Sweet Home

Capítulo 19

Oiee babies!!
Sabadou com att pra vcs!!
Sem mais...♡

Natasha dormiu até tarde no dia do casamento de Wanda. Ela tinha vindo propositadamente para casa e bebeu mais algumas cervejas para que pudesse dormir bem na manhã seguinte. Ela sabia que era ruim cair no velho hábito, mas também não queria passar a manhã pensando em Wanda, sabendo que estava prestes a se casar com alguém que não era ela.

Quando ela acordou, era por volta do meio-dia e era hora de começar a pensar em ir até a praia. As nuvens de tempestade estavam começando a rolar e ela não queria ainda estar batendo longos pedaços de metal na areia quando o relâmpago começasse a cair.

Natasha estava carregando os condutores na traseira de sua caminhonete de onde eles estavam hospedados atrás de sua antiga casa quando Yelena chegou. A ruiva ficou surpresa ao ver sua irmã, especialmente quando ela saiu do carro vestida.

- Você não tem um casamento para ir?- Ela perguntou. - Ouvi dizer que toda a cidade foi convidada.

- Estou indo para lá agora,- respondeu Yelena.

- Tenho certeza de que esta casa está fora do caminho para você se você estiver a caminho da mansão Barnes.

- Você correu atrás de Wanda ontem à noite,- Yelena foi direto ao ponto. A Romanoff sabia que sua irmã tinha vindo até ela para ver como ela estava, mas ela também sabia que a mulher mais velha nunca iria dizer suas intenções.

- Ninguém mais sabia o que estava acontecendo.- Natasha respondeu honestamente.

- Ela não é mais sua responsabilidade.

- Eu sei,- Natasha suspirou. Ela também sabia que Yelena estava apenas tentando protegê-la. - E eu disse isso a ela. Eu disse a ela o que sua partida fez comigo.

- Você disse?- Os olhos de Yelena se arregalaram um pouco, apenas o suficiente para alguém que a conhecia bem perceber que ela estava surpresa. - O que ela falou sobre isso?

Natasha poderia ter contado a sua irmã sobre o quase beijo, mas decidiu não fazê-lo. Parecia muito pessoal. Além disso, mesmo sabendo que Yelena nunca contaria a ninguém, a ruiva nunca colocaria o relacionamento de Wanda com Victor em risco assim. Ela se importava muito com a loira, mesmo depois de tudo.

Percebendo que Natasha estava escondendo algo, e que ela não iria revelar, Yelena deu um passo para trás em direção ao carro. - Então é isso? Você vai para a praia e fingir que está tudo normal enquanto o amor da sua vida se casa com um cara qualquer?

- A vida continua.-  respondeu Natasha, simplesmente.

- Você realmente desistiu dela, não é?

- Foi ela quem desistiu primeiro, agora me dê licença que eu tenho uma tempestade me esperando.- Natasha falou enquanto gesticulava para o céu ao redor delas.

Sem outra palavra, Yelena se virou e saiu. A Romanoff estava na entrada de sua garagem nem dois minutos depois, mas em vez de virar à esquerda no final da rua seguindo o mesmo caminho de Yelena, ela virou à direita.

Ela estava quase na cidade quando notou que seu medidor de gasolina estava quase vazio. Ela gemeu e parou no posto de gasolina. A cidade estava estranhamente quieta, mas Natasha sabia onde a maioria das pessoas estava.

- Acho que você não foi convidada para o casamento.- o atendente do posto zombou.

- Me deixe em paz, Peter.-  Natasha suspirou enquanto enfiava o bico em seu tanque de gasolina. Peter simplesmente deu de ombros e foi embora.

A ruiva estava fechando o tanque de gasolina, pronta para voltar para a caminhonete, quando um carro desconhecido parou. Ela imaginou que seria um dos amigos de Wanda em Nova York para o casamento, provavelmente perdido. Suas suspeitas foram aplacadas quando o motorista baixou a janela.

Dentro havia um homem negro um tanto calvo com óculos escuros.

- Com licença, você pode me dizer onde posso encontrar a Srta. Wanda Barnes? Eu tenho um assunto muito importante para resolver com ela,- o homem falou.

Natasha olhou para ele, ele não parecia alguém de quem Wanda teria algum tipo de amizade e ele não estava exatamente agindo como se tivesse sido convidado para o casamento. Sem mencionar o fato de que ele a chamou de Wanda Barnes em vez de Wanda Maximoff. Algo parecia estranho com ele. Então Natasha se lembrou do fato de que Victor era o filho da prefeita de Nova York. Era provável que houvesse paparazzi tentando tirar fotos do casamento.

- Desculpe senhor, eu não conheço ninguém com esse nome,-  Natasha respondeu, esperando que o homem que devia ser um repórter simplesmente fosse embora.

- Obrigado de qualquer maneira.-  ele respondeu antes de sair.

Natasha revirou os olhos enquanto pulava em sua caminhonete e acelerou, indo para a praia.

Enquanto ela instalava os pára-raios na areia, batendo em cada um deles com um martelo, ela tentou não pensar no fato de que a tempestade iminente arruinaria o casamento ao ar livre de Wanda. Ela tentou não pensar no fato de que Wanda provavelmente estava caminhando até o altar no exato momento em que ela bateu no terceiro condutor, usando um vestido que valia mais do que o preço total de seu casamento com ela. Ela tentou não pensar no homem deslizando um anel no dedo fino que uma vez segurou o anel que simbolizava seu amor por ela. Ela tentou não pensar no fato de que, por mais que desejasse que as coisas tivessem sido diferentes, no final ela só queria que Wanda fosse feliz. Ela tentou não pensar em todas essas coisas, mas falhou miseravelmente.

Natasha tinha dois condutores para martelar quando a chuva começou a cair. E passou a ficar mais forte quando ela terminou de bater no último. Mesmo que seu relacionamento com Wanda tivesse terminado cinco anos antes, e ela tivesse feito isso várias vezes ao longo dos anos, hoje parecia que ela estava pregando pregos no caixão do que tinha sido o relacionamento delas.

Natasha Romanoff não chorou. Ela era uma caipira que bebia cerveja e dirigia uma caminhonete. Ela não chorou. Ou pelo menos foi o que ela disse a si mesma ao longo dos anos. Foi como ela explicou a si mesma como ela conseguiu durar os últimos cinco anos mal derramando uma lágrima.

A verdade era que as lágrimas só vinham com a chuva. Quando ela pudesse ficar do lado de fora e deixá-las cair sem qualquer prova de que elas já existiram. Quando a memória de seu primeiro beijo, e os muitos depois, passou repetidamente em sua cabeça.

O dia do casamento de Wanda não foi exceção. Enquanto a chuva batia na pele de Natasha, ela podia fingir que a água rolando por suas bochechas não era salgada, que não eram lágrimas. Ela sabia que estava negando a verdade, mas pelo menos assim ela poderia fingir que estava tudo bem, que ela poderia se contentar em viver sua vida apenas com seus negócios para fazer companhia.

Finalmente, as hastes estavam todas no chão. Bem a tempo também, quando Natasha viu o primeiro relâmpago e ouviu o primeiro trovão. O relâmpago ainda estava a alguns quilômetros de distância, mas com o vento, chegaria à praia em pouco tempo. Com dez condutores no lugar, ela tinha certeza de que conseguiria pelo menos uma nova peça de vidro, esperançosamente mais.

Enquanto isso, no entanto, ela teria que esperar a tempestade passar. Ela estava prestes a voltar para esperar em sua caminhonete quando ouviu o vento uivando de uma maneira que soava estranhamente como se estivesse chamando por ela.