Agora tem dois homens na minha cozinha, fico parada, quase intacta.

— Quem é você? — um deles pergunta vindo até mim, eu me afasto rapidamente. — Fica parada, porra! Parada — ele aponta uma arma na minha cabeça. Grito derrubando a faca que estava em minha mão. Eles riem. — Agora responde a pergunta.

Minhas mãos mãos suando, meu corpo treme e meus olhos embaçam. Falta ar, falta ar aqui.

— Sou a Melanie — respondo com dificuldade. — Melanie Crawford.

— JJ, segura ela — ele manda para o loiro que ainda está na entrada da cozinha. Ele vem até mim e coloca uma algema nas meus pulsos. — Agora leva pra sala.

Eu não sei como reagir, porra. Quer dizer, como se reage quando tem uma arma apontada na sua cabeça? Acho que de uma forma comportada. JJ segura meu braço com me joga no sofá na minha sala. Ele tira uma arma na cintura e aponta para mim também.

— Se você tentar fazer uma graça, eu explodo sua cabeça, caralho — eu não consigo nem olhar. Fecho os olhos sentindo as lágrimas descendo e abaixo a cabeça concordando.

Escuto o outro cara na cozinha.

— Não sei, pensei que o Chalamet morava sozinho... Sim... Melanie Crawford, o nome dela... Beleza, chefe — após isso seus passos estao próximos demais. Ele se senta ao meu lado. Ele toca no meu cabelo. É a arma, ele está tocando no meu cabelo com a arma.

— Tem problema de tremedeira? — nego rapidamente. — Olha pra mim quando estiver falando com você.

Minhas mãos começam a suar, mais e mais. Abro os olhos com dificuldade e olho para o moreno que está sentado ao meu lado.

— Que relação você tem com o Chalamet? É a mina que ele está comendo?

— Eu moro com ele, só isso — gaguejo nas palavras, droga.

— Casados?

— Não, dividindo as contas.

— Nunca nem transaram? — JJ pergunta, eu nego com a cabeça.

— Isso não nos interessa, JJ. Só viemos aqui pra pegar a grana.

Sinto minha respiração falhar cada vez mais e mais.

— Podem me soltar, preciso terminar de fazer o jantar.

Eles riem.

— Quando sairmos daqui, te soltamos.

— Eu não sou uma ameaça, ou coisa assim — me atrevo a dizer. — Não é como se eu fosse ligar pra policia. Eu não ligo, sabe? Podem pegar o que quiser, ou...

— Garota, cala a porra da boca — JJ se aproxima de mim e coloca a arma no meio da minha testa. Fecho os olhos aflita. — Você teme pela sua vida?

— Acho que sim — engulo seco. Olho para a janela e vejo o carro de Timothée. Não sei se suspiro aliviada ou fico mais tensa. Em questão de segundos ele entra, e já aponta a arma na cabeça do moreno em meu lado.

— Solta ela, agora! — ele diz calmo chegando perto. — Agora, Cook!

Cook ri, se levantando.

— Calma, amigo. Eu só vim pegar o que você está devendo e encontrei essa belezinha aqui. Batemos um bom papo, não foi, Melanie?

Concordo nervosa, ainda tem duas armas apontadas na minha cabeça. Não sou louca de contrariar esse louco.

— Solta ela e resolvemos isso.

Cook olha para JJ, e parece que eles se entendem perfeitamente por que o mesmo me segura de forma brutal me levantando. Timothée vai pra cima, mas para quando vê a arma na minha cabeça. Ela está me tocando.

— Você, vem pro quarto — ele me arrasta, como se eu fosse uma boneca. E minhas mãos suam tanto que da pra formar um copo de líquido.

— Mas que merda, Cook. Deixa ela em paz — Timothée grita. — Melanie, da um soco no pinto dele.

— Ela é a nossa garantia — Cook segura o peito de Timothée, o dinheiro primeiro, depois a garota.

Olho para Timothée desesperada, antes ser trancada no quarto dele, com um desconhecido e uma arma.