030. trouble

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— Saoirse, acorda — cutuco a loira pela milésima vez

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— Saoirse, acorda — cutuco a loira pela milésima vez. — Ah, Meu Deus! — deito na cama derrotada. Estou tentando acordá-la a pelo menos 10 minutos. Suspiro pesado e me levanto da minha própria cama sendo usufruída pela minha amiga. Nem acredito que ontem encontrei Theo, foi uma ótima noite!

Me deparo Timothée na cozinha no telefone, fico parada na porta escutando ele gritar com o celular. Faço careta por que são palavras feias demais, até para mim. Ele realmente está completamente possuído peloq ódio. Saio dali pois não me agrada nem um pouco ver ele agir de tal forma, mas quem sou eu para dizer algo?

Me sento no sofá da sala e ligo a televisão, deixando em qualquer canal bobo passando, mas cada vez mais que eu tento não escutar, mais alto ele grita. Até o silêncio. Ele passada apressado na sala e eu o espio indo direto para o quarto, rapidamente ele sai com aquela arma na mão. Ele nem me .

— Oi — me atrevo a dizer baixo ainda no sofá, ele está prestes a ir embora, então vira com tudo em minha direção.

— Pensei que estava dormindo, volta pra cama eu já volto — ele é grosso, antes de abrir a porta eu entro na frente, impedindo passagem. Ele suspira fundo. — Porra, Mel. Não estou com graça.

— Em nenhum momento eu fiz piada — reclamo. — O que você vai fazer?

— Tenho que resolver uns bagulhos, já que meus homens não fazem o devido trabalho.

— Está falando como uma prostituta — sorrio, mas ele continua serio, me fazendo fechar a cara hora, ele não está com graça. — Desculpa.

— Eu preciso sair agora — ele tenta entrar mas eu não deixo. — Me deixa passar.

— Quando volta? — ele olha pro chão, irritado. Nitidamente super irritado.

— Caralho, Melanie. Para de encher a porra do meu saco e me deixa entrar no carro! — ele grita e eu fecho os olhos assustada. Ele ainda está com a arma na mão. — Esse seu showzinho de menina medrosa não cola comigo, sai da frente.

— Quer saber? Não precisa voltar! — eu grito empurrando ele. — Eu me preocupo com você, idiota! E tudo o que você sabe fazer é gritar, gritar e gritar.

— Ah, você é muito diferente, não é? Sempre me empurrando e berrando por aí, sempre chamando atenção, essa é você.

— Não sou eu que usa uma arma e uma jaqueta de couro e se acha o dono do pedaço! — berro. — Você é estupidamente ridículo, por que tudo que eu faço é cuidar de você.

— Eu nunca pedi para você se importar.

— Mas eu me importo — grito mais alto que ele. — Eu me importo pra caralho com você.

— Só me deixa passar... — ele diz baixo chegando mais perto de mim. Sua mão passageia meu braço. — Eu preciso fazer isso.

— Quando você volta? — minha pergunta o irritou, de novo. E então, eu percebi.

Ele vai voltar?

— Vamos, pare com isso! Está ocupando meu tempo — ele grita me empurrando. Sinto o impacto de minhas mãos e joelhos assim que caio no chão. Ele fez mesmo isso? Timothée me empurrou.

Timothée me empurrou.

Não tenho coragem de olhar em seus olhos, apenas continuo com o cabelo na cara analisando o chão intacta. Ele parece não se mover, não diz nada. Silêncio, tudo, silêncio. Apenas minha respiração acelerada.

— Desculpa, por tudo — ele cochicha e sai. Assim então, olho para a porta, olho para a sala. Apenas eu, largada no chão.

Eu percebo que a culpa é minha, porque eu sabia que ele era problema quando apareceu. Tão envergonhada de mim agora, me levou a lugares que eu nunca tinha ido, até que você me largou. Agora eu estou jogada no chão frio e duro.

Talvez eu tenha ficado 30 minutos no chão, em choque. Me levanto, e quando isso acontece, a primeira coisa que vem a minha cabeça é sair daqui. Eu não posso, continuar aqui. Vou até o meu quarto e Saoirse está sentada na cama com uma feição assustada.

— Pensei que você tinha morrido mas estava com medo de ir ver — eu sorrio triste. — Ah, vem cá — ele bate na sua coxa e eu me deito na cama, apoiando minha cabeça lá. — Sinto muito, Mel.

— Eu não entendo, uma hora ele diz que eu sou a única que entende ele, e agora? Ele me empurrou, Saoirse, empurrou! — olho pra ela frustrada, a mesma acaricia meu cabelo me acalmando.

— Timothée é complicado. Ele realmente gosta de você, ele não é de ficar com ninguém, ninguém. Vocês deviam conversar para ver como a relação vai funcionar, e diz para ele sobre o que acha dessas saídas, para acharem uma solução viável para os dois. Isso terá que acabar.

— Não sei se existe mais relação depois de hoje.

— Claro que existe! Mel, por mais que eu esteja do seu lado, devo admitir que não é fácil lidar com você, ambos são raivosos, deviam procurar um jeito que resolvesse esse problema. Não tem o por que não ficar juntos, se ele te empurrar de novo, soca a cara dele e nunca mais volta — rio. — Mas vocês precisam conversar.

Me levanto na cama e abro meu guarda roupa pegando uma roupa.

— Tudo bem, irei fazer isso... Eu gosto mesmo dele, sabe, Saoirse? — olho pra ele. — Tanto, que posso até dizer que o amo. Amo tanto, que talvez morreria por aquele idiota — rio. — Mas é tão difícil amar.

— Como é amar? Tipo, como sabe que o ama?

— O amor, não é simples. Fode um pouco
com a cabeça para falar a verdade — rimos.

Ela parece pensar bem no que eu digo.

— Quem é o sortudo, hein? — pergunto indo até ela. — Vai dizer que não tem ninguém com quem você esteja saindo?

— Tem — ela olha pro chão envergonhada. — Não sei se amo, mas tenho certeza que existe atração física e sexual.

— Puta Merda! Quem é? — questiono animada.

— Florence — ela olha pro chão e eu grito pulando em cima dela. — Florence Pugh, você a conheceu na festa. Digamos que somos bem amigas.

— Coloca Bem nisso, hein! — rimos. — Ah, ela é linda! Deve sorte, Sasa. Ela é muito linda.

— E incrível. Devíamos marcar um dia de garotas, sem o besta do Timmy ou o Jacob.

— E você leva sua namoradinha, para eu roubar — mordo os lábios provocativa.

— Até parece — ela ri jogando a camiseta em mim. E eu, tento ignorar a dor em meu peito.

one more night, 𝘁𝗶𝗺𝗼𝘁𝗵𝗲𝗲 𝗰𝗵𝗮𝗹𝗮𝗺𝗲𝘁Onde histórias criam vida. Descubra agora