Cap. 24 - A Carta

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OLIVIA

De volta à Madri, recebemos os clientes no escritório. Para assinatura dos novos contratos, é uma grande satisfação ter sido capaz de ajudar.

Deixei Pedro, conversando com eles, partindo para outra missão.

- Clara, você tem boa relação com a secretária do Carlos Ramos?

- Tenho, nós cursamos inglês juntas. – Ela deixou os arquivos de lado.

- Pode ligar para ela e tentar descobrir algo sobre a venda do Empório Ramos? – Decidi arriscar.

- Sim, de imediato. – Clara, correu para o telefone.

Tenho tentado fazer contato com Carlos Ramos, desde o vinhedo. Contudo, o homem não atende as minhas ligações. Depois do comportamento de Santiago, tudo se tornou ainda mais confuso. Pedro, pediu ao tal Theo, para investigá-lo. Em breve teremos algumas respostas, eu espero.

- Sra. Olivia, ela quer falar com a senhora. – Clara, passou-me o telefone.

- Oi, aqui é a Olivia. – Falei.

- Olá, senhora. – Ela fala a voz baixa, como se estivesse sendo cautelosa.

- O que deseja dizer? – Afastei-me do corredor.

- Que o senhor Ramos, meteu-se numa enrascada. Ele estava com dívidas na empresa, o Sr. Ortega, se ofereceu para ajudar. No entanto, ele comprou as dívidas e forçou a saída do Sr. Ramos.

- Golpe baixo. – Comentei.

- Exato, o Sr. Ortega, não tem interesse no Empório. Inclusive, o colocou a venda e mandou fechar as filiais. Centenas perderam o emprego, eu serei a próxima.

- Eu sinto muito, e agradeço por me contar. – O homem é um cretino.

- Não precisa agradecer, se faz negócio com ele tenha cuidado. Ortega é um homem é perigoso. – Afirmou.

Eu não tenho dúvidas.

***

Deixando o escritório, Pedro e eu estamos a caminho da casa de Don Sergio e Dona Carmen. Vamos jantar com eles, o loirinho está levando o vinho para apresentar para os avós.

Contei a ele o que o Ortega, fez a Carlos Ramos.

- Santiago, joga sujo, por isso é quase certeza de que é o responsável pela sabotagem dos vinhos. – O Rivera está convencido. – Ele quer a empresa, só preciso saber a motivação.

- Financeira, afinal, é a melhor do ramo na Espanha. – Conferi a maquiagem, no espelhinho do quebra-sol.

- Algo no olhar dele é estranho, contudo, familiar. – Disse em tom soturno. – Aquele mau sentimento com respeito a ele, só aumenta.

- Assim você me assusta, amor.

- Infelizmente é real. – Entramos na propriedade dos avós dele. – É preciso cuidado, corazón.

Don Sergio, nos recebeu com alegria.

- Vocês dois são maravilhosos, estou muito feliz que tenham mantido a reputação da empresa. – Falou animado. – Tiveram uma grande vitória.

- Eu trouxe duas garrafas do vinho. – Pedro, entregou ao avô.

- Só duas? Não dura uma semana, filho. – Don Sergio, brincou.

- Melhor mudar isso, duas garrafas em dois meses? – Dona Carmen, desceu.

Ela está de vestido azul, o semblante alegre. Pedi ao Pedro, para que não se antecipasse no assunto sobre a confusão com Carola. Eu fiz, portando lido com as consequências.

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